CAPÍTULO VIII- Fuga em grande classe

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O relógio em meu pulso já marcava onze horas e quarenta da noite, faltava poucos minutos para iniciarmos nosso plano. Já estava tudo esquematizado as chances de nós pegarem eram quase impossíveis pois Bianca havia cuidado de tudo relacionado a nossa segurança e a mesma iria nos dar o sinal para que pudéssemos nos encontrar na garagem.

Tudo totalmente calculado para que não tivesse falhas, só estava apreensiva em relação a Emília pois sabia que não seria fácil convencê-la vim comigo para o casarão.  Mas estava levando tudo aquilo como um acerto de contas entre eu e ela já que a mesma sempre buscou me proteger e seria minha obrigação colocá-la em segurança, até porque a única que pode me dar respostas é ela. Acabei lembrando que Emília com certeza  tem seus súditos fiéis e para que pudéssemos trazê-los seria necessários dois carros e muito armamento.

Meu coração já não estava mais aguentando de nervosismo, talvez nosso plano pudesse até dar certo mas havia tanta coisa por trás daquilo. E não saia da minha mente o fato de que Emília nunca mais havia me procurado nem para saber sobre o meu bem estar e isso já estava me deixando louca, ela nunca foi obrigada a sentir carinho por mim mas será mesmo que eu não importava nada ? Perguntas sem respostas acabava surgindo em minha mente, outra coisa que estava me deixando nervosa era o fato de saber o que me esperava do lado de fora da muralha.

Com certeza meu tio se é que ainda posso chamá-lo assim, tinha seus capachos espalhados por aí esperando somente um deslize meu coisa que não poderia acontecer já não se tratava só da minha vida e sim de outras pessoas também. Não iria me perdoar se esse plano desse errado, pois teríamos que pegar uma estrada até a cidade onde a boate de Emília está localizada era coisa de 30 minutos até lá, o risco seria alto mas era algo que deveríamos pagar para ver.

Meus pensamentos são interrompidos por conta de duas batidas em minha porta quase inaudível mas graças ao silêncio perturbador que se espalhava pelo quarto foram altos o suficiente. Dou um pulo de meu quarto e caminho em direção a porta dando de cara com Dereck todo vestido preto.

—Vamos. -Ele diz baixo pedindo para que pudesse segui -lo, ignorei o fato de ter sido ele a me chamar e não Bianca como havia sido combinado. O casarão possuía diversas saídas secretas e portas de evacuação, uma verdadeira casa de caçadores. A iluminação estava realmente precária pois a claridade pelos túneis era feita por tochas que deixava o clima ainda mais pesado.

Caminhamos em direção a uma porta de madeira e ao abri-la sinto a vento forte em meu rosto. A noite estava perfeita, um céu extremamente estrelado e uma brisa incrível, mas como tinhamos uma missão para resolver esse não seria o momento perfeito para apreciar a beleza do céu. Fomos em direção a garagem Dereck era bastante cauteloso sempre prestando atenção nos arredores, acredito que o mesmo também estava apreensivo com que poderia acontecer.

Ao chegarmos pude ver Bianca colocando uma pistola calibre 32 no cós da calça também preta que vestia acredito que estavam fazendo a divisão do armamento. Já Josh estava observando atentamente cada movimento de Bianca uma cena um pouco romântica demais e mais uma dúvida surge em minha mente "será que Josh e bianca tinham alguma coisa ?", bom ao meu ver isso seria impossivel caçadores desde cedo eram ensinados a odiar e até mesmo matar vampiros, Bianca já se tornaria a caçadora líder teria que mostrar uma conduta boa aos demais caso ela possuísse algum tipo de relacionamento com Josh além de "cumplicidade" devido a situação, essa conduta estaria perdida. Quando ambos percebem nossa aproximação acabam mantendo uma distância, tento ao máximo ignorar o que estava acontecendo e volto a minha atenção ao capô do carro que estava repleto de armas e munições de todos os tipos.

—Essa balas são exclusivas para vampiros. Josh comenta ao carregar sua arma.

—Isso nos dar uma vantagem muito grande. Dereck diz se aproximando do colega.

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