As Nornas - O Candelabro Vara Sete

13 - A descoberta de um gnomo

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

SECRETARIA DE CULTURA

FUNDAÇÃO PEDRO CALMON - CENTRO DE MEMÓRIA E ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA

PROJETO: AS NORNAS E O CANDELABRO VARA SETE

CATEGORIA: LIVRO E LEITURA CLASSIFICAÇÃO Nº 43

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A descoberta do gnomo

(La malkovro de la gnomo)

A porta dos fundos foi aberta com cuidado para a felicidade do menino. Em poucos minutos, Enok estava na frente da casa espreitando entre a árvore de Carvalho e uma pequena mata que margeava a estrada e dava acesso para a sua casa.

Tomte Haroldson escondido acompanhava os passos de Andur, escapando de uma pisada de Enok. O gnomo estava bem próximo da entrada falsa que dava acesso à sua casa. Dentro da casa, Aage perguntava, em voz baixa, para o seu neto de consideração.

– O que está acontecendo, Enok? O que você está vendo? Está vendo alguma mulher?!

O menino só escutava o chamado de Harald. Com os olhos bem arregalados, fez um sinal com a mão para Aage de que estava tudo tranquilo, mesmo se não tivesse, ele faria o mesmo gesto. O menino queria estar na rua de qualquer forma, para entender o que estava se passando.

– Não sei ainda vô, está tudo tão calmo agora lá em cima da rua. Eles estão indo para a Igreja e não vejo mulher nenhuma por aqui. – O menino olhou para a rua de baixo e voltou a comentar:

– Vô, está tudo calmo lá embaixo também. Não vejo nenhuma mulher!

Aage tomou coragem e foi retirando o móvel da porta da frente e foi até o encontro do menino, ao sair, deparou–se com Andur.

Enok ficou pálido e o ameaçou. Não tinha visto o caçador de tesouros, um grande desafeto de seu avô.

– Não mexe com o meu avô!

O caçador de tesouros que no passado teve um desentidemto com Aage, era um sujeito mal–encarado e de risadas estridentes. Andava sempre fazendo pequenas escavações pelas redondezas, em busca de tesouros perdidos. Muitos o consideravam um maluco porque ele passava o dia inteiro escavando. Para os que tinham intimidade com Andur, ele afirmava aos mais chegados que buscavam as moedas de Olaf Tryggvason que tinha sido enterradas nesta região, ele buscava estas preciosidades.

O desentendimento entre eles, foi porque Andur escavou o seu quintal sem a sua permissão. Gerando um grande conflito entre os dois.

Andur em função do relevo do terreno do velho, acreditava que as moedas de Olaf Tryggvason poderiam estar enterradas no terreno do velho, Aage. As moedas eram todas de prata do Rei Dinamarquês Svein – O Barba Fendida, cunhadas no ano de 995.

Aage, ameaçou Andur. Como este sabia que o velho tinha o carinho de todos por ali, ele teria que ir com calma para convencer Aage da possibilidade de encontrar o tesouro nas suas terras. Achou, por bem, não enfrentar o velho naquela ocasião. Também julgou que pela idade avançada, o velho não viveria muito. Era só uma questão de tempo para o velho desencarnar para, depois, ele colocar as mãos no precioso tesouro.

Exímio caçador destas preciosidades, Andur, apesar de ser mal–humorado, não tinha histórico de brigas nas redondezas. Ele que tinha encontrado vários tesouros na região e sempre os vendia para os ingleses, era um homem discreto sem família e com poucos amigos.