Capitulo - 47

5 0 0
                                    

Cláudia

Tive medo pela primeira vez em minha vida , por meu filho, quando Glória me procurou para dizer que Eron estava tendo um caso com a ex mulher.

Seus olhos estavam demonstrando uma ira fora do normal ;  eu nunca a tinha visto com tanto ódio. Glória estava em  cólera,  seus olhos estavam vermelhos e ela espumava quando falava .

_ Jamais permitirei a intromissão  novamente desta pilantra em minha vida. Eron é  meu. Sempre foi . Eu vou acabar com a raça dela e você,   Cláudia vai me ajudar .

_ E o que você  pretende fazer?

_ Vou atacar , com o queridinho dela .

Eu não  estava compreendendo direito de nervosa que fiquei e de repente tive um sentimento estranho com relação  ao meu neto .

Eu estava temerosa por ele, pois sabia que Glória era perigosa, mas eu estava atolada com ela até  o pescoço naquela história .

Eu não  queria o mal do menino, afinal ele carregava o meu sangue e implorei por misericórdia  quando ela falou em matar o garoto.

Era um inocente e não  tinha culpa.
Reuni todas as minhas forças  e falei :

_ Eu te ajudo , mas o garoto tem que ficar vivo. Já  estou velha demais para carregar comigo mais este pecado.

_ Relaxa  velha medrosa! Está  dando para trás,?   ele vai ficar com todo o seu dinheiro se ficar vivo.

Eu estava sim me acorvardando  e um  sentimento de pena me preencheu o coração quando disse enfaticamente.

_ Nada de matar .Se controle, ! é  só  sumir com o garoto, vender para alguém , esse povo que trafica crianças.
Ele crescerá  em outro lugar longe da mãe. Não  precisa matar.

_ Pode  até  ser , mas deixa -lo viver é  um perigo para nós.

- Não,  se ele sumir , ninguém  saberá.

- Acorda Cláudia,  a porra da mulher é  advogada, é  influente também e não  vai sossegar enquanto não  achar o fedelho.

- Não,  Não,   assim não  posso te ajudar , é  muito perigoso para nós duas.

- Cláudia,  você  já  foi melhor,...  você  não  vai me criar mais problemas entendeu?

Glória  me deu um solavanco que me fez ficar mais pálida do que o habitual, porque eu já  não  possuía uma saúde  tão  boa quanto a minha aparência transparencia. Me calei , e meus olhos lacrimejaram de dor e agonia.

Em verdade, em outra fase da minha vida agiria diferente, mas ultimamente eu , já  velha, não  via mais tanto sentido em manter uma ambição,  pondo em risco a felicidade de meu filho.
Ele   com todo o dinheiro,e fama que possuía  não  era feliz ao lado de Glória e aquilo me afligia dia e noite.

Eu estava com vergonha do que tinha feito a ele no passado. Eu queria parar, mas não  tinha como eu consertar o que fiz e não  queria que meu filho soubesse o que fui capaz de fazer , pela minha ambição,  vaidade,  desmedida.

Glória  estava insana e desequilibrada, como eu já  fui um dia.

Me recompus  do solavanco que recebi dela e saí  de perto dela.

Eu não  podia fazer muita coisa. O meu arrependimento chegou tarde e eu não tinha coragem suficiente para impedir a minha nora .Eu era mãe,  mas não  era daquelas mães  que morriam pelos filhos.

Céu de Esperas (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora