Give 'Em Hell, Kid.

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  P. O. V. Frank

6:00 da manhã e eles já nos levantam à gritos, hora de ir pra escola. Geralmente a rotina consiste em acordar cedo, tomar o café da manhã e ir pra escola e estudar, fazer duas horas de trabalho como por exemplo, plantar, varrer, pintar o local. São duas horas mas no meu caso uma, a outra eu fico preso em uma sala com o psiquiatra me infernizando, logo a gente almoça e pode ficar um tempo no pátio que também contam como banho de sol, isso por duas horas. Depois a gente volta para os quartos e tomamos banho, ficamos um tempo no quarto e então jantamos e nos põe pra dormir. Isso se passa todo santo dia.

Minha rotina acontece como todos os dias, mas hoje quando o horário do almoço e banho de sol chega, um segurança se aproxima:

— Iero, visita. — Ele me diz e as pessoas curiosas nos olham.

— Okay...? — Digo desconfiado e sigo o policial.

Meu coração se anima, acho que sei exatamente quem está à me esperar. Ando calmo ao lado do segurança e me sinto ansioso, ver Gerard novamente é tão bom pra mim. O segurança algema meus pulsos e diz pra me comportar, assinto e voltamos ao destino. Sorrio me aproximando da sala, o segurança abre a porta e toda a minha animação vai por água abaixo. A última pessoa que eu queria ver agora, meu pai:

— Nunca pensei que você seria diferente. — Ele diz sentado ao seu lado da mesa e me aproximo o encarando e me sento.

— Veio rir da minha cara ou o quê? — Pergunto sério.

— Vim te parabenizar por destruir minha vida, esse é o meu garoto. — Ele diz sarcástico e reviro os olhos.

— Não vou ficar com todos os créditos, quem me ajudou a chegar nisso foi você.

— Está me culpando por você ser um marginal e assassino? — Ele ri irônico. — Eu estava na minha vida perfeita como eu sempre quis e de repente você mata sua mãe e eles me infernizam pra vim nessa droga de lugar pra tomar a responsabilidade.

— Você acha mesmo que eu queria ser seu filho? Que eu queria viver com ela? Você pôde fugir, eu não, você foi embora e nos deixou. — Digo me exaltando. — Você foi um filho da puta e sumiu, você me abandonou e nem mandou sinais, você é a pessoa que mais odeio. — Digo com raiva e baixo a cabeça.

— Você sempre esteve predestinado a ser um fracasso. — Ele suspira e pega sua pasta deixando um envelope e um papel em cima da mesa. Levanto minha cabeça e noto:

— O que é isso? — Pergunto não entendendo.

— Sua emancipação e dinheiro pra sumir da minha vida e nunca, tá me ouvindo? Nunca mais me envolver em nada. — Ele diz e rio.

— Você é hilário, cara. — Balanço a cabeça negativamente e me aproximo ficando de bruços na mesa e ele se afasta com uma expressão séria. — Não quero sua esmola.

— Esmola? — Ele pergunta. — Cinquenta mil dólares. — Ele sorri.

— Não quero nada que venha de você.

— Pense bem, poderia até fazer o favor de tirar o meu sobrenome de você. — Ele diz e suspiro.

— Eu e espero que seus filhos, seremos a geração inovadora Iero. Você é baixo, repugnante, egoísta e imbecil. Eu vou salvar esse sobrenome que você sujou, honrar a única coisa que me representa legalmente. — Digo e me levanto pegando o papel de emancipação.

— Não quer o dinheiro? Vai te ajudar a ser alguém na vida e parar de assassinar as pessoas. — Ele diz e ignoro indo até a porta e saindo com o segurança.

Youngblood - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora