The Ghost Of You

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 P. O. V. Gerard

Espero a detetive sair da sala, ando de um lado para o outro me sentindo nervoso. Ela mentiu quando disse que queria ajudar Frank, na primeira oportunidade que teve jogou ele em um reformatório longe de New Jersey.

Grace Stevan sai da sala e me coloco à sua frente, ela arqueia uma sobrancelha:

— Pois não, Way. — Ela diz.

— Por quê mandou Frank pra Delaware? — Pergunto tenso e ela sorri.

— Então ele usou sua única ligação diária pra falar com o namorado? — Ela pergunta cruzando os braços.

— Não pode fazer isso com ele, Frank é inocente. — Digo ainda indignado.

— Olha. — Ela suspira. — Frank é o principal suspeito do caso de homicídio de Elisabeth e ele não ajuda nem um pouco escondendo as coisas de nós. — Ela diz.

— Como assim escondendo coisas? — Pergunto mas o delegado aparece em sua porta novamente, sinaliza para a detetive.

— Ah, depois conversamos. — Ela volta à sala.

Escondendo coisas? Então ele não falou sobre sua mãe? Droga, como vou visitar Frank se ele está tão longe agora?

Retorno à minha casa apreensivo, por que as coisas tinham que acontecer justo agora? Logo voltam minhas aulas e meu trabalho. Bert tentou me arrastar pra sair mas não estou em clima de festas, e também sei que no final eu acabaria tendo que arrastar ele pra fora da festa. Chego em casa e me encosto na porta refletindo, me sinto doente nos últimos dias. Meu apetite está se racionalizando, não tenho fome e quando como não passa de uma xícara de café ou uma torrada. Desde que conheci Frank, minha vida começou a assemelhar-se com a de um adulto. Frank é como minha droga, ele me vicia mas de algum jeito me faz mal. Não sei se estou delirando com esses pensamentos, ficar longe dele é horrível e me sinto vulnerável, acho que vou desabar a qualquer momento.

Não sei mais o que fazer, quero a minha mãe. Não quero mais preocupar minha família e nem amigos, quero fazer o certo e ajudar a todos. Talvez eu esteja sendo egoísta, quando as pessoas mais precisam de mim eu fico fraco, começo a chorar.

Me sento no chão fitando a casa adentro, quero minha vida de volta.

(...)

Frank já tem um advogado, isso me deixa mais aliviado. Preciso encontrar um jeito de ir achar quem fez isso com a mãe dele, arregaço as mangas e suspiro pronto pra começar.

Vou até o bairro do Frank e encontro os caras de antes, me aproximo:

— Ei, vocês. — Chamo e eles me fitam risonhos.

— Já sei pelo o que veio. — O cara da arma de antes diz. — E não vou ajudar seu amigo.

— Não? — Pergunto e sorrio. — Digamos que eu tenha visto suas caras na delegacia, num grande mural de "procura se vivo ou morto". — Eles se preparam pra responder mas corto. — E eles estão procurando no lugar errado.

O segundo garoto suspira, cruza os braços.

— Não sabemos quem matou a mãe dele.

— Então descubram. — Digo.

— Como? — O primeiro sorri sarcástico. — Tá pensando que é assim, garoto. — Ele se aproxima fechando o punho e o outro impede.

— Calma cara, vamos ver o que podemos fazer. Agora some daqui. — Me diz e assinto.

Saio do local orgulhoso por botar medo nesses delinquentes, eles devem ser úteis para alguma coisa. Volto pra casa pensativo, estou cansado. Chego e encontro meu pai, o mesmo cruza os braços me encarando:

Youngblood - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora