As Nornas - O Candelabro Vara Sete

14 - Erica revela a existência de Tomte

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

SECRETARIA DE CULTURA

FUNDAÇÃO PEDRO CALMON - CENTRO DE MEMÓRIA E ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA

PROJETO: AS NORNAS E O CANDELABRO VARA SETE

CATEGORIA: LIVRO E LEITURA CLASSIFICAÇÃO Nº 43

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...De volta a casa dos Ramussen!

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– Mamãe, tem um vulto lá fora! – Gritou Britta da sala.

Como Erica estava em segurança, Lenna correu ao encontro de Britta.

– Onde você viu o vulto, Britta?

– Ali mamãe! – Apontou a menina para o local, Lenna não via nada.

– Tomte, você ainda está ai? Tomte....Tomte, Tomte– Sem resposta a menina retornou para a cama, enraivecida.

Escondido do lado de fora estava Enok, estava boquiaberto.

– Um Gnomo. Erica tem um Gnomo! E que língua engraçada era aquela que eles conversavam? – Repetia baixinho o menino surpreso.

Enok apanhou algumas pedras e passou a jogar incessantemente na janela do quarto da menina, que assustada levantou–se da cama para ver quem era. Erica sabia que só Enok fazia aquilo quando queria falar com elas. De fato, percebeu que era o seu vizinho.

– Para de jogar pedras moleque! – Abrindo a janela. Enok deu–lhe um sorriso maroto e foi direto ao assunto.

– Eu vi um bicho no teu quarto!

– Você não viu nada e vou chamar mamãe. Você é tão atrevido!

– Eu disse que vi você conversando com um bicho que parecia gente. Vi com estes dois olhos que a terra há de comer! E falavam em uma linguagem maluca que eu não entendia nada! Vai chamar sua mãe, ainda?– Falou Enok.

– Eu quero que coma logo para tu ficar zarolho de vez! Você não viu nada Enok e não tem nada de linguagem maluca. Tu é que é maluco e anda vendo coisas demais! – Respondeu–lhe, asperamente, a menina.

– Eu disse que vi e vi por onde ele entrou! – Tentando pular a janela. Erica impediu com as mãos, não permitindo a entrada do menino.

– Se você pular eu chamo a mamãe!

– Pois chame! Assim eu mostro que você tem um bicho muito estranho e que conversava com ele. – Erica percebendo que não convencia Enok, permitiu–lhe a entrada.

– Você jura não contar para ninguém? – Enok assentiu.

Pulou para o quarto, indo direto para o buraco por onde saiu o gnomo.

O buraco tapado com um pedaço de madeira pintada da cor da parede era muito pequeno e o menino perguntou.

– Como ele passou por aqui? É tão apertado!

– Não sei como ele consegue. Só sei que ele é meu amigo e você prometeu não contar nada! Ele é um gnomo!

– Um gnomo?

– Você jurou não contar nada para ninguém?

– Jurei. – Enok, cruzando os dedos. – Eu pensei que fosse lorota contada pelos mais velhos, mas não...você tem um gnomo de verdade! Como conheceu? Onde você o encontrou...tem mais? – A euforia de Enok pela descoberta era grande.