5 - A fúria de Erle

93 49 3
                                    

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

SECRETARIA DE CULTURA

FUNDAÇÃO PEDRO CALMON - CENTRO DE MEMÓRIA E ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA

PROJETO: AS NORNAS E O CANDELABRO VARA SETE

CATEGORIA: LIVRO E LEITURA CLASSIFICAÇÃO Nº 43

Erle aparece(La apero de Erle)

Na porta principal da igreja, repentinamente, ouve–se o estrondo ensurdecedor era outra enorme explosão, com um clarão nunca visto, acompanhado de raios que levantaram a neve do solo de forma impressionante, os cavalos relichavam querendo se soltar do andor. O estrondo parecia uma forte trovoada assustando a todos, provocando pânico e gritaria.

Tait correu com os demais para ver o que estava acontecendo do lado de fora da igreja.

Para a sua surpresa quando a neve desceu daquele estrondo e raios, lá estava à mulher de preto em cima da torre. Ela passou a jogar raios em várias direções, numa delas em direção aos cavalos, fazendo a carruagem partir em disparada, os cavalos quase atropelaram Erling, não permitindo que o jovem segurasse os cavalos.

Todos neste instante, olhavam para o alto da torre e estavam vendo a mulher de preto, a mesma que Alfhild disse ter visto ainda há pouco. Era aquela mulher que agora infernizava e fazia aquele enorme estrago em Talvik.

– Lá está! Foi ela que eu vi! – Gritava a jovem Alfhild.

A mulher de preto estava bastante furiosa, no alto da torre.

– Não é possível? Nós estivemos estivemos na torre. – Estava incredulo Tait relatando para Erling enquanto o ajudava a se levantar do atropelamento dos cavalos, eles perceberam a carruagem em disparada.

– É melhor proteger-mos, Tait. – Respondeu–lhe Erling, puxando Tait dentro da igreja.

– Agora eu pego aquela mulher! – Afirmou Tait.

Do alto da torre da igreja, Erle não se cansava de jogar raios em direção a eles e em toda Talvik. Os rapazes só queria pegar aquela mulher, correram em disparada em direção ao alto da torre, eles pegariam aquela mulher.

Nas ruas de Talvik, as crianças que estavam alheias ao roubo do Candelabro, só pensavam em brincar, elas alegremente estavam em busca dos doces. Com os raios jogados por Erle em várias direções, as crianças apavoradas correram para as suas casas, protegendo–se daquela mulher que gritava, como uma louca, do alto da torre. Erle tentava atingir as pessoas, ela estava ensandecida, pronunciando frases não compreensíveis. Os popúlares desesperados, procuraram um refúgio para não serem atingidos pelos raios lançados pela bruxa.

Talvik estava em perigo com aquela louca em cima da torre, aquele céu todo pretejado só podia ser obra daquela mulher em cima da igreja. Não satisfeita na emissão dos raios, Erle começou a fazer vôos numa vassoura por toda a Talvik, em cada local que parava ela lançava seus raios.

– Tem uma mulher na torre, jogando raios em todo mundo, querendo nos matar, bispo Hakon! – Berrou Alfhild apavorada. A mulher encontrou com o bispo que saia do aposento onde ficava guardado o candelabro. Hakon também estava bastante assustado com aqueles barulhos do lado de fora e estava curioso para saber o que estava acontecendo.

– Santo Deus, eu estava certo.... É ela! Só pode ser ela! Mas que raios são estes, Alfhild?!

– Não sei ao certo, bispo Hakon, mas eles parecem mortais.

– Como você sabe Alfhild!

– Porque vi quando um raio atingiu um pobre cachorro, ferindo mortalmente.

As Nornas  - O Candelabro Vara SeteOnde histórias criam vida. Descubra agora