Welcome To Black Parade

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    Hoje um novo alguém resolve me acordar, infelizmente não o Frank, mas sim a ansiedade. Abro os olhos sentindo os mesmos secos por conta do sono, ignoro aind estar sonolento e me levanto procurando Frank. É, como esperado ele foi embora.
   Me deito novamente tristonho, será que foi um sonho? Eu realmente não duvido que ele tenha saído, por que ele ficaria? Talvez esse pensamemto ingênuo da minha parte tenha sido idiota, só talvez.
    Quer saber? Quero que ele se foda, eu sempre estou tentando me aproximar dele e ser amigo dele, sempre me preocupo, ajudo ele. E ele retribui? Não! Só me faz de idiota sempre que tem chance, quebra minha cabeça, minha dignidade e meu coração. É bom ele ter ido e espero que nunca volte.
   Me cubro por completo ainda no colchão. Escuto o barulho da porta do banheiro e espio confuso.
   Frank sai de lá, olhando os braços furados:

   — Bom dia. — Digo baixo ainda coberto por completo.

   — Oi. — Ele me olha e se senta na cama. — Quanto quer por isso?

   — Como? — Pergunto irônico.

   — Aposto que não foi de graça.

   Rio. Não acredito nisso, esse cara é mesmo um babaca, pensou que fiz isso por dinheiro?

   — Escuta aqui, eu fiz isso porque eu gosto de você. — Digo e me surpreendo escutando minhas próprias palavras.

   — Eu não sou gay, sabe disso né? — Ele informa me olhando sério.

   — Eu... Não quis dizer dessa forma. — Respondo  constrangido. — Quer saber? Sai daqui seu ingrato. — Digo empurrando o mesmo para porta.

    — Ei, eu sei andar. — Reclama Iero e se esbarra com Bert que me olha boquiaberto.

    — Way, não sabia que você era desses. — Ele cruza os braços sorridente.

   — Não é o que tá pensando. — Tento me explicar e Mikey aparece.

   — Que? Iero de novo? — Ele nos olha.

   — Frank dormiu aqui, Mikey, acredita? — Bert me provoca.

   — Eu não sou gay. — Frank diz aparentemente bravo e sai empurrando Bert e Mikey.

   — E aparece na escola ou eu te encontro e te dou um surra. — Grito pra Frank e volto ao meu quarto batendo os pés.

   — O que aconteceu aqui? — Bert vai entrando e fechando a porta.

   — Ah, eu encontrei ele noite passada na rua, tinha desmaiado. E eu trouxa cuidei dele pra ele sugerir hoje de manhã que eu só queria dinheiro. — Me deito olhando o teto monótono.

     — E aí...

     — E aí eu disse que gosto dele. — Suspiro.

   — Caramba, você pisou na bola em. — Ele senta em minha cama. — Olha, ele ainda não sabe que é gay. — Bert dá ênfase em "ainda".

   — Eu sou o único bicha da história Bert, e eu já vou superar isso. — Digo e ficamos em silêncio por alguns segundos.

   — Sabe... — Ele solta de repente. — A gente tem que andar mais com ele.
   — Não, desisto. Não vou ficar correndo atrás dele. — Abraço meu travesseiro frustrado.

   Bert se deita ao meu lado e pega minha mão. Logo já sei o que vai dizer e começamos juntos:

  — A vida é mais colorida quando se é uma vadia. — Dizemos num coro.

   Sorrio com Bert sendo idiota pela milésima vez, ter ele de volta é bom. Mesmo estando errado ele me faz pensar que o errado dele é o meu certo, isso as vezes complica.

Youngblood - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora