Capítulo 35 - Equilíbrio

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Lexa
Nossa conversa durou horas e quando saímos de lá já era tarde, as aulas na manhã seguinte não perdoariam, então levei Clarke direto para a casa dela.

- Está tarde, porque não dorme aqui hoje? – Ela propôs assim que parei em frente ao prédio.

- Melhor não, amanhã temos que estar na universidade bem cedo.

- Mais um motivo para ficar aqui, não vou te deixar perder a hora. – Clarke passou a mão suavemente em meu rosto.

Eu a olhei pensando sériamente se ficaria ou não, mas, no fim, acabei cedendo. Estacionei o carro na garagem e subimos, Clarke entrou e foi direto tomar um banho enquanto terminava de trancar a porta.

Me joguei no sofá enquanto as palavras de Cecília ainda rodavam em minha cabeça, não só sobre o que falou em relação a mim e Clarke, mas também quando falou dela mesma com o marido, ele enfrentou a família inteira enquanto eu, Alexandra Woods, não era capaz de enfrentar uma simples diretora. Isso porque eu sabia no que isso ia dar, até parece que a diretora deixaria esse namoro acontecer tão facilmente, ela pensaria primeiro na imagem da universidade, não só por ser uma professora e uma aluna, mas também por serem duas garotas, para essa parte eu já não ligava tanto, minha maior preocupação era se Clarke fosse expulsa, logo agora nos últimos meses, então, além de perder os últimos 3 anos, seus pais, provavelmente, ficariam furiosos ao descobrir o motivo, talvez até a mandassem para outro país, sei lá, alguns pais são capazes de qualquer coisa para garantir um futuro certo para o filho.

- Lexa! – Senti as mãos de Clarke tocarem meus ombros enquanto ela estava parada atrás do sofá. – Estou te chamando há um tempão.

- Desculpa, é que estou muito cansada, nem ouvi.

- Tudo bem, - Ela apertou as mãos contra meus ombros como se fizesse massagem. – porque não vai tomar um banho? Depois posso fazer uma massagem em você se quiser. – Ela abaixou e sussurrou essa última parte em meu ouvido.

- Acho uma boa ideia...

Me levantei para tomar banho e ela foi me esperar no quarto. Não demorei muito no banheiro, afinal, já tinha lavado meu cabelo naquela manhã e não seria necessário fazer isso de novo, então coloquei apenas as roupas íntimas e fui para o quarto, onde Clarke também se encontrava apenas com suas roupas íntimas, deitada, me esperando.
Assim que me deitei de bruços, Clarke se sentou sobre mim, desabotoou meu sutiã e enrolou meus cabelos com as mãos, o colocando para o lado. Ela começou deslizando as mãos levemente pelos lados, da cintura até o pescoço, repetindo esse movimento algumas vezes com pressões diferentes, depois ela massageou meus ombros, sempre mantendo a leveza nas mãos e a leve pressão que me fazia relaxar, ela fez isso por alguns minutos, intercalando entre os ombros e as passadas das mãos pelas costas. Senti seu corpo no meu quando ela deixou um beijo quente na região de cima das minhas costas, suas mãos continuavam subindo e descendo pelo meu corpo enquanto ela subia os beijos pelo meus ombros até chegar no meu pescoço.

- Eu te amo... – Ela cochichou em meu ouvido enquanto descia as mãos pela minha bunda.

Ela continuou com os beijos, chegando até minha nuca, onde, apenas um, fez com que meu corpo se arrepiasse por completo. Clarke aliviou o peso sobre meu corpo, permitindo que virasse para cima, então ela voltou a se sentar sobre mim, tirando por completo meu sutiã. Eu a olhei por alguns instantes, até que ela se inclinasse e colasse seus lábios nos meus, soltei seu sutiã e ela mesma terminou de tirá-lo, o jogando de lado. Clarke levou os seios até minha boca e eu os chupei intensamente, um de cada vez.

Mais uma vez ela se sentou sobre mim e continuou a massagem, passando pelos meus ombros, seios e barriga. Ela levou seu corpo mais para baixo passando as mãos por cima da minha roupa íntima de baixo, depois puxou o tecido e ficou de pé, ao lado da cama, para tirá-lo por completo. Clarke se sentou sobre mim mais uma vez e senti meu membro encostar no tecido de sua calcinha, ela subiu as mãos mais uma vez, repetindo os movimentos, mas dessa vez ao contrário, partindo da minha barriga, seios, ombros e acariciou meus cabelos por alguns instantes.

A cada segundo, Clarke Griffin, só me fazia ter certeza do quanto a queria do meu lado pelo resto da vida.

[.....]

No dia seguinte o despertador tocou logo cedo, eu me levantei e coloquei um roupão até que escovasse os dentes e começasse a me arrumar. Olhei para a cama e Clarke me encarava, mas não se moveu nem um centímetro.

- Não era você que ia me acordar? – Brinquei enquanto amarrava o cordão do roupão.

- Eu ia, mas você não me deu nem tempo. – Ela riu.

- Vamos, levanta! Não quer chegar atrasada, quer?

- Eu não quero nem ir... – Ela falou rindo e virou para o lado oposto, cobrindo a cabeça com o lençol.

- Sem essa, olha esse sol. – Falei abrindo as cortinas.

- O que o sol tem a ver com a universidade? – Sua voz saiu meio abafada por causa do lençol que cobria seu rosto.

- Podemos almoçar juntas depois. Anda, levanta vai. – Puxei o lençol e pelo menos consegui fazer com que olhasse para mim.

- Vai mesmo me obrigar a ir? – Ela falou fazendo biquinho.

- Você parece criança! – Falei rindo. – Tudo bem, se não quiser ir, não precisa, mas amanhã você vai nem que eu tenha que te arrastar.

- Lexa... – Ela falou assim que virei as costas, mas voltei a olha-la imediatamente. – Fica aqui comigo...

- Sem chance! Você é aluna, mas eu sou professora, tenho muita aulas hoje.

- Vai deixar o amor da sua vida aqui sozinha?

- Quem disse que você é o amor da minha vida? – Brinquei e ela cruzou os braços.

- Por favor!

- Clarke, sabe que não posso...

- Você nunca falta! É só falar que esta passando mal.

- Ah é? – Ironizei.

- É.

- E vou melhorar em um dia?

- Sim! – Ela veio até a beira da cama e me puxou pela gola do roupão. – É só dizer que você tem uma ótima enfermeira a sua disposição 24 horas por dia.

- Ok! E me deixa adivinhar...Você é essa enfemeira?

- Óbvio!

- Se é assim, - Olhei o pulso como se existisse um relógio invisível ali. – acho que dá para faltar hoje.

A felicidade dela ao ouvir isso era impossível de medir, Clarke pulou em meus braços e me deu um abraço forte.

- Então vamos tomar café da manhã? – Perguntei e ela assentiu.

Clarke colocou seu roupão e fomos direto para a cozinha.

Estar na casa dela era como estar na minha, eu sabia onde as coisas ficavam e sempre fazia o que estivesse afim, a diferença é que ela estava ali e eu podia abraçá-la e beijá-la toda hora.

Into The Snow - Clexa G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora