O Enigma das Asas de Ouro

Risked Moves

"Everything that kills me makes me feel alive"-Ryan Teddee

EAO-Capítulo 5

Por mais psicopata que aquilo pudesse parecer, Arthur já estava parando de se surpreender com tantas mortes. Não sabia como era a vida de outros adolescentes, mas tinha certeza que se deparar com dois cadáveres na mesma semana não era algo bom...Ou normal.

Simon e Arthur vasculharam todo o dormitório feminino atrás de um suposto alguém que tivesse empurrado Hillary da escada. Estava vazio. Se alguém esteve ali, já havia deixado o local há tempos.

Conseguiram voltar ao jogo cinco minutos antes do fim da partida. Owen estava em festa, os Gold Piece estavam vencendo. Vince apenas ria das danças sem noção do amigo.

- Cara, e depois você pergunta o motivo dos calouros terem medo de você. - Ironizou Vince.

- Isso se chama demonstração de alegria, meu caro amigo. - Respondeu Owen.

- Hey, Galera! - Arthur chegou junto de Simon.

- Aonde você foi, Arth? - Perguntou Lyn. - Perdeu toda a partida e o Vince ainda comeu toda a pipoca!

- Quem manda lesar, Mellark. - Ele sorriu de canto, comendo as que haviam sobrado no pacote.

- É, eu e Simon precisamos fazer uma pesquisa para a aula do Sr. De Lance... - Mentiu Arthur. - Posso ver vocês depois?

- Ah, pode ser. - Sierra deu de ombros. - Agora não demora, porque se não minha irmã vai ficar tagarelando sobre você toda hora. - Viu a outra loira corar.

- Sierra! - Ela deu de ombros, vendo a irmã envergonhada.

- Não me culpe se apenas falei verdades. - Respondeu, cruzando os braços. Arthur ficou levemente sem graça com o comentário.

Depois de se despedir dos novos amigos, Arthur seguiu Simon até o dormitório 22. Ao abrir a porta, deparou-se com a imagem de Devon se trocando. Não era a imagem dos sonhos de Arthur.

- Ótimo Simon, agora terei pesadelos. - Resmungou o Lancaster.

- Poderiam bater antes de entrar?! - Retrucou o Turner.

- Na sua cara, ah, eu iria adorar! - Ralhou Arthur.

- O que disse?! - Devon deu um passo a frente.

- Chega! - Simon interrompeu. - Vamos acalmar os ânimos, tá?! - Simon encarou Devon. - Chega de mentiras, precisamos contar toda a verdade pra ele, Devon.

Devon permitiu-se relaxar. Virou-se e pôs uma camisa, passando a encarar Simon com desdém.

- Contar o quê?

- Não seja cínico, Turner. - Arthur se pronunciou. - Você sabe muito bem, sabe dos assassinatos.

- Não sei do que está... Espera aí, assassinatos?! Mais de um?!

- Hillary está morta, Devon. O círculo está se fechando, precisamos contar a ele, não temos escolha. - Arthur viu Simon sério pela primeira vez em sua vida. Aquilo era sério. O Kennedy jamais havia se dirigido a alguém naquele tom. A menos que estivesse em pânico, muito pânico.

Devon sentou na cama, encarando o chão. Arthur nunca o havia visto assim, tão confuso. Ele socou a parede com toda a força e depois fitou Simon, ainda sem demonstrar nenhuma emoção.

- Quer saber tudo, novato? - Arthur assentiu e Devon sorriu minimamente. - Então é bom sentar, porque a história é longa.

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