Eu não sou tão fácil assim (Finalizado)

Capítulo 83 - Hayle

Capítulo 83 - Hayle.

Abri o zíper  da minha cabana tomando todo cuidado para não acordar Molly  que dormia tranquilamente com a coberta em sua volta como um pacotinho.

Coloquei minha bota e sai devagar para o lado de fora ainda de joelhos então quando retirei meu corpo de dentro sentido o vento frio do inverno com a combinação da madrugada me atingir, fechei a barraca atrás de mim e respirei fundo ao me levantar, caminhei em meio a escuridão do jardim e me sentei no banco de madeira ali próximo onde toma sido a algumas horas a cerimônia da minha melhor e do meu melhor amigo de mentira.

Depois da cerimônia mais fofa do universo, ficamos todos conversando planejando o nome do bebê do meu casal favorito sendo menina ou menino. Mas então quando fomos dormir eu simplesmente não consegui pregar os olhos. Era como se pensar em tudo me fez relembrar como minha vida mudou em cinco anos.

Eu era só uma garota que o único objetivo de vida era dar o melhor pra irmã dela, algo que eu nunca tive eu só pensava nisso e me importava mais com ninguém além dela, não que isso tenha mudado, Molly sempre foi meu objetivo a minha âncora e minha força. Mas agora olhando pra tudo eu não tenho apenas uma pessoa pra amar, eu tenho tantas pessoas e eu nunca sonhei que eu poderia virar essa coração mole ridícula.

Acolho meus joelhos sobre o banco e os abracei os juntando próximo a minha boca deixando um sorriso escapar, mas de repente uma vontade de chorar veio sobre minha garganta causando um bolo repentino, eu só quero não lembrar do meu sofrimento faz tanto tempo que eu não penso nisso eu faço  o meu melhor, quer dizer eu sempre fui forte. Ninguém pode . negar isso, mas a um bom tempo eu não venho sentindo isso que eu sinto agora.

Medo dos meus próprios demônios, de marcas... É tão difícil, droga!  Eu só queria jogar em uma jaula e perder a chave e não me importar.

Limpei as lágrimas fujonas com as costas do meu pijama de manga comprida, e então escondi meu rosto deixando os soluços serem abafadas por ela, pensar em Lou fez eu ficar preocupada em como todos podem ficar e pensar em como ela está sofrendo tão jovem, okay que nossas dores são completamente diferentes uma da outra, mas eu sei como é sofrer jovem demais.

— Filha? — Levantei meu rosto em um susto, meu pai saiu de uma das barracas colocando seu grosso casaco e esfregando suas mãos uma na outra seu rosto amassado e seus cabelos desgranhados me fizeram rir em meio ao choro incontrolável — filha... — Ele sorriu triste e veio até mim se sentando ao meu lado — quer conversar?

Neguei e me aproximei dele quando seu braços fortes me cobriram em um abraço forte e seguro, me passando a sensação de proteção e amor que eu sei que só o meu pai poderia dar naquele momento.

— Só me abraça okay? —  Sussurei.

— Se eu pudesse retirar sua dor e passar pra mim... Não tem ideia de como eu quero isso. — Ele beijou o topo da minha cabeça enquanto suspirei sentido o gosto salgado das lágrimas quando pressionei meus lábios um ao outro — alguns dores não podem ser saciadas ao inteiro minha menina, mas elas devem sempre ser cuidadas com amor e carinho.

— Eu só queria que todos fiquem bem — Ele abriu um lindo sorriso pra mim. .

— E todos vamos ficar bem? Hoje não foi a prova disso?

— Eu sei, é que parece que nunca vai acabar. É um ciclo sem fim.

— Não não é, encare como uma passagens da sua vida, fomos feitos de coisas boas e ruins. E hoje está noite, o que você fez só mostra o quanto você é uma benção que tive a honra de ter em minha  vida. Você e a Maya e a Molly, os meus melhores presentes.