As Nornas - O Candelabro Vara Sete

30 - Os olhos de Odin

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

SECRETARIA DE CULTURA

FUNDAÇÃO PEDRO CALMON - CENTRO DE MEMÓRIA E ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA

PROJETO: AS NORNAS E O CANDELABRO VARA SETE

CATEGORIA: LIVRO E LEITURA CLASSIFICAÇÃO Nº 43

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Os olhos de Odin

(La okuloj de Odino)

– Aqui está outra passagem interessante do grande deus, Wodan! – Segurando o fio. Foi no dia que Wodan quebrou um ramo do freixo para fazer sua lança Gugnir, sem se aperceber que com isto que ele quase feriu mortalmente a nossa árvore sagrada.

– Será que foi por causa disto que Yggdrasil se tornou estes emaranlhados de galhos retorcidos? – Perguntou Erica para Meg.

– Quando entramos em Yggdrasil, nós atravessamos uma ponte muito bonita com árvores vistosas e muito belas. Depois que atravessamos a ponte vimos estes galhos retorcidos. – Lembrou Britta.

– Mas e a fonte que elas se referem, onde sera que ela fica? – Perguntou Erica.

– Será que foi Odin então o causador de tudo isto? Este lugar devia ser muito belo. Com este ato de Odin, Yggdrasil começou a enfraquecer até se tornar, depois de muito tempo, despida de suas folhas e de sua seiva tornando estes emaranlhados de galhos secos que estamos vendo hoje. Creio que a nascente da fonte também tenha secado e com isto começou, de fato, a ruína deste velho mundo. – Afirmou Meg. – Mas vamos escutar o que elas estão dizendo.

– Mas as velhas estão em silêncio Meg! – Afirmou Cathrine.

– Agora eu sei por que Odin quer tanto o Osso de Ull. – Compreendeu Meg.

A bruxa olhou para Frondoro que balançou positivamente a cabeça compreendendo o que a Meg havia dito. Todo aquele mistério estaria descrito no Pergaminho de Mersenburguer.

Verdandi, a segunda Norna, percebendo que a sua irmã mais velha havia perdido o fôlego pelo silêncio feito, apanhou o fio e continuou com o relato, retomando aquela alocução de sua irmã.

– Ó poderosa lança, quantos tratados e leis foram gravados em teu imenso cabo! Com ela, Wodan regeu nosso mundo, com ela, subjugou seus inimigos! Mas, mesmo Gugnir encontrou o seu fim e como não poderia ser doutro modo, onde tudo se declinou? Mas foi Siegfried, seu neto que partiu com um valente golpe da espada de Notung, a mesma espada forjada pelo próprio Wodan. Mas o que fez com que nosso mundo, verdadeiramente, declinasse? Que força maléfica introduziu–se nele para que deuses e criaturas conhecessem o rude conceito da decadência e marchassem como de fato todos nós de Yggdrasil marchamos, para uma morte inexorável?

– Alguém aprisionou as Nornas. Elas estão...

– Mortas! – Respondeu Ratatosker interrompendo o raciocínio de Meg.

– Mortas? – Surpreenderam–se as crianças.

Enok de cabeça baixa enxugou as lágrimas e foi ao encontro das amigas.

Meg compreendeu o que estava acontecendo e ela esperava tudo aquilo terminar para conversar com Frondoro. A bruxa percebeu que Enok tinha ficado abatido.

Segurando a outra ponta do fio, Skuld a terceira questionou.

– E este anel? Eles foram separados e estou vendo o pequeno e maldito objeto brilhar diante de meus olhos, foi este pequeno anel a chave desta maléfica força! – Exclamou Skuld.