The Bane Mark

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"Home is wherever I'm with you"-Adam Levine

EAO-Capítulo 6

Arthur estava sentado na beira da cama de cabeça baixa. Devon relatava tudo como um sobrevivente de um filme de terror psicótico.

Quando Turner terminou seu relato, ele e Simon o encararam, na esperança de ver alguma reação por parte do garoto.

- Ok... Então, vocês quatro foram amaldiçoados por uma bruxa estranha que disse ser uma Lancaster? - Devon assentiu. - E meu nome surgiu naquela parede daquela cabana imunda? - Ele assentiu novamente. - Ah, então já sei! Depois apareceram gnomos que comiam cérebro e andavam de patins! Oh, que assustador! - Arthur ironizou e passou a rir sem humor. - Por acaso acham que eu sou idiota?!

- Eu avisei, Simon! O Lancaster é muito imbecil para acreditar em nós! Podemos resolver essa maldição sozinhos! Não quero a ajuda desse lixo! - Avisou Devon, apontando para Arthur, que se sentiu muito insultado.

- Mesmo se toda essa sua história que você tirou da sessão de sobrenatural da locadora fosse verdade, eu que não iria querer ajudar esse idiota! -Arthur bufou, quando uma lembrança lhe veio à mente.

- Espera... Então naquela hora das arquibancadas...

Simon assentiu meio hesitante.

- Eu precisava me aproximar de você, Arthur. Era o combinado que tínhamos feito.

Tudo aquilo se resumia a uma sensação para o Lancaster: o sentimento de ser traído. Mesmo com pouco tempo ali, Arthur já considerava Simon Kennedy seu melhor amigo. Agora, descobria que o nerd apenas tinha se aproximado por puro interesse.

- Mas! Depois eu realmente passei a te considerar um amigo, de verdade! - Ele ainda tentou argumentar enquanto Devon permaneceu quieto. - Você é o meu melhor amigo, Arthur. Isso não é uma mentira.

Arthur queria muito socá-lo de novo. Mas o último que lhe dera ainda era evidente pelo nariz levemente torto.

- Eu vou dar uma volta. - Suspirou. Precisava sair dali antes que pirasse de vez.

- Podemos provar que não estamos mentindo. - Devon se manifestou finalmente, sem nenhum tom de desconfiança ou raiva.

O Lancaster congelou no lugar.

Por mais que aquele relato de Devon fosse simplesmente maluco, Arthur sentia uma conexão forte. Uma parte dele acreditava realmente naquilo. E ele queria saber mais.

Simon olhou para Devon como se perguntasse se eles iriam mesmo fazer aquilo. O outro assentiu de leve, fitando Arthur com o semblante sério.

- Por um momento, nós quatro também pensamos serem apenas devaneios. - Confessou o Turner, dando um suspiro. - Até o momento em que nos deparamos com isso.

Em toda sua estadia no quarto 22, Arthur percebera a preferência do colega de quarto por blusas de mangas compridas. Pensou que Devon achava o clima frio, e que ele não sentisse por causa de Minessota, mas agora viu que estava errado.

Devon puxou lentamente a manga da camisa, permitindo que Arthur visse a marca negra gravada em seu pulso. Ela tinha o formato de um par de asas, com um grande L as unindo.

- Essa é a chamada marca da praga. - Revelou Simon, mostrando a sua no pescoço. Agora Arthur entendia a mania do Kennedy por golas altas.

- Legal, usaram canetinha? - Arthur ergueu a sobrancelha, cruzando os braços.

- Ashley e Kate também possuem essa marca, Lancaster. - Avisou Devon, ajeitando sua manga. - Aquela bruxa nos amaldiçoou, basta não a satisfazermos e...

O Enigma das Asas de Ouro Onde histórias criam vida. Descubra agora