Romance

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     P.O.V Gerard

     Eu estou muito nervoso, não sei o que Frank vai dizer quando souber que vou com ele no lugar de Bert. Eu deveria ter avisado sobre isso? Mas não tenho o número dele, ele não me mandou mensagem nem nada.

    Suspiro ajeitando minha camisa do Aerosmith e me agacho amarrando meu all star surrado, levanto e desço me despedindo de meu pai e saio. Vou caminhando até a casa de Bert, ele nem me disse como ele chamou Frank, e nem porque ele aceitou.

   Chego finalmente e bato na porta, percebendo a mesma aberta entro.

— Gee? — Bert grita de algum cômodo da casa.

— Não, o carteiro. — Grito de volta e rio.

Bert desce as escadas correndo.

— Gee, sabe que esse é meu maior fetiche, para de brincar com isso. — Ele diz e rimos.

Olho meu celular passando os olhos pela janela de notificação e reparando as horas, cinco e quarenta e cinco. Fito Bert, sentindo borboletas no estômago:

— Então vai ser tipo um encontro? — Pergunto baixo sorrindo bobo.

— É.— Ele cruza os braços me olhando com sua expressão de superioridade.

— Eu tô nervoso. — Confesso.

— Relaxa, ele não sabe que é um encontro.

Desfaço o sorriso nos lábios ao escutar batidas na porta, meu coração acelera e me viro de frente para porta sem saber o que fazer. Ele resolveu chegar mais cedo?

Bert passa por mim e abre a porta:

— Não se preocupa. — Um garoto entra, ele e Bert dão um breve selinho. — É só um amigo. — Bert pisca.

— Amigo? — Penso. — Espera, esse é o Quinn? — Faço uma expressão maliciosa brincando.

— Bert falou muito de mim? — Ele sorri.

— Claro que não, é que Gerard é bom em adivinhas. — Bert responde por mim.

Obviamente Bert está mentindo, acho que de todos os lances dele, Quinn é o mais falado. Eles se conhecem há tipo 3 anos, sempre se encontrando escondidos. Nunca conheci Quinn, Bert sempre insistiu que não era preciso, pois o garoto era só mais um dos milhares outros garotos que ele saia. Claro que eu não acreditei, afinal eu conheço meu amigo.

— Guardo descrição física. — Minto favorecendo Bert e eles sorriem.

Alguém bate na porta novamente e dessa vez eu já sei exatamente quem está atrás da porta, meu coração se acelera novamente. Droga, sou como aquelas pessoas apaixonadas que não pode sequer ver a outra que se derrete toda, não me acostumei com isso ainda. Olho Bert e ele assente, caminho até a porta e abro. Frank me fita expressando um semblante confuso:

— Gerard? — Ele pergunta.

— Ah... — Saio fechando a porta. — Bert ficou doente.

— Você e Lindsey não iam à um protesto? — Ele pergunta fixando os olhos nos meus.

— Não. — Dou um sorriso nervoso desviando o olhar. — Quem te disse isso?

— McCracken me disse. — Ele diz. — Não importa, se Bert não vai eu posso voltar pra casa. — Ele dá as costas e vai caminhando até a calçada.

— Ele não quer desperdiçar os ingressos. — Digo alto e ele se vira me olhando. — Duvido que se arrumou pra ficar em casa olhando o teto. — Sorrio cruzando os braços.

Youngblood - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora