P. O. V. Gerard
Abraço meu travesseiro ainda dormindo mas percebo que meu travesseiro não era tão grande assim, abro os olhos e sorrio lépido, mesmo com a coberta sobre nós já é possível recordar a noite passada. No final de tudo foram três vezes, me sinto quebrado. Minha bunda dói pra caramba, deveríamos ter pegado mais leve. Respiro fundo e abraço Frank, que se assusta acordando e me fita deixando minha expressão confusa, só faltou ele dizer que não se lembra de ontem a noite:
— Você tá muito... quente. — Ele põe uma mão em meu rosto e rio anasalado.
— Não tô. — Digo e ele suspira me abraçando. — Então é oficial. — Murmuro.
— O que? — Ele pergunta.
— Não sou mais virgem. — Respondo sem jeito e escuto sua risada rouca.
— Outra coisa também é oficial. — Ele diz e fito seus olhos me sentindo curioso.
— Qual? — Pergunto breve.
— Meu sonho foi realizado. — Ruborizo balançando a cabeça negativamente e um sorriso se forma em meus lábios.
Frank se inclina me dando um breve selinho, nossos corpos se aproximam. Tudo é interrompido pela porta sendo aberta lentamente, nossos olhos se direcionam à mesma e Bert surge com um sorriso inigualável entrando de fininho e fechando a porta em seguida. Já até sei o que há por vir, ele se aproxima da cama subindo em seguida e senta por cima da coberta entre nós, seu sorriso diz tudo:
— Então meus pombinho... transaram?! — Ele quase grita a última parte e arregalo os olhos.
— Ei, qual é a novidade? — Pergunto envergonhado e ele solta uma gargalhada alta.
— Deixa eu ver. — Ele põe a mão em minha testa. — Nossa, deve ter sido muito bom. — Bert se deita nos deitando também.
Frank e eu nos entreolhamos receosos.
— Precisamos de uma festa. — Bert diz.
— Não, não e não! — Me sento na cama. — Bert, não estraga isso.
— Estragar? Eu só estou deixando esse momento histórico. — Ele também se senta sorrindo.
— Não conta pra ninguém. — Digo e ele arqueia a sobrancelha.
— Afe, qual é a graça de perder a virgindade e não expor isso? — Ele cruza os braços fazendo biquinho.
— Precisamos tomar banho, Bert. — Digo o empurrando da cama. — Depois pensamos em uma festa. — Tento o enganar.
Ele se levanta animado cantarolando e sai saltitando até a porta, reviro os olhos e rio não acreditando na cara de pau do Bert. Frank segura minha mão e sorrio apreciando meu anel novamente decorando meu dedo, sorrio bobo com todo esse sonho.
— Vou tomar banho. — Frank diz se levantando. — Quer... vir comigo?
— Eu já vou. — Sorrio sendo lembrado da minha dor traseira e ele assente indo ao banheiro.
Me levanto apoiado na cama e minha pernas fraquejam, eu não sabia que o prazer custava caro assim. Me sinto um idoso fraco com osteoporose por não conseguir nem ficar em pé, se eu demorar mais um pouco Frank vai vim e me ver assim, suspiro e forço os pés caminhando lento até o banheiro. Entro tentando agir da melhor forma possível.
(...)
Ajudo meu pai a preparar o almoço, coloco os pratos na mesa ajeitando animado. Meu corpo esquece totalmente do cansaço e dor quando meus pensamentos se voltam à Frank e nossa noite, abraço meu corpo sonhando acordado:
— Parece que hoje alguém está no mundo da lua. — Meu pai me tira de meus devaneios e rio anasalado me sentindo idiota.
— Acontece. — Digo sorridente.
— O causador de toda essa felicidade por acaso é meu genro? — Donald pergunta e fita minha mão.
— É, nós voltamos ontem a noite. — Respondo também observando meu anel. — Eu tô muito feliz.
Frank desce as escadas e vem até a cozinha me abraçando por trás e beijando minha bochecha:
— Estou atrasado. — Ele diz e fita meu pai sorrindo. — Não vou poder ficar pro almoço, desculpa Donnie. — Diz.
— Tudo bem Frankie, só preciso ter certeza de que não vai ter fome. — Meu pai diz com ar preocupado.
— Na verdade ainda estou cheio do café. — Responde e meu pai dá de ombros ainda sorrindo e volta ao fogão.
— Tem mesmo que ir? — Pergunto manhoso me virando à Frank.
— Tenho, me desculpa, amor. — Sorrio ao escutar sua menção à mim.
— Certo, mas se cuida, amor. — Junto nossos lábios iniciando um beijo calmo e apaixonado.
Finalizamos nosso beijo e Frank passa a mão por meus fios de cabelo delicadamente enquanto fita os mesmos, se inclina em meu ouvido:
— Você ainda está quente. — Ele sussurra e sorri se afastando.
Vai até a porta ajeitando sua jaqueta e sai pela mesma, suspiro sorridente e volto à ajudar meu pai. Um tempo depois Bert desce correndo e sai indo encontrar Quinn, nem um tchau, garoto doido.
Alguém bate na porta e vou atender, parece que teremos companhia no almoço. Abro a porta e me surpreendo:
— Senhor Sykes?
— Boa tarde, Gerard. — Ele sorri e dou passagem automaticamente.
Logo atrás Oliver, me seguro pra não revirar os olhos e mandar ele se foder, ele entra e fecho a porta o ignorando por completo e voltando rapidamente até a cozinha próximo ao meu pai:
— Carlos, que surpresa! — Meu pai sorri. — Por favor, fiquem para o almoço.
Os Sykes ficam conosco pela tarde, peço licença e saio indo ao meu quarto, Mikey sortudo nem ao menos desceu pra sofrer comigo. Entro em meu quarto e me sento na cama ainda sentindo minha intimidade doer um pouco, fito minha colcha na cama tendo flashback's da noite passada e ruborizo exalando o cheiro suave do ambiente. Me deito colocando as mãos sobre a barriga e fecho os olhos. Alguém bate na porta entrando logo em seguida:
— Gee? Posso entrar? — Oliver pergunta.
— Já entrou. — Reviro os olhos e me sento. — Oliver, eu não quero papo com... — Ele me interrompe.
— Olha, eu realmente quero me desculpar pelo o que eu fiz. — Diz e presto atenção cruzando os braços. — Eu gosto da sua companhia Gee, não importa que você esteja com alguém. — Oliver direciona os olhos à minha mão comprometida e logo volta à meu rosto.
Passo os olhos pelo quarto enquanto penso, todo mundo erra, assim como esse cara. Afinal Oliver é uma pessoa legal comigo, resolvo então dar mais uma chance e sorrio fraco:
— Se realmente está arrependido eu te perdôo. — Respondo e ele sorri, se aproxima me abraçando ainda sentado.
— Obrigado. — Ele agradece e logo se senta ao meu lado. — Eu estou indo embora de New Jersey semana que vem e vou dar uma festa sexta. — Ele sorri grande. — Queria que você fosse.
Não sei se devo ir, afinal nem sei se vou encontrar pessoas conhecidas por lá, além do mais, Frank não vai gostar nada disso.
— Não precisa responder agora. — Ele diz e se levanta. — Só me avisa se for.
Ele vai caminhando até a porta e sai, me deito na cama sentindo frio e me enrolo nas cobertas e travesseiros. Frank, como você consegue ficar 24 horas no meu pensamento?
As coisas estão se resolvendo aos poucos, uma hora tudo vai se encaixar nos eixos e nós teremos uma vida normal e feliz. Me pergunto quando vou fazer isso com Frank novamente, as borboletas voltam a habitar minha barriga só de pensar, será que da próxima vez vai doer menos?
Fecho os olhos me lembrando da noite passada enquanto pauso minha vida demorada.
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Youngblood - Frerard
FanfictionGerard Way é um mero estudante do ensino médio que anda com garotos idiotas pra não ser zoado por eles. Por conta dessas amizades erradas, ele é desafiado à comprar drogas com um desconhecido de um beco. Gerard acaba obcecado por esse traficante e d...