Quinze anos se passaram desde o ocorrido na fazenda Malter. Guto, ainda que com cicatrizes, tentou seguir sua vida. Estudou, trabalhou, formou-se em administração e hoje, ao lado da namorada Nathalia, viveria uma vida razoavelmente boa em Porto Aleg...
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– ONDE ESTÁ MEU IRMÃO, BECA? O QUE VOCÊ FEZ COM LUCAS, ME RESPONDE!
Guto estava totalmente descontrolado, inconformado com tudo o que tinha presenciado. Em suas mãos, segurava uma faca e em seu interior preservava uma grande raiva da irmã, sem contar o desejo de vingança que sentia nesse momento.
– Lucas? – questionou Rebeca, dando um leve sorriso. – Nosso querido e amado irmão teve o fim que mereceu, Guto. – e encarando o irmão, acrescentou. – Tão tolo, ele queria dar uma de herói. Assim como você, ele não conseguiu administrar a raiva. Confesso que foi um enorme prazer mata-lo, lentamente, enquanto eu ouvia os seus gemidos e gritos de dor.
Em sua face, Rebeca demonstrava um misto de satisfação e desejo. Guto, ao ouvir o que a irmã disse, não conseguiu conter as lágrimas que começaram a cair em grande proporção. Com muito custo, tentava falar.
– Eu nunca vou perdoar você, Beca... nunca vou te perdoar...
– Olha para mim, Guto, acha mesmo que eu preciso do teu perdão? Acha que me importo? – indagou Rebeca, com a mesma expressão de deboche. – Pode ficar com seu perdão e faça o que quiser com ele, irmão.
– VOCÊ NÃO É MINHA IRMÃ! – Guto não conseguiu mais conter o ódio que estava sentindo. Correu na direção de Rebeca e, num salto certeiro, a derrubou no chão. Com a arma que trazia em mãos, ele, sem pensar em mais nada, começou a esfaquear a irmã. Foram onze golpes certeiros, suficientes para amenizar a raiva que o garoto estava sentindo. Ao levantar-se,Guto fitou, aos prantos, o corpo de Rebeca estirado no chão, com uma imensa poça de sangue se formando abaixo.