Capítulo: 21 ✓

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O dia seguinte fora marcado por muita correria. Priscilla foi até sua cobertura para vê como esta havia ficado depois das obras. O resultado havia sido fantástico. Suas roupas estavam praticamente todas em sua nova residência. Faltava apenas a dona. Bertha havia contratado uma equipe de empregadas, tanto para casa de Natalie como para casa de Priscilla. Ângela, mãe de Natalie havia ajudado Bertha em tudo.
Natalie não gostou nada de não ter mais a namorada em sua casa, ficou de bico quase que o dia inteiro. Priscilla achou graça do bico da namorada e a mimou o dia inteiro, garantindo a esta que elas eram vizinhas e que podiam dormi juntas sempre que quisessem.

-Natalie, muda essa cara vai – diz dando-lhe um selinho – Você pode ir lá para casa sempre que quiser – abre a bolsa – Toma – entregando uma chave – Não vai nem precisar pedir autorização, é só subir.

– sorri da cara de surpresa que Natalie faz – Sempre que sentir minha falta pode ir dormi comigo
– pisca o olho – Eu vou adorar – dá um sorriso cafajeste e se aproxima agarrando Natalie pela cintura – que a minha namorada vá dormi coladinha comigo de surpresa.

-Tarada – diz Natalie rindo dando um tapinha no ombro de Priscilla.

-Tarada apenas por você meu amor – a olha apaixonada.

-Do que você me chamou? – pergunta com os olhos brilhando.

-De meu amor – sussurra Priscilla – Você é o meu amor, a pessoa que eu quero ao meu lado até que eu fique velhinha, de bengala, sem dente, careca..

– Priscilla é interrompida por uma Natalie afoita que a beija apaixonadamente nos lábios.

-Nossa! – Diz uma Priscilla ofegante – Quase que você me mata sem ar menina – ri.

-Palhaça! – diz Naty envolvendo os braços no pescoço de Priscilla
– Quero que você saiba que você também é meu amor, e que eu quero o mesmo que você.

Nesse momento os olhos das duas ficam lacrimejando por perceberem que o sentimento que surgia era recíproco.

***Algum tempo depois…***

Natalie fica atolada de trabalho assim como Priscilla que é obrigada a fazer várias viagens de urgência para São Paulo, mesmo com a correria elas sempre arrumavam tempo para ficarem juntas, nem que fosse no salão do aeroporto quando Natalie levava Priscilla, ou nas noites em que esta passava no Rio de Janeiro.

*** Casa dos pais de Natalie ***

-Amor, estou tão feliz por tudo está dando certo com nossos filhos – diz uma alegre Ângela ao sentar-se ao lado do marido.

-Também estou feliz meu amor.

-Confesso que o namoro de Natalie com Priscilla no início meu assustou um pouco, pensei que nossa família iria repelir Natalie, mas todos aceitaram numa boa, e se não aceitaram guardaram suas reprovações para si.

-Elas não devem satisfações para ninguém, são adultas, independentes. Não precisam se preocupar com o que ninguém pensa. Só precisam ter o apoio de seus pais, e elas já os têm.

-Priscilla disse que os pais dela chegam daqui três dias.

-Temos que preparar um almoço típico para recebê-los.

-Eles já estão cansados de comer comidas típicas da Espanha amor – sorri Ângela – E como Priscilla já me disse, os pais adoram o Brasil e as comidas daqui. Acho que é melhor preparamos um almoço típico, mas daqui.

-Tem toda razão – diz Paulo dando um selinho em Ângela.

-Marisa está demorando a me ligar – diz Ângela olhando para o relógio.

-Afinal o que aconteceu com ela? - Pergunta Paulo notando o tom preocupado de sua esposa.

-Com ela nada, o problema é com Carolina.

-O que está acontecendo com ela? Está doente?

-Não sabemos ainda. Marisa ia leva - lá ao médico hoje. Ela anda muito cansada, perdendo o fôlego na educação física e no balé, está pálida.

-Deve está com anemia. Carolina só come besteira e Marisa não fiscaliza a menina por conto do trabalho.

- Também acho que pode ser isso.

3 dias depois

Os pais de Priscilla chegam ao Rio de Janeiro e são recebidos por um almoço na casa dos pais de Natalie.

-A Marisa não vem? – pergunta Natalie à Ângela.

-Ela está numa correria só, ligou a pouco dizendo que iria se atrasar, pois ainda estava presa com Carolina e o marido no médico.

- Ok!

Algum tempo depois Marisa, o marido e uma abatida Carolina chegam à casa dos pais de Natalie.

-Pensei que vocês não vinham mais – diz Ângela cumprimentado eles.

-Desculpe, mas acabamos ficando presos no médico – sorri tristemente Marisa.

-O que aconteceu? Por que essas caras? – pergunta Ângela preocupada.

-Depois conversamos mamãe, agora temos que dar atenção para os convidados.

O almoço ocorre bem. Os pais de Priscilla se sentem em casa com a recepção calorosa da família de Natalie. Carol fica com eles um tempinho, mas logo reclama de dores e vai se deitar no quarto que era da tia, preocupada Natalie vai com Priscila vê o que a menina tem.

-Oi bonequinha! – diz Natalie sentando-se na cama – O que você tem? Está tão tristinha – faz uma leve caricia nos cabelos da menina.

–Estou com dor – fala chorosa – fiz um exame que doeu muito – aponta para o local.

-Que exame foi esse? – pergunta Natalie preocupada vendo que o local apontado estava com um hematoma feio.

Priscilla observa tudo calada, sabia exatamente que tipo de exame Carolina havia feito. Aquilo a preocupou muito, mas não quis assustar a namorada.

-Eu não sei direito dinda, mas tem algo errado com meu sangue – diz Carol fazendo uma careta confusa.

-Seu sangue? O que tem seu sangue? – pergunta nervosa.

-Pergunta para a mamãe. Ela e o papai que conversaram com o médico.

Priscilla vendo que a namorada não iria se controlar e que viria bomba por aí, para deixar a família a sós ela desce disfarçadamente e fala com os pais para eles irem para casa dela com a desculpa de descansarem. Eles se despendem de todos e no carro Priscilla fala para os pais o que provavelmente estava acontecendo.

-Pobre menina! – fala Blanca – Espero que dê tudo certo.

-Filha, tenho uns documentos para lhe entregar do detetive da Espanha – fala Carlos – Estão na minha mala.

-Alguma novidade? – pergunta Priscilla ansiosa.

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ ⱧɆ . ₳Ⱡ . ł₦₲Onde histórias criam vida. Descubra agora