Into The Snow - Clexa G!p

Capítulo 10 - Morena Irresistível

Clarke

- Aqui e agora? O que você andou bebendo? - Ela perguntou fingindo não entender.

- Você disse que eu poderia escolher a data.

Andei em sua direção mas Lexa desviou e ficou novamente alguns passos a minha frente.

- O que foi? - Perguntei com um sorriso malicioso.

- O que foi o que? - Ela cruzou os braços e olhou para o lado.

- Esta com medo? - Disse a desafiando.

- Medo? De você? - Ela gargalhou. - Conta outra!

- Então, porque não olha para mim? - Lexa me olhou com cara de poucos amigos. - Tudo isso porque perdeu a aposta?

- Não achei que fosse conseguir tão fácil assim!

- Tenho meus truques. - Sorri.

- Se acha. - Ela se sentou no sofá.

Lexa estava brava porque tinha perdido a nossa pequena aposta e isso estava nítido. Fui até ela e parei bem a sua frente, cruzando os braços.

- O que foi? - Ela perguntou olhando para mim.

- Parece uma criança marrenta! - Inclinei meu corpo, deixando meu rosto bem próximo ao dela, apoiando minhas mãos em seus joelhos. - Você fica ainda mais linda assim.

Empurrei o corpo dela para trás com as mãos, sentei em seu colo de frente para ela e, antes que Lexa pudesse dizer algo, a beijei. Ela tentou resistir por um tempo, mas logo arrancou meu vestido e seus lábios dominaram o beijo, agora ela não me machucava com mordidas ou arranhões, o jeito que seus lábios se moviam e o jeito que suas mãos passavam em meu corpo eram totalmente diferentes das últimas vezes. Lexa até me deixou passar os braços sobre seus ombros e entrelaçar meus dedos em seus cabelos.

Só queria matar o maldito que fez o celular dela tocar bem naquela hora!

- Depois você atende... - Falei a puxando para que não pegasse o celular.

- É rapidinho.

Saí de cima dela, bufando de raiva, e ela atendeu ao celular, saindo de perto de mim por alguns instantes, mas logo voltou dando as "boas" notícias.

- Algum problema? - Perguntei ainda sentada no sofá.

- Preciso ir até a universidade, tiveram alguns problemas com as provas.

Nossa! Verdade! Por algum tempo esqueci que "Lexa" também era "srta. Woods", minha professora.

- Precisa mesmo?

- Sim, eles precisam de tudo pronto para o início da semana.

Lexa já estava pegando as chaves do carro quando decidi me levantar e colocar o vestido.

- Parece que você vai ter que esperar. - Ela falou com sarcasmo.

- E você adora isso né? Vamos nos ver a noite.

- Vou pensar no seu caso.

Lexa não tinha o que pensar, combinado era combinado, eu ganhei e teria a "recompensa", ela sabia do certo, mas estava adorando me provocar. No fim das contas ela me deixou na casa do Bellamy, até porque, não seria muito legal chegar com ela no colégio em pleno fim de semana.

- Perai que agora meu cérebro bugou. - Bellamy falou assim que entrei em sua casa.

- Como assim? - Falei rindo um pouco.

- Era a srta. Woods no carro?

- Sim. - Respondi com a maior naturalidade do mundo e me sentei no sofá.

- Sim? Só "sim"? Como? E porque? Pode ir me contando!! - Ele se sentou ao meu lado.

- Nossa Bell! Você é pior que programa de fofoca!

- Não é fofoca, só quero saber o que a minha melhor amiga anda aprontando.

- Prometi a ela que não contaria. - Ta! Não prometi diretamente a ela, mas também não era mentira, estava no contrato, aquilo era um segredo e eu nunca poderia contar.

- Ah não vem com essa!

Pensando bem...Bellamy era meu amigo, e o que ele poderia fazer? De repente ele até nos ajudava um pouco.

O que? Que tipo de pensamento era esse? - Briguei comigo mesma.

Tentei desviar o assunto umas mil vezes mas ele sempre voltava a mesma coisa, queria saber de qualquer jeito o que tinha acontecido entre a Lexa e eu.

- Nossa garoto! Você é muito chato!

- Então me conta que eu paro de ser!

- O que quer saber?

- Qual é Clarke! Ela é a srta. Woods, você sempre falou que ela era a mais fechada, a menos acessível e do nada ela se tornou 100% acessível?

- Mais ou menos isso.

- Ah! Conta outra! - Ele revirou os olhos.

- Bellamy, você sabe de bastante coisa.

- Seguinte! Vai me contar ou não? - Agora ele estava muito sério.

- Tudo bem, conto se prometer que não vai enlouquecer.

- Ta, eu prometo.

- Nós ficamos e...

- Ficaram? Mais de uma vez? - Ele me interrompeu. - Clarke! Ela é sua professora.

- Eu sei, é que...

- Você é doidona! Nem eu faço uma coisa assim e olha que as minhas professoras são gatas.

Bellamy não me deixou terminar e já disparou, por sorte não contei tudo, acho que ele teria um ataque. Mas para o meu azar, ele ficou falando sobre isso pelo resto da tarde, e, no fim, prometeu que não contaria a ninguém, que poderia contar com ele e me fez prometer que tomaria cuidado, agora faltavam bem menos de 6 meses para, finalmente, terminar a faculdade e eu não poderia perder tudo por uma diversão.

Odeio admitir que ele estava certo em tudo o que falou.

- Eu não falo por mal Clarke, mas você é minha amiga e, se alguém descobrir isso, você pode perder tudo.

- Eu sei, mas estamos tomando cuidado.

- Vocês já...

- Nós já? – Eu entendi o que ele quis dizer, mas queria ver se ele teria coragem de falar.

- Ah, você entendeu!

- Não, acho que não entendi. – Sorri.

- Vocês já...transaram? - Bellamy era curioso, mas ficava sem graça ao perguntar esse tipo de coisa.

- Sério que quer saber? – Perguntei.

- Somos amigos não somos?

- Somos... – Fiz uma pequena pausa, contar aquilo seria demais. – Lexa e eu nunca chegamos a esse ponto. – Menti.

- É melhor assim, se isso acontecer alguma vez pode aproximar muito vocês e a despedida depois pode ser pior.

Droga! Ele estava certo!

- Hoje, por um segundo, cheguei a pensar que ela poderia estar apaixonada por mim. – Falei quando ele acabou com o "sermão".

- Sério?

- Viajei legal, né? – Ri de mim mesma.

- Ah, sei lá. Não a conheço, então não posso opinar sobre isso.

Nem ele e nem eu, ninguém poderia opinar sobre isso, aquela viagem da minha cabeça precisava passar, nem em um milhão de anos eu poderia me dar ao luxo de me apaixonar por Alexandra Woods, ela não parecia o tipo de mulher que se apaixonava por suas submissas, talvez isso explicaria o porque de tantas terem passado em suas mãos em tão pouco tempo, afinal, era impossível não se apaixonar por ela.