-Eu não quero que você deixe de ser quem você é – para em frente à Priscilla – Por mais que seja difícil aceitar, por mais que eu não entenda e ainda não aceite que você goste de mulheres – respira fundo – Como sua mãe disse o amor dos pais por seus filhos é incondicional. Quando você nasceu eu prometi que faria de tudo para fazê-la feliz, que a protegeria de tudo, que a amaria sempre.
Sei que falhei com algumas dessas promessas, mas – encara Priscilla – Estou disposto a cumprir com cada uma delas novamente se você me aceitar como seu pai – termina de falar, não controlando mais o choro.
-Vo…Você está me pedindo perdão é isso? – pergunta Priscilla emocionada.
-Sim filha. Estou pedindo perdão a você e a sua mãe – encara a esposa - Sei que falhei com você, que me tornei um marido duro, ausente, mas prometo que voltarei a ser aquele Carlos por quem você se apaixonou – acaricia o rosto da esposa e em seguida fita Priscilla – E serei o seu pai – limpa as lágrimas dos olhos da filha – Vocês me aceitam?
-Sim – as duas falam chorosas e levantam para abraçar Carlos. Os três permanecem abraçados por um bom tempo, até serem interrompidos por um furioso Rodrigo que entra na sala sem ser anunciado.
-Que lindo! – diz sarcástico – Que família mais unida eu tenho.
-Quem te deu autorização de entrar na minha sala sem ser anunciado? – pergunta Priscilla brava.-Preciso ser anunciado para entrar na sala da minha irmãzinha? – pergunta Rodrigo com certa ironia.
-O que você quer? – pergunta Priscilla sem paciência.-Só quero deixar claro que não deixarei que você dê o dinheiro da nossa família para instituições de caridade – fala bravo.
-O dinheiro não é da “sua” família – fala irônica – O dinheiro é meu, eu o herdei e faço com ele o que eu quiser – o desafia com o olhar.
-Você não pode acabar com a empresa, ela não é só sua - grita com raiva.-Eu sei que ela não é só minha, mas sou a sócia majoritária e a presidente. Se você não quer perder a empresa, junte-se com a “sua família” – fala o último com ironia na voz - e me faça uma proposta, quem eu mudo de idéia e vendo para vocês, mas – ri – Nem juntando todas as economias de vocês, vocês conseguiram comprar a minha parte, e eu nem sei se venderia para vocês.
-Sua idiota – grita Bravo – Você sempre que tudo para você. Primeiro roubaste toda atenção dos nossos pais quando nasceu depois que se assumiu lésbica tomou toda a fortuna da nossa família fazendo a cabeça da vovó
– fala com rancor.-Eu não roubei nada de você seu idiota – grita Priscilla – Você que sempre foi invejoso. A vovó me deixou tudo, pois julgava que vocês não eram merecedores de estarem no comando desta companhia, por isso não fale o nome da MINHA AVÓ em vão, muito menos para julgá-la – se levanta – Você tem raiva de mim porque quando eu nasci os nossos pais me paparicaram demais, mas você já parou para pensar que você é o filho mais velho? O orgulho? O varão que o papai sempre quis? - pergunta encarando Rodrigo – Não nisso você nunca pensou. Sabe por quê? Porque na verdade você não se importa nem um pouco com a família, você assim como todos os outros só se preocupam com o status social e o número de zeros na conta bancária. Eu roubei os nossos pais?
Que ironia! Todos esses anos o que eu menos tive ao meu lado foram meus pais – se emociona ao falar isso, mas não perde a postura – Todos esses anos você os teve para si, mas aproveitastes? Não. Você só estava interessado em gastar o dinheiro da nossa família em carros importados, mulheres e sabe se lá que outras coisas – pausa – Não venha querer tirar satisfações comigo, ou tentando fazer com que valha sua vontade.
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☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ ⱧɆ . ₳Ⱡ . ł₦₲
Fanfic02 •𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚• √ ɴãᴏ ᴘᴇʀᴍɪᴛo ᴀᴅᴀᴘᴛᴀcᴀo √ S̶I̶N̶O̶P̶SE̶ s. f. 1. Med. Marca deixada por ferida ou lesão, depois de curadas. 2. Sinal ou vestígio de estrago ou de destruição. 3. Impressão duradoura de uma ofensa. Ela possui uma cicatriz...