Capítulo 56 - Hayle.

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— Vamos lá Molly sei que consegue...

— Como é mesmo a palavra? - Minha irmã perguntou pela terceira vez.

— Ardiloso - li o cartão devagar para ela - consegue lembrar?

— Sim! Ardiloso! - ela pensou por alguns segundos - a-r-d-i-l-o-s-o significa uma pessoa ou animal de característica esperta ou manhosa... Acertei? - ela perguntou ansiosa.

— Como sempre - a elogiei orgulhosa  ela deu uns pulinhos - Agora pode descer pra brincar com a Louise, ela está na sala.

— Brigada Hayle, to sentido que vou ganhar esse concurso - ela falou estudando o peito em confiança e eu ri.

— Pelo segundo ano seguido - a recordei - agora vai brincar - ela se lançou a mim me dando um beijo na bochecha e desceu correndo por escada abaixo. 

— Cuidado! - chamei sua atenção até ela sair do meu campo de visão - okay vamos lá Hayle - caminhei até o meu escritório e sentei de frente com o meu computador  - você consegui... - entrei no Skype e então apertei para a chamada de vídeo.

Assim que atendeu meu coração acelerou.

— Mãe? - a chamei quando não tinha ninguém e então ela me apareceu como em um susto e riu da minha cara - pelo amor de deus não faça mais isso! - coloquei a minha mãe no peito.

— Desculpa filha - ela falou em meio ao um riso - como está aí?

— Tudo ótimo, e na Carolina?

— Você sabe com a troca de remédios eu durmo demais, mas como é verão até isso tem sido difícil aqui parece o propio inferno de tão quente.

— Sei como é aqui também está bem quente, mas tirando isso, tem se sentido melhor?

— Sim Hayle, sabe nada na minha vida vai ser como antes... Eu acho que ele vai entrar pela porta da frente... Eu ainda escuro os gritos - sua voz saiu pesarosa um arrepio percorreu o meu corpo - é difícil, eu vivi vinte anos com isso é difícil saber que eu não ligo mais com isso - ela deu um riso nervoso - você sabe me entender melhor do que qualquer pessoa não é querida?  - ela perguntou com cuidado e então brinquei com o esmalte da minha unha.

—  Talvez... Realmente é estranho, eu só queria não ter medo de deixar a Molly na escola, e de checar a porta da frente três vezes... - senti meu celular vibrar no bolso.

— Mas vamos superar isso juntas não vamos - o sorriso que a muito tempo eu não via na minha mãe preencheu a tela do meu computador, ela colocou a mão sobre a câmera assim como eu.

— Claro que vamos mãe... - sorri de volta para ela.

— Onde a Molly está? - ela perguntou.

— Ela está brincando com a Louise, você tem que ver esta de das orgulho mãe. Vai pra segunda competição de soletrar com oito anos.

— Ela é incrível não é?  - minha mãe falou boba.

— Com certeza bem mais do que eu com oito anos de idade.

— Vocês duas são diferentes, mas a determinação é a mesma - ela falou com firmeza.

—  Acho que tenho que concordar com isso - senti meu celular vibrar novamente - aí mãe... - Olhei o celular e percebi pelas notificações onze mensagens do Tyler.

— Algum problema filha? - ela inclinou a cabeça preocupada.

— Acho que Tyler está surtando, com certeza é alguma coisa na nossa confeitaria... Tenho que ir mãe, depois chamamos a Molly e nós conversarmos mais tudo bem?

Eu não sou tão fácil assim (Finalizado) Onde histórias criam vida. Descubra agora