24.

3K 213 93
                                    

Arizona Robbins

Não posso dizer que gostei, de fato, da ideia de Calliope ter um filho Penélope, mas eu não posso cobrar dela, elas namoravam e aconteceu, infelizmente é algo que vou ter que conviver, se for real.

Sei que a Penélope vai aproveitar o quanto puder de Calliope nesse tempo, mas ela também não vai roubar a minha companheira e mãe do meu filho. Não é atoa que estou aqui, no banco do carona, indo com Callie até a consulta daquele ser desprezível. 

- Você está realmente confortável com isso? 

Callie me perguntou concentrada  na estrada. "Claro que não" pensei, mas forcei um sorriso..

- Estou sim.

Respondi e olhei para fora. Pude ouvir a respirada de Callie, o carro parou e então percebi que estavámos na clínica, senti a mão de Callie na minha barriga e encarei sua mão depois subi o olhar para seu rosto.

- Eu sei que não está confortável, que isso pode está sendo horrível para você, mas nada muda que você está gerando meu primogênito, e eu amo e sempre amei só você.

Eu sorri para ela.

- Eu amo você, Calliope Torres. Amo você, não seu dinheiro! 

Alfinetei e a beijei, ela riu quando finalizamos o beijo dizendo que eu era demais e descemos do carro seguindo em direção a clínica. Assim que entramos eu logo avistei Penelope, aquela cara de songa monga me irrita, não sei se são os hormônios aflorados ou é raiva acumulada mesmo.

- Nem cheguei perto e já quero matar essa mulher. - sussurrei no ouvido de Calliope que riu.

Chegamos perto e Callie sorriu, eu nem a olhei.

- Torres, eu não sabia que tinha medo de mim para vir acompanhada- ela olhava somente para Callie.- , ou então, - Olhou para mim - Robbins, não acredito que ainda não confie no seu taco.

Eu a olhei bem seriamente. Callie ia responder mas eu tomei a frente.

- Ah, Penelope, vá pra put....

- Sra Penelope Blake.

Fui interrompida pela voz do médico que chamou da segunda porta a nossa esquerda, revirei os olhos e ela sorriu, entrou e chamou Callie.

- Pergunte tudo, eu vou estar aqui esperando por você.

- Eu ainda preferia que você entrasse comigo.

Eu sorri leve.

- Acredite, eu não quero estar lá quando você ver o pequeno grãozinho de feijão pela primeira vez e me lembrar que eu não compartilhei esse momento com você.

- Amor...

- Shii- a interrompi e a beijei - Está tudo bem, vai lá.

Ela ainda ficou um pouco comigo, eu quase tive que colocar Callie dentro do consultório. Estava esperando a consulta delas terminarem e me lembrando do primeiro exame que eu fiz para ver Carlinhos, Amélia parecia mãe mesmo, chorava igual criança, eu gostaria de ter compartilhado desse momento ao lado de Callie, eu tenho certeza que ela se emocionaria, seria lindo se ver, com esse pensamento acabo sorrindo. No mesmo momento meu telefone toca, estranho ao ver o nome de Carina na tela, raramente ela me liga.

Ligação on

- Alô?

- Oi, Ari, tudo bem? ah que bom, e a Callie ta aí?

Ela falou muito rápido, aconteceu alguma coisa.

- Carina, respira! A Callie não tá aqui. O que aconteceu?

Ouvi a respiração de minha cunhada.

- Arizona, você precisa ficar calma, tudo bem?

O meu coração já sentiu uma pontada.

-O que aconteceu?

- Olha, eu tô tentando não surtar...

Fechei os olhos, Amélia...

- O QUE HOUVE COM A MINHA IRMÃ?

- A Amélia estava dirigindo, o carro... ele capotou.- meu coração acelerou e lágrimas encheram meus olhos. - Arizona, ela estava com o seu carro, os freios estavam cortados. O alvo é você.

Eu não deixei as lágrimas descerem.

- Isso não importa, aonde vocês estão?

- No Seatlle Grace Mercy West. Você vem?

- Estou indo agora... Carina, como ela está?

- Ari, eu não faço ideia.

Carina chorou.

- Fica firme, eu estou chegando.

Ligação off.

Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo com minha irmã, na realidade, eu não quero nem pensar em quem poderia me ter como alvo. Se acontecer algo com minha irmã, eu nunca vou me perdoar, nunca.

Um nervoso sem igual começa tomar conta de mim, levanto, começo a suar e sentir um calor horrível, no mesmo momento em que Callie sai da sala de exames, ela me olha, eu a encaro e sinto uma pontada muito forte, levo minhas mãos até o meu ventre e me curvo, não demora nada para que eu sinta os braços de Callie me envolverem.

- Arizona, o que está acontecendo?

Sua voz soa preocupada, mas eu sinto outra pontada e grito.

- A Amélia, Callie, ela.....- grito novamente de dor - eu preciso ir pro hospital.

Vejo pessoas se aproximarem e Callie me pegar no colo.

- Vai ficar tudo bem, calma.

- EI, o que está acontecendo? - Penelope pergunta.

Eu só consigo pensar na dor que estou sentindo, no nevoso, e na preocupação.

- Agora não!

Callie quase grita e sai comigo correndo.

Sinto uma pontada mais forte e levo minhas mãos para meu ventre, sinto algo molhado, quando olho para ela, meu desespero começa...

- Callie, eu estou sangrando, estou perdendo nosso filho!




A extensão de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora