-Ei! Eu não estou falando isso – fala Natalie puxando Ana para os seus braços – Eu sou sua mãe, sempre vou ser, mas não vou obrigá-la a me ver como tal e a me chamar de mãe. Eu sei o quanto você ama a sua mamãe Mari e seu papai, não estou te rejeitando outra vez minha bonequinha – acaricia a cabeça lisinha de Ana – Você não precisa escolher alguém, você pode ter todos, você não é obrigada a nada.
-A mamãe vai ficar muito triste se eu for morar com você, mas você também vai ficar muito triste se eu ficar com ela – diz chorando – Eu não sei o que fazer – se agarra a Natalie chorando.
- Meu amor não chore – afasta Ana dos seus braços e a olha nos olhos – Você pode ter duas casas, pode ter três mamães – sorri – Mari, Priscilla e Eu.
Não precisa escolher com que ficar, pode se dividir, ficar com todo mundo um pouquinho, faça o que você quiser minha bonequinha, todos nós entenderemos e respeitaremos a sua decisão.
Ana fica um tempo olhando para Natalie. Gostou da idéia de ter duas casas e várias mães, toda a dor que sentia, toda a raiva que nutria por Natalie se dissipou. Sentia muito a falta de Natalie e queria
tê-la ao seu lado novamente, como madrinha e agora como mãe. É claro que algumas das atitudes de Natalie ela não entendia bem, mas o amor que sentia por esta era tão grande que todos os problemas ficavam pequenos. E nos últimos tempos Natalie provou que a amava incondicionalmente, a prova disso era o bebê que ela estava esperando.Ana sorri para Natalie e a abraça forte:
-Senti sua falta!
-Eu também minha bonequinha – diz Natalie explodindo de felicidade.
As duas ficam um tempo abraçadas. Natalie faz carinhos em Ana incansavelmente.
- Como eu devo te chamar? – pergunta Ana fazendo uma careta engraçada.
-Como quiser minha linda – fala Natalie, carinhosa.
-Eu vou pensar, tenho que falar com a mamãe – faz uma careta – O que o bebê que você está esperando será meu? – pergunta de cabeça baixa.
- Bom – ri Natalie – Teoricamente ela é sua prima, mas geneticamente ela é sua irmã.
-Eu sempre quis ter uma irmã para brincar, mas a mamãe não pode ter mais filhos – fala Ana tristemente – Ela vai saber que eu sou irmã dela? – pergunta.
- Vai sim. Não quero esconder isso dela – diz Natalie fitando Ana nos olhos.
-E eu posso contar para todo mundo que terei uma irmã? – pergunta contente.
-Claro que pode meu amor – responde Natalie sorrindo.
– Mas como vou explicar que a minha “prima” é na verdade minha irmã? – pergunta confusa.
-Aí você que vai decidir – responde Natalie.
-Simples! – sorri Ana – Falarei que sou muito sortuda e que tenho três mães. Minhas amigas vão morrer de inveja – diz alegremente.
-Vão sim – fala Natalie emocionada.
-Por que está chorando? – pergunta Carol limpando as lágrimas de Natalie.
-Mas não chora – sussurra – Não gosto quando você chora – fala Ana Paula abraçando Natalie bem forte.
-Estou chorando de alegria meu amor - fala acariciando as costas de Ana Paula.
- Posso fazer uma pergunta?
-Já fez – ri Ana Paula – mas pode fazer outra.-Ela vai mesmo me salvar? – se desprende do abraço de Ana Paula a encarando com os olhos lacrimejados.
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☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ ⱧɆ . ₳Ⱡ . ł₦₲
Fanfic02 •𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚• √ ɴãᴏ ᴘᴇʀᴍɪᴛo ᴀᴅᴀᴘᴛᴀcᴀo √ S̶I̶N̶O̶P̶SE̶ s. f. 1. Med. Marca deixada por ferida ou lesão, depois de curadas. 2. Sinal ou vestígio de estrago ou de destruição. 3. Impressão duradoura de uma ofensa. Ela possui uma cicatriz...