Paula
Jonas dormia profundamente , estava em recuperação e eu estava pensando seriamente em não leva-lo para aquele hospital.
Tudo por causa de Eron. Eu queria ele longe do meu filho e de mim.
Jonas estava sem dor, a medicação foi excelente , isto eu tinha que reconhecer;Eron foi extremamente cuidadoso , mas prefiro levar meu filho a outro médico e é o que pretendo fazer.
Todos na escola perguntaram por ele quando estive lá há dois dias para dar uma satisfação sobre o seu estado de saúde. Em breve ele retornaria.
Deixei Jonas a dormir e sai para o meu trabalho como de costume , mas a minha cabeça estava em Eron;Era difícil não pensar nele, afinal ele era , é o pai de Jonas e eu não tenho a mínima vontade de refrescar a sua memória quanto a isto, até porque foi ele que nos rejeitou , nos abandonou e me feriu.
Procurei afastar a angústia ,sabendo que ele nada suspeitaria , visto que tinha a sua verdade através daquele exame falso e maldito;de certa forma era um alívio e eu esperava sinceramente que passasse despercebido como Jonas era parecido com Eron.
O trânsito estava lento naquela manhã, e apesar de me sentir angustiada , foquei meus pensamentos no tráfego e no cliente que estava a minha espera , tinha uma defesa para fazer e algumas pendências antes de ir para o prédio da justiça fazer duas audiências, um pouco complicadas, que exigiria muito de meus conhecimentos.
Meia hora depois lá estava eu em meu escritório atendendo meu cliente agendado.
Ligava de meia em meia hora para saber de Jonas , se tinha se alimentado, se estava sentindo alguma coisa , mas graças ao bom Deus, meu filho estava bem, assistindo televisão.
O melhor de Jonas é que ele era muito compreensivo , e tinha uma cabeça maravilhosa para a sua idade.
Falei com ele ao telefone e ele estava bem mesmo .
Procurei então resolver meus impasses profissionais e ao final do dia , me sentia exausta e louca para retornar para minha casa .Peguei meu carro no estacionamento e dirigi pelas ruas friorentas, caia uma chuva fininha que engrossava a cada minuto fazendo o trânsito ficar congestionado.
Fiquei irritada dentro do carro que estava lento em função da chuva.
Liguei para casa e Jonas tinha tomado uma sopa , sonolento cochilava , avisei a minha funcionária do meu atraso e que não sabia que horas eu chegaria .
Eu estava morrendo de fome e me deparei olhando as vitrines e delicatessens existentes , resolvi tentar estacionar o carro e entrei na primeira delicatessen para comprar algo que matasse a minha fome e observei que muita gente estava copiando o que queria fazer ; entrei e fiz o meu pedido, um sanduíche de peito de peru e uma coca-cola , bastariam para que eu chegasse em casa .Paguei e saí de volta ao carro, mas , senti mãos me pegando , me virei e vi Eron ali me encarando .
Minha base fugiu de mim e fiquei trêmula e mais ainda quando o ouvi perguntar:
- Como vai Paula? - e o garotão?Fiquei muda nos segundos instantes , porque eu não esperava encontrá-lo ali , nem imaginava , mas ele estava ali e falava comigo cinicamente.
Meu silêncio falou tudo, e não me importei se estava sendo mal educada, sai na chuva e fui pata o meu carro. Eu não queria conversa com aquele homem.
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Céu de Esperas (Concluído)
RomanceEron e Paula. Um casal apaixonado mas que a vida separou. Qual será o desfecho de suas trajetórias? Será que Deus dará uma chance para eles? Será que a dor do abandono é maior que o amor que os unem? Esse romance é espiritual. Confira você mesmo o...