CAPÍTULO IV: Confiança algo raro

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-Lizzie me escute com atenção. -Eu percebi que estava no meio da floresta sozinha e apenas esta voz ecoava em minha mente. - Você tem que se fortalecer rápido, ajuda nesse momento é o que você precisa para finalmente liderar como uma verdadeira rainha.

-Eu devo confiar neles? - Pergunto ainda confusa com tudo aquilo.

- Os conheça e descubra isso. A voz ecoou novamente em minha mente porém logo em seguida escuto um grito muito alto fazendo com que eu leve as mãos aos meus ouvido numa atitude de me livrar daquele som.

-Ajuda não vai ser o suficiente. - Uma voz agora masculina e bastante fria que eu já conhecia muito bem ecoava ao meu pé do ouvido me causando uma série de arrepios. -Você mata todos os que estão ao seu redor... Um por um e todos irão estar sem vidas!

-É mentira! Grito.

-Lembra do garoto que você matou com apenas 5 anos ? - Flash de memória vem em minha mente e pela primeira vez eu conseguia me lembrar de algo em meu passado. Eu ainda não sabia controlar meus poderes e estava brincando com as crianças do castelo, mas eu me assustei e acabei liberando as trevas acertando um dos meninos que estavam comigo os outros começaram a gritar e a correr me deixando apenas com aquele garotinho. Não conseguia me lembrar com propriedade sobre o rosto do garoto mas sei que ele estava prestes a morrer se não fosse Emília chegar e carrega-lo para a sala. -Ele era meu filho ! E por conta dele você vai pagar, assim como os seus malditos pais já pagaram!

-Covarde, quem é você ?- Pergunto já com lágrimas escorrendo pela minha face.

-Seu pior pesadelo.

Outro grito surge porém este é mais alto e agudo fazendo com que acorde em pânico. Lembranças do garoto passam em minha mente em flash rápidos, isso era muito raro de acontecer pois nunca me lembrava das coisas que aconteciam no passado. Nem dos meus pais me lembrava direito era como se tivessem apagado minha memória agora o motivo eu já não sabia.

Mas dessa vez tive a certeza que a voz masculina com certeza possuía o dom das trevas, ele não era parte do meu sonho apenas entrava nele sem convite. Minha mente já estava ficando confusa com tantas coisas que vinham acontecendo, nada parecia ser suficiente para descobrir o que estava acontecendo porém eu já sabia por onde começar.

Me levanto e percebo que não tinha dormido quase nada porque de acordo com o relógio que tinha no meu quarto ainda eram duas da manhã. Vou em direção ao banheiro para refrescar pois por conta do sonho eu estava já soando frio, concluo minha higiene matinais e visto um calça preta de couro, uma blusa também preta de malha e aproveito que tinha uma jaqueta de couro também preta ali. Algo me indicava que eles já sabiam que eu iria vim, me olho no espelho e pude perceber que as olheiras se destacavam na minha pele pálida. Optei por fazer uma trança simples no cabelo apenas para não deixa-lo solto e nos pés coloco minha humilde e surrada bota preta. Antes de sair pego minha adaga e a coloco no cós da calça para que ninguém visse.

Abro a porta e caminho em direção aos corredores que estavam simplesmente desertos, mas o horário também não era muito propício para estar movimentado. Desço as escadas e já me encontrava no salão de festa que também estava completamente abandonado, sigo em direção a porta de saída e ao sair vejo que tinha dois rapazes ali de vigia.

-Princesa o que faz acordada essa hora? - O mais alto perguntava segurando uma arma , os dois estavam vestidos de preto.

-Por favor sem o princesa. - Digo já cansada por mais uma vez ouvir me chamarem daquela forma. -Não consigo dormir então decidi dá uma volta.

- Só tome cuidado. -O mais baixo avisa. -Os vigias sempre estão atentos mas todo cuidado é pouco.

-Tudo bem. Digo confirmando com a cabeça, começo a vagar pelo o arredor da propriedade e vejo que alguém também estava com insônia. Reconheceria aqueles ombros largos a quilômetros, Dereck parecia atordoado olhando para uma das enormes árvores que ali existia. -Insônia? - Pergunto ao me aproximar, como já imaginava Dereck já sabia da minha presença pois continuo na sua mesma posição.

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