Parte 2
Com muita dificuldade consegui fazê-lo acordar. Ajudei a tomar banho e depois o levei para a cama. Fui ao meu quarto, tomei um banho rápido me troquei e voltei para o quarto dele.
- Eu lembrei de tudo Ana. Da minha família, da minha empresa...
- Da sua esposa. Completei a frase.
- Dela também. Respondeu.
- E você lembrou que a ama de verdade e que isso que tivemos não foi nada? Não é mesmo? Falei sentindo as lágrimas brotarem.
- Não Ana. Eu te amo. Lembrar de quem eu sou não mudou meu amor por você. Apenas me abriu os olhos para o que tive antes de você.
Ele me abraçou e eu apenas chorei apoiada em seu peito.
- podemos conversar agora? Perguntou depois que me acalmei. Eu apenas assenti e ele começou a falar.
- Meu nome é Christian trevelyan Grey, tenho trinta anos, sou filho de Carrick e Grace Grey, irmão de Elliot e Mia Grey. Tenho uma empresa gigantesca com cerca de cinquenta mil empregados espalhados pelo mundo. Minha empresa vale trilhões de dólares. Meu braço direito e chefe da segurança particular é Taylor e pelo que conheço dele, ele deve estar puto com esse sequestro e não vai se perdoar nunca.
Sou casado com a Leila, mas nosso casamento não anda bem. Já estamos juntos a quatro anos e ela nunca quis filhos, isso me deixa irado. Ela só quer saber de grifes famosas, bolsas e sapatos, e ultimamente tenho viajado muito e passado a maior parte do tempo fora para evitar as discussões constantes que tínhamos.
Na semana do sequestro viajei sozinho. Taylor ficou em Seattle pois tinha umas coisas particulares relacionadas com a sua filha Sophie. Fui com outros seguranças e passei Dois dias em meu apartamento em Nova Iorque. Eu estava para firma uma aquisição bilionária de uma empresa japonesa. No terceiro dia de reuniões para fechar o negócio o Taylor me ligou nervoso dizendo que tinha algo importante pra falar comigo e que tinha que ser pessoalmente. Dei autorização a ele para ir até lá. Ele me mandou uma mensagem dizendo que chegaria em quatro horas pois ainda ia fazer umas coisas para poder ir. Concordei e continuei a reunião.
Uma hora depois de falar com Taylor o alarme de incêndio do prédio soou e todos tiveram que sair. Em vinte minutos voltamos pois tinha sido um alarme falso. Alguém fumando no banheiro dos funcionários fez o sensor disparar. Antes de voltar para a sala de reuniões fui ao pequeno escritório que havia alugado no prédio e um homem veio até mim dizendo que nossa sala havia mudado para o terceiro andar, pois a que estávamos no oitavo andar estava toda molhada. Pediu que o acompanhasse pela escada pois os elevadores ainda estavam desligados. Concordei e começamos a descer. Acho que já havia se passado uns cinquenta minutos desde o início de toda a confusão. Quando estávamos descendo no quinto andar o cara me pegou por trás e colocou algo pra eu cheirar e desmaiei em seguida.
Meus seguranças estava ajudando na vistoria do prédio e por isso estava sozinho.
Fui levado de lá sem que ninguém visse e as câmeras desligadas facilitaram a ação.
Acordei em um cativeiro que parecia um porão de uma casa antiga. Tinha uma cama de solteiro, uma escrivaninha, uma cadeira de balanço e um pequeno banheiro. Tudo estava limpo e arrumado. Parecia ter sido o quarto de um adolescente em outro momento.
Passei quatro dias nesse quarto comendo apenas pizza e água que meus sequestradores colocavam por uma pequena janela. Depois de quatro dias três homens encapuzados entraram e tentaram me amarrar. Resisti e acabaram me batendo bastante. Me fizeram desmaiar outra vez e quando acordei estava em um avião amarrado na poltrona. Uma moça com olhar triste me deu água e comida de verdade. Perguntei pra onde estavam me levando mas ela nada respondeu.
Horas depois um deles apareceu e falei pra ele pedir o que quisesse, a quantia que fosse,que ligasse pra Taylor e ele pagaria o que fosse preciso. Ele deu uma gargalhada e disse que já fora pago e bem pago.
Me fizeram desmaiar de novo e acordei tomando outra surra em outro cativeiro. Esse agora parecia uma casa velha de tijolos. Pela fresta da janela pude ver que estava no meio do Mato. Não ouvi qualquer barulho de civilização somente o do carro deles quando saiam e voltavam.
Passei uns dez ou doze dias nessa casa. Apanhava todos os dias e eles falavam que só estavam esperando a hora de me matar.
Estava deitado quando eles entraram me arrastando para fora. Diziam que a ordem chegou. Era minha hora de morrer. Colocaram um capuz em minha cabeça e caminharam comigo por cerca de trinta minutos. Pararam num lugar e mandaram um outro atirar. Pela voz vi que se tratava de um adolescente. Eles o incentivavam dizendo que se ele queria ser homem tinha que me matar. O rapaz me mandou ajoelhar e atirou. Graças a Deus o tiro pegou de raspão em minha cabeça e ele quando viu o sangue foi embora sem tirar o capuz. Os outros também não vieram verificar. E fiquei quieto lá até ter certeza de que estava sozinho. Rapidamente anoiteceu. Levantei com dificuldade sentindo muita dor e comecei a caminhar pela floresta até cair desmaiado perto do seu jardim. Pela manhã você me encontrou e o mais você já sabe.
Eu só conseguia chorar ouvindo tudo isso.
- Você tem inimigos Christian? Quem iria te querer morto? Perguntei aflita.
- tem algumas pessoas que não simpatizam comigo por eu ter feito aquisições hostis de suas empresas, inimigos não tenho nenhum. Agora quem iria me querer morto isso eu também quero saber, principalmente o porquê de me quererem morto. - - - -Seria meu dinheiro?
Ninguém sabe, mas meu testamento está pronto a anos, desde que construí meu império. Cinquenta por cento pra instituições de caridade em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil. Dez por cento para cada um dos meus irmãos. Vinte por cento para meus pais é dez por cento para Leila. Além de alguns apartamentos para meus funcionários de confiança.
- sinceramente não sei o que pensar Christian. Tudo o que li sobre você mostra o que já sabia, que você é um bom homem. Não sei quem poderia querer seu mal.
- quem se beneficiasse dele, ou achasse que se beneficiaria dele. Respondeu pensativo.
- Agora podemos comer alguma coisa, estou faminto e já já vai anoitecer.
Fomos pra cozinha e comemos em silêncio. Depois de comermos fomos para o meu quarto, a cama era maior e mais confortável. Nos amamos outras vezes e dormimos exaustos. No outro dia Christian iria dizer o que decidiu fazer. Como sei que não ficaríamos juntos por muito tempo resolvi aproveitar enquanto podia. Dormi plena em seus braços como nunca havia dormido na vida.Espero que tenham gostado dos capítulos em sequência.
Deixem suas estrelinhas e comentários. ❤❤❤❤
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Depois do Fim
Fanfiction"Ana traçou pra si um caminho, mas não contava com o que o destino reservou para ela. Quando está determinado a acontecer não há onde possamos nos esconder..." Ana descobrirá isso nessa envolvente história!