Capítulo 66 - Landon

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Tentei ligar essa noite duas vezes para Hayle, quer dizer, quando passamos a noite em um Hospital paramos bastante pra analizar como sua vida está e tudo mais.

E eu realmente estou precisando conversar com uma pessoa que não  é da minha família. Quer dizer nem tem como eu conversar com alguém da minha família. 

Mas no final a única pessoa que eu conversei foi com a mulher da caixa postal.

Então aqui estou eu observando minha irmã dormir tranquilamente, olhando para ela não vai a ficha de que está com uma doença que consomem cada celular do seu organismo e que se isso não mudar, vão a consumi-la por Inteiro até o seu último suspiro.

Não Landom, isso não vai acontecer.

Quando a porta se abriu dei de cara com a minha mãe, deixei meu celular no mudo e apenas fiquei a encarando ela não parecia esperar me ver ali, mas entrou mesmo exitante para dentro do quarto. Ela caminhou até o outro lado da cama da minha irmã e se sentou sobre a poltrona em seguida se aproximou um pouco mais beijando sua testa e fez carinho em sua bochecha, seu rosto estava tão abalado que eu realmente sendo vontade consolar minha mãe, mas então a lembrança do seu descaso com a minha irmã fez com que eu retornasse a minha mágoa.

— Como ela está indo essa noite? - Ela finalmente perguntou.

— Bem... - Respondi seco.

Então o silêncio se pôs entre nós dois novamente, minha mãe comprimiu os seus lábios e olhou para minha irmã por longos segundos.

— Me perdoa... - Murmurou, levantei meu olhar até o dela percebi que não falava isso apenas pra minha irmã mas pra mim também - Sei que eu deveria estar cuidando melhor da sua irmã durante essa três anos... Mas eu tinha você filho. Então você foi pra Seatlle, e saiba que não foi o único que teve que aprender a se adaptar, eu tinha tantas coisas... Tantos problemas... E tinha que ter tempo para cuidar das suas irmãs que não via o que estava na minha cara. Até agora. - Desabafou - Eu só queria ser o suficiente pra preencher a falta de uma figura masculina tinha sobre as suas irmãs. E olha só o que aconteceu... - Ela apontou pra minha irmã então soltou a mais dela e as colocou sobre o próprio rosto enquanto desabava em lágrimas.

Fiquei estático, e então o que a Greta me falou veio com tudo sobre a minha mente, eu fui embora e também não diz muita questão de vir ver minha família, eu também errei... Errei feio... E agora, eu tô aqui culpando minha mãe pela doença da minha irmã, que no final mesmo que todos estivessem juntos, não poderia ser prevista.

Em vez de unir minha família eu só joguei toda a carga pra cima da minha mãe, uma carga que ela vem carregando a três anos.

— Mãe... - me levantei da poltrona e caminhei até ela, ficando de joelhos - Mãe olha pra mim... -  Retirei suas mãos do seu rosto as colocando sobre as minha segurando com força - Ninguém tem culpa de nada... - ela negou ainda deixando várias lágrimas desabarem - Eu também errei tá bom, eu vivo uma vida, sem me importar se vocês estavam saindo bem aqui... Por puro egoísmo. Mãe olha pra mim - segurei seu rosto em minhas mãos - Ninguém evitaria isso, fui um idiota de achar isso, mas ninguém poderia imaginar. Me perdoa mãe...

Ela apenas me puxou pelos seus braços enquanto eu deixava minhas lágrimas cair junto com as dela. Eu não quero passar por isso, isso dói tanto, que chega a ser como uma ferida exposta, e parece que ver minha  irmã e como se jogassem álcool nesta ferida no cru.

— Eu só quero que tudo isso acabe - Desabafei em seu ombro.

— Ela vai ficar bem querido - Minha mãe afagou meu cabelo da nuca, como se eu fosse uma criança que caiu e a mãe diz que vai doer só no começo.

Eu não sou tão fácil assim (Finalizado) Onde histórias criam vida. Descubra agora