CAPÍTULO 19

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" O ódio não é real, é a ausência do amor ".
— Autor desconhecido...

Sábado 06:13 AM
• Bella Parker

Que se foda, eu vou viajar com ela. — Sou acordada com gritos vindo da sala , abro meus olhos e estou coberta por um roupão deitada no sofa-cama , mas como eu poderia está ouvindo se estou no porão?

Levanto-me devagar em sentido às escadas e a porta se encontra aberta, subo devagar com receio e sento-me no último degrau.

Alô, quero que você reserve meu jatinho particular às 14:00 PM, não é da sua conta , você está sendo paga para fazer o que eu quero. — Escuto claramente Sebastian falar com alguém pelo o telefone .

Levanto-me e vou em direção a sala, avisto Tierry sentado no sofá com folhas entre as mãos , ele não me nota ali mas Sebastian aparenta está nervoso.

Tá , tá seja breve. — Ele desliga e põe as mãos no alto da cabeça e se vira em minha direção , ele me ver e vem até mim. — Você está bem ?

Estou. — Falo me aproximando.

Sebastian recua e se afasta de mim.

Isso tudo é culpa sua. — Ele fala baixo.— Maldita hora que eu peguei você , maldita hora que notei você na minha casa . Você foi uma das piores compras que eu já tive.

Aquelas palavras nunca suaram tão dolorosas para mim, nem quando meu próprio pai me apostou.

Ele olha para mim com os olhos avermelhados , eu sem entender já com lágrimas nos olhos tento me aproximar , mas ele fez um gesto com as mãos.

Eu vou me livrar de você. Você não será mais nenhum problema para mim. — Ele sai em direção às escadas indo para seu quarto.

Levemente sinto náuseas, uma dor de cabeça nunca sentida antes, uma tontura toma conta de mim, apoio-me no sofá . Pisco algumas vezes me livrando da sensação e Tierry se preocupa.

Ei, o que ouve ? — Ele se apoia na minha cintura á segurando forte.

Me tira daqui. — Sem perceber aquele pedido foi alto demais, já estou em lágrimas e Sebastian lá de cima, escorado no corre mão das escadas diz:

Você só vai sair dessa casa sem mim, morta!

Poderia ser pior, eu não sabia do por que ele estava me tratando daquela maneira , a náusea volta novamente, volto para o porão rapidamente e vômito tudo da noite anterior. Sento-me no chão e a pequena dor de cabeça permanece em mim.

Bella. — Tierry me chama da cozinha do porão. — Posso entrar?

Pode, seja bem vindo á minha jaula. — Ele rir e se senta na beirada da banheira.

Eu queria muito ti tirar daqui , mas poderíamos nos considerarmos duas pessoas mortas. — Ele fala ironizando. — Me desculpa.

Tá, tudo bem, como Sebastian disse eu só saio dessa casa morta. — Fixo meus olhos para o azulejo do box, tento me lembrar da noite passada, pouquíssimas  lembranças me vem. — O que aconteceu ontem ? Eu lembro-me de um cara, acho que Augustus me comprou e não sei , ele tentou fazer coisas horríveis comigo, depois não sei bem , apareci aqui, e estou assim .

Falo olhando para o roupão que estou.

Não posso dizer nada, até por que eu não sei bem o que aconteceu, mas espero que você tenha um bom psicológico para isso tudo. — Tierry fala. — Tenho que ir , boa viagem.

" Boa viagem? Como assim? "

Falo para mim mesma .

Levanto-me , respiro fundo e tranco a porta. Retiro o roupa que estou e tomo um banho frio e bastante demorado , tento lembra da noite passada mais a única coisa que lembro é de Bianca, daquele local, daquele homem. Saio do banho e término minha higiene matinal, coloco um roupão e saio do banheiro. Ao sair vejo Francesca pondo roupas em uma mala.

Bom dia querida, desculpa entrar assim sem avisar mas é que Sebastian pediu-me que eu fizesse suas malas. — Ela fala indo até o pequeno closet e retirando algumas peças íntimas.

Tudo bem, já tomou café? — Eu pergunto indo até o balcão da cozinha e pegando a cafeteira.

Ainda não , mas coloque um pouco para mim , vou pegar seu café da manhã lá em cima e volto já. — Ela fecha a mala e sobe as escadas. Vou até o sofá e sento-me nele. Ligo a TV e passo alguns canais.

Bella, desligue, rápido, Sebastian está vindo para cá. — Francesca desce as escadas com uma bandeja do café da manhã.

Desligo bem rápido e corro para retirar o fio da TV , embalo ele nas mãos e ponho no bolso do roupão.

Muito bem. — Francesca fala cochichando perto de mim.

Sento-me na mesa fingindo está tudo bem, Sebastian abre a porta do porão e eu o vejo desce as escadas , seu perfume preenche todo o ambiente fazendo minha narinas arde, não é um ardo doloroso, mais um ardo de um modo refrescante.

Bella? — Francesca fala chamando minha atenção. Olho para Sebastian , que porra de homem lindo.

Vista-se , você vai viajar comigo hoje pela á tarde , leve roupas necessária para duas ou três semana, não adianta me pergunta nada, isso não é da sua conta, e lembre-se sem gracinha por que eu já estou cheio de você. — Para que elogiar uma pessoa tão horrorosa desse jeito ? Ele pode ser bonito que for , mas ele se forna a pior pessoa por ser assim .

Ele me olha me analisando percebendo que estou pensativa, não o respondo , aceno com a cabeça em positividade. Ele sair do porão me deixando a sós com Francesca.

Você quer me dizer o que aconteceu ontem? —Eu á olho e uma lágrima escorreu pela minha face á enxugo rapidamente e faço minha refeição.

Ao longo da manhã tentei explicar tudo para ela , o  pouco que eu lembrei eu contei, ela ficou amanhã toda comigo , fez o almoço na cozinha do porão mesmo e almoçamos juntas.

Ela contou uma boa parte da sua vida e a só Sebastian, mas em nenhum momento ela tocou no assunto do seu filho. Eu não queria afronta-la  e muito menos relembrar coisas ruins, mas precisava saber do porque Anthony a tratava daquela forma.

Francesa sei que talvez esse horário não seja adequado para esse tipo de pergunta, mais por que Anthony trata você assim ? O que aconteceu entre vocês? — Pergunto olhando para seus grandes olhos verdes.

Anthony é meu filho mais velho, ele sempre foi um garoto assim, "temperamental". — Ela senta comigo no sofá e olha para um quanto fixo, como se fosse relembrar de algo. — Ele tem aproximadamente a mesma idade que Sebastian , acredita que os dois foram criados juntos, algumas coisas mudaram com um tempo, Anthony sempre teve raiva de morar aqui, quando seu pai morreu ele teve que vim morar comigo aqui, eu não queria mais não tínhamos ninguém. Com um tempo Anthony se afastou de Sebastian , dizia que eu o tratava mais como filho do que ele, mas ele nunca compreendeu que eu estava sendo paga para isso. Ele frequentou a mesmas escolas que Sebastian, dormia no mesmo quarto que ele, Helena sempre tratou como filho eu sou muito grata a ela por isso. Na adolescência os dois conheceram á Eloá , ela morava a um quarteirão daqui, eles brigavam muito por ela, sempre pelo o mesmo motivo, até que ela escolheu Sebastian , Anthony passou a sair de casa e voltar com dias , passavam-se semanas e ele não vinha para casa , ele não terminou os estudos, não me chama mais de mãe , passou a morar em outro quanto, até que um dia ele pediu emprego ao Richard , eu mau o via, no dia que Eloá sumiu eu vi a fúria do meu filho, ele e Sebastian sempre se deram bem, mas com a aparição dessa garota tudo virou um caos.

Ela enxuga suas lágrimas e se levanta do sofá.

E o que aconteceu com a Eloá? — Pergunto na intenção de saber mais.

Ô Deus , já são 13:30, você tem só alguns minutos para se arruma. — Ela fala assustada, levanto indo ao banheiro e tomo uma ducha rápida , seco-me bem e volto para o quarto , coloco uma roupa básica, nada exagerado. Penteio meus cabelos e coloco os produtos finais na mala.

Olha , agente passou muito tempo falando besteiras, precisamos planejar algo, rápido. Eu não sei bem o que aconteceu para Sebastian ti tirar daqui, mas aquele plano de deduzi-lo ainda é uma ótima idéia. — Ela para na minha frente segurando os meus dois braços.

Mas se eu não conseguir ? — Eu falo incrédula.

Você vai, ele se apaixonou apenas uma vez e você vai fazer ele se apaixonar pela a segunda vez.  Você tem que conseguir , você precisa disso para sobreviver do lado dele. — Ela fala olhando mais uma vez para o relógio . — Eu vou ti dá uma coisa , mas tente manter longe da vista do Sebastian , é um relógio que a mãe dele me deu, é tecnologia demais para mim.

Ela me entrega e eu o analiso bem.

Vamos , temos que subir. — Ela pega minha mala e subimos as escadas indo em direção a porta, ela abre e um carro já está a minha espera. — Que Deus cuide de você minha querida.

Ela me abraça e eu o retribuo.

Obrigada Francesca. — A solto e vou em direção ao carro, por minha sorte não é Anthony é outro motorista.

Ele pega minha mala e coloca no porta malas do carro e abre a porta do passageiro para que eu entre.
Seguimos calados o trajeto todo, ele dirige em alta velocidade parecendo está atrasado para algo.

Calma moço, vamos acabar batendo. — Falo segurando firme meu cinto de segurança.

O motorista dá uma risada e continua na mesma velocidade, ele não diz nenhuma palavra e estaciona em uma pista de pouso e decolagem.

Avisto Sebastian de longe falando no telefone mais uma vez, ele nos nota e vem rapidamente em nossa direção.

— É por conta disso que eu dirijo feito louco. — Ele sai do carro e abre a porta para mim . Sebastian me puxa pelo os braços em direção ao jato que está parado a nossa frente.

Você tinha que demorar tanto assim? Porra , vou ti ensinar a cumprir ordens. — Olho para o motorista que trás minhas malas por trás de nós e ele faz um sinal de negativo com a cabeça.

Sebastian me empurra para um segurança que me segura pelo o braço e me leva até o jato, subimos a escadas e e me prende com o sinto se segurança á um assento. Olho para fora do jato e Sebastian está gritando com o motorista que me trouxe, não compreendo bem, mas parece ser uma bronca pelo o atraso.

Sebastian dá as costas e sobe no jato, ele senta na minha frente e põe o sinto de segurança , ele dá o sinal para o piloto para da início a viagem.

Eu nunca estive em um avião antes e me recordo pouco do jato que cheguei em New York , em poucos minutos sinto o jato se mexer, ele anda vagarosamente sobre a pista e isso me desespera.

Eu não estou me sentindo bem. — Falo segurando forte no assento.

Sebastian dá um grande sorriso de deboche .

Calma vai se iniciar a melhor parte . — Ele dá mais um sinal com as mãos para o piloto decolar.

Eu sinto uma forte pressão na minha audição , me fazendo ouvir absolutamente nada, a sessão e apavorante quando você tenta captar algo e não consegue. Sinto náuseas novamente, uma tontura consumindo toda a estabilidade que estou faz com que eu tente sair do assento, aperto a trava do cinto mesmo com os olhos fechados, tento ir para algum local , abro meus olhos e Sebastian está sério, vejo ele multiplicado por vários, tento andar mais parece que tem toneladas de peso nas minhas pernas me fazendo fica imóvel, o jato da algumas sacolejadas e eu caiu no chão, parece que a sessão de está no chão é pior, sinto algo me puxar cada vez mais para baixo e eu sinto uma certa dormência, um sono e então desmaio.

[. . .]

Sinto cheiro de mar, um som de brisa. Acordo com um forte vento ecoando o local que estou.

Onde estou? — Sento-me na cama e observo bem o ambiente.

"Meu Deus".

O Senhor DesconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora