Capítulo-22

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Logo que Eron chegou nos Estados Unidos, me ligou dizendo que tinha feito uma boa viagem e que ia ver um lugar para se hospedar oferecido pela empresa , e com mil promessas de amor , desligamos o telefone.

Eu não sabia bem o que começar a fazer para colocar a minha vida nos eixos, sem Eron ali eu ficava perdida, mas eu tinha que seguir, pois como ele mesmo falou, em breve estaríamos os três juntos, e eu poderia enfim concretizar o sonho de ter a nossa família unida novamente.

Suspirei e fui ver Jonas, ele dormia que nem um anjinho no berço.

Preparei um almoço com os ingredientes que tinha na cozinha , eu ainda faria as compras do mês, mas com o que tinha dava para passar até o dia seguinte .

Dispensei A babá, porque ela estava bastante resfriada , e eu não queria que passasse para Jonas .

Sozinha, fiquei revisando o que faria, e após alguns instantes estava eu comendo enquanto meu bebê dormia.

A minha rotina do dia a dia com Jonas e a babá estava um sossego, eu cuidava do meu rebento e vivia em paz, e depois que Eron viajou, nunca mais recebi notícias de d. Cláudia, o que estranhei , não por causa de mim, mas por causa do neto dela que ela dizia amar.

Me matriculei novamente na faculdade,porque eu queria terminar meu curso de direito e agora com Jonas mais crescidinho ficava mais fácil, e se fosse mesmo embora de vez eu daria um jeito de trancar, pois precisava estudar ,rever meus amigos.

Corria o final do mês de novembro e sempre eu falava com Eron, que tinha me dito que se tudo corresse bem estaria vindo para o Natal. Só de pensar em ver Eron no Natal, meu estômago dava voltas, eu estava morrendo de saudades do meu marido não via a hora de abraça-lo e encher aquela boca linda de beijos.

Eu vivia para meu filho e vivia sonhando com o dia em que ele chegaria .

Eron mandava dinheiro todo mês para mim, mas eu queria trabalhar, queria ser útil nas despesas, mesmo que este emprego fosse por pouco tempo, já que ia embora para os Estados Unidos, mas eu não estava tendo muito sucesso e aí fui procurando,mas sem muita pressa.

O Natal estava se aproximando e eu estava na expectativa de ver meu amor estava morrendo de vontade de estar com ele.

Preparei com detalhes a árvore de Natal, a casa estava toda enfeitada ,e Jonas que começava a balbuciar as palavras aprendeu algumas como bola ,Noé que eu achava muito engraçado.

Quanto a família de meu marido , não me procuraram mais; o que me intrigava era a frieza para com o neto deles , mas eu nada falava e nem quando Eron me ligava eu me queixava.

Dezembro chegou e o Natal caminhando, era para mim um mês maravilhoso ,tudo ficava com mais brilho nesta época, as ruas enfeitadas com as luzes me deixava feliz .

Mas bem perto dele recebi um telefonema de meu amor , dizendo que talvez não pudesse vir, pois a empresa não tinha liberado embora
este tivesse pedido antecipadamente.

Fiquei louca , chorei a beça e pedi então para ir ao seu encontro, mas Eron achou melhor não, e disse que estava muito gelado para o nosso bebê e que ficava muito em cima da hora ele providenciar acomodação, e além do mais a empresa mandou ele para uma cidade próxima para um trabalho.

Desolada, procurei meus amigos para desabafar e me alegrar um pouco reuni alguns deles por pouco espaço de horas , natal é uma festa para família eu não tinha uma ainda.
Só não foi mais triste porque eu tinha Jonas comigo. Jantei só após ele ter dormido.

Uma batida na porta na noite de natal era estranho, mas fui abrir e quando dei por min, estava lá a minha sogra.
Com poucas palavras ela me cumprimentou e disse : - Falou com Eron estes dias?
Respondi educadamente : - Sim, tem dois dias mais ou menos que nós nos falamos, mas ele está num interior próximo e não sei se tem como se comunicar , mas ele está bem.

D. Cláudia assentiu e disse :
- Falei com ele também e o que tenho para lhe dizer é delicado, mas Eron me pediu que o fizesse.

Fiquei em alerta pois não tinha a menor idéia do que viria daquela criatura que mal olhou o neto que dormia no carrinho.

Ela apenas me falou: - Eron me pediu para cuidar de todos os detalhes do exame de paternidade que ele quer que faça, ele não tem certeza que este filho é dele.

Meu coração gelou, pernas e braços gelaram também , eu não estava acreditando no que aquela criatura estava me dizendo:
- Ele quer que eu faça o quê?
- Ele quer que você faça um teste de DNA, para confirmar se Jonas é mesmo filho dele, o que eu tenho as minhas dúvidas.- Ora, Paula, vamos, não tem o que temer , é só fazer, a não ser que você tenha algo escondido com relação a esta criança.

Eu tremia e lágrimas de dor e decepção surgia por minha face. Como Eron era capaz disso?

Assenti para d. Cláudia depois de limpar as minhas lágrimas, eu não tinha forças para discutir com esta mulher .
Peguei os papéis que ela me estendeu e disse que iria providenciar fazer o exame na clínica que ela disse ser a melhor da cidade, e tudo por conta da família.

Meu mundo caiu quando ela foi embora, a vergonha, a dor, a decepção, tudo misturado me enlouqueceu, e eu fiquei ali abraçadinha ao meu filho, chorando,pelo golpe baixo que o destino tinha me aplicado.

Céu de Esperas (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora