19 - Ana

3.6K 329 20
                                    


Acordei cedo e saí pra ver como era tudo. A chácara era linda, maior que a minha. Tinha muitos canteiros para horta e um belo jardim frontal, na lateral esquerda tinha uma piscina e uma área de laser completa com churrasqueira, mesa, fogão a lenha e até um parquinho de criança. No lado direito tinha a horta e atrás da casa um enorme pomar.

O senhor Ben falou que as terras no entorno da parte murada também pertenciam a chácara, no entanto ele não pode murar tudo por ser um terreno muito extenso e por ter uma nascente e uma pequena cachoeira. Ele reflorestou tudo e transformou em área de proteção ambiental particular demarcando-a com cerca de arame.

Logo senti fome e vi que precisava ir ao supermercado. Me arrumei, comi umas carambolas recém colhidas e fui pra cidade. Era uma cidade um pouco maior cerca de quinze mil habitantes. Tinha muitas lojas, igrejas e praças, sua economia girava em torno do turismo ecológico por ser uma região de muitas fazendas, engenhos e cachoeiras.

De cara gostei do clima e das pessoas com quem falei. Fui na matriz e me encantei com a arquitetura do lugar. Conheci o padre Roberto que me pediu para chama-lo apenas de padre Beto. Falei que tinha alugado a chácara do senhor Benjamim e Dona Clara. Ele ficou feliz e disse que era um ótimo lugar pra morar, disse também que eles eram seus amigos e paroquianos. Me informei sobre o dia da feira e descobri que lá era aos sábados.

Iria começar a trabalhar o mais rápido possível, quanto mais eu me atolasse no trabalho melhor seria para mim e meu filho. Voltei pra casa e depois de preparar um almoço leve comi e fui explorar o pomar. Minha nossa era enorme. Tinha pés de manga, carambola, goiaba, banana, mamão, laranja de três variedades, duas parreiras cheias de cachos em ponto de maturação (pensei que uvas só dessem no sul), e duas frutas que depois descobri serem jaca e jabuticaba.

Todas serviam para os doces e era por eles que começaria a produção, enquanto os orgânicos não pudessem ser vendidos eu iria vender doces, geleias e compotas.

Liguei para o padre Murilo e ele me contou que Christian esteve lá me procurando. Fiquei desolada ouvindo tudo o que ele disse, que o filho poderia não ser dele, como não? Se eram casados e ele mesmo disse que insistia com ela por filhos, claro que se ele insistia é por que tinham uma vida sexual ativa. Falou do seu choro e do seu desespero dentro da igreja e de como ele gritou dizendo que me queria de volta e que era para Taylor virar o país de cabeça pra baixo pra me achar.

Mais uma vez proibi o padre de dizer onde eu estava, mas o mesmo disse que ele tinha voltado pra capital. Como suspeitei, ele não me achou e voltou pra sua família. Era melhor assim. O filho dele dependia disso.

Desliguei e chorei acariciando minha barriga.

- seu pai foi me procurar filho. Eu sentia que ele iria. Ele tá deslumbrado com o amor que vivemos, mas certo é certo. Eu sabia que ele era casado e me deixei envolver. Agora ele precisa entender que tem uma esposa e um filho pra cuidar. Eu vou cuidar de você e quando você crescer se quiser te levo pra conhece-lo.

Outra noite adormeci chorando conversando com meu bebê. Isso se repetiria por muitas e muitas noites.

Depois de oito dias morando nesse novo lugar fui vender a primeira remessa dos doces na feira. Vendi tudo antes das dez da manhã e peguei os telefones de alguns proprietários de hotéis fazenda interessados em comprar para seus estabelecimentos. Amei a ideia, pois poderia me estabelecer sem precisar me expor na feira, nem carregar caixotes pesados pra lá e pra cá.

Fiz minha primeira consulta pré natal no segunda feira seguinte. Minha gravidez estava entre cinco e seis semanas. Estava tudo bem com o bebê. A médica não fez perguntas com relação ao pai do meu filho, contudo, pra evitar questionamentos futuros, falei que se tratava de uma produção independente. Como eu já estava tomando as vitaminas certas e os enjoos já tinham parado ela me orientou a ter uma vida normal.

Um mês depois...

Já tem um mês que estou morando aqui. A vida é tão tranquila quanto era na outra chácara. Aos sábados levo a produção para entregar aos clientes no mercado publico. Compro o que preciso e volto pra casa. Já me acostumei com o espaço. Consegui plantar todos os canteiros e agora é só cuidar para que produzam bastante. Falo com o padre Murilo a cada três dias. Ele não teve mais noticias de Christian depois do episodio da minha partida. Melhor assim, a essa altura deve ter feito as pazes com sua esposa e estão felizes esperando o filho. Falei pra ele que fiz amizade com o padre daqui e que sempre que podia ia visita-lo. O padre Beto e sua governanta dona Nina se tornaram bons amigos. Contei pra ele que estava com quase dois meses de gravidez e que estava tudo correndo bem.

Contei pra ele da nascente e da cachoeira que tinha em minhas terras. Eu me sentia revitalizada tomando banho naquelas águas cristalinas. Todos os domingos eu ia até lá.

Se não fosse essa dor lancinante que sinto todas as vezes que me lembro de Christian e do amor que sentimos e fizemos, eu viveria uma paz celestial aqui nesse lugar. A hora de dormir era a pior de todas, eu rolava na cama sentindo falta dos seus braços, das suas caricias e dos seus beijos. Sem contar que os hormônios da gravidez estavam acabando comigo, eu sentia meu corpo acender só em pensar nele.

- Dorminhoca, acorda amor. Estou com saudade, louco pra fazer amor com você. – ouvi a voz de Christian sussurrando em meu ouvido.

- você acha mesmo que eu não te encontraria? Eu te amo e iria ao fim do mundo pra ter você de volta. Vem fazer amor comigo vem.

- claro amor. – falei abrindo os olhos.

Ele estava lindo com a mesma calça jeans e camisa vermelha do dia em partiu. Começou a me beijar e chupar meu pescoço me apertando forte. Tirei sua camisa e joguei longe, seu peitoral estava ainda mais firme e lindo. Beijei e mordi seu pescoço e seu ombro. Ele tirou a calça e subiu em cima de mim só de cueca.

- você está muito vestida amor. – fala e retira minha camisola pela cabeça. – nossa amor seus seios estão maiores e lindos. – fala abocanhando um deles e depois o outro.

Coloca uma mão em minha calcinha e ao menor toque eu gozo tremendo o corpo todo. Eu estava mesmo precisando de um orgasmo. Ele se posiciona entre minhas pernas e abocanha minha intimidade lambuzada pelo gozo e em poucas chupadas eu gozo de novo, e de novo, e de novo. Ele me penetra de uma vez só e aperta os bicos dos meus seios me fazendo explodir em um orgasmo fenomenal.

- você está ainda mais sensível e eu estou adorando te ver gozar. Goza pra mim amor. – ele fala e gozamos juntos.

- achei você mais sensível e com mais tesão do que nas outras vezes, se é que é possível. – ele fala sorrindo safado.

- Christian eu estou grávida. Estou esperando um filho nosso. – falo esperando sua reação.

- E você não ia me procurar? Se eu não tivesse te encontrado não iria saber do nosso filho? – estou decepcionado com você Ana, você sabia o quanto um filho era importante pra mim. Adeus Ana. Venho buscar meu filho quando ele nascer.

- Christian meu amor, não! – grito.

Acordei transtornada, tudo não passou de um sonho. O que esse homem faz comigo, gozei sonhando com ele. E agora o que eu vou fazer? Ele não vai me perdoar por esconder esse filho. 


E aí garotas, alguém aí já teve um orgasmo dormindo?

Espero que tenham gostado. Esse é o fenômeno Christian Grey

votem e comentem. bjs !!!!!

Depois do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora