Capítulo 18 - You Aren't With Her

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Jennie apanhava as mechas loiras Dahyun, tentando fazer algum penteado, enquanto Jisoo, Lisa e eu pintávamos algumas telas. Quero dizer, Lisa pintava. Jisoo até desenhava bonitinho, mas eu era um desastre. Eu simplesmente não nasci para fazer isso, meus traços eram horríveis. Alice tinha uma noção artística melhor do que a minha.

"Assim." Ouvi a voz de Lisa contra a minha orelha. Eu nem havia percebido ela se aproximar. A inválida segurou minha mão, fazendo o pincel deslizar com maestria sobre a tela, consertando meus erros.

Eu virei o rosto para encará-la, suas sobrancelhas estavam unidas e sua língua entre os lábios, revelando uma pessoa muito concentrada. O seu perfume natural e gostoso invadiu minhas narinas, eu queria desmaiar.

Eu me dei conta do que estava fazendo novamente. Eu estava deixando que ela me seduzisse. Então puxei a minha mão para longe da sua e desviei os olhos para a tela de Jisoo.

"Você desenha melhor do que eu." Resmunguei.

"Sim, eu sou a reencarnação de Picasso." Jisoo respondeu séria, sem tirar os olhos do desenho e depois sorriu. "Ou de Leonardo da Vinci."

"Bom, isso não parece a Monalisa." Eu avaliei. "Claro que não. Essa é a Jennielisa."

Jennie pulou do sofá e engatinhou até onde estávamos, "Isso também não se parece comigo."

"Oh, isso parece sim." Dahyun gritou, fazendo sinal de positivo com o polegar para Jisoo, que se esticou até ela, iniciando um high five.

"O que você acha Lis-" Jisoo se interrompeu, procurando Lisa com os olhos. "Ué, onde está ela?"

Eu sequer havia notado a sua falta. Se isso fosse há um dia atrás, eu talvez fosse atrás de Lisa, mas agora eu precisava manter o meu plano de pé.

Dahyun se pôs de pé, indo dar uma volta na casa atrás da inválida. Eu decidi ir lavar as mãos, que estavam sujas de tinta, me esquivando da tarefa de procurar por Lisa também.

Eu subi as escadas correndo e abri a porta do banheiro com o ombro, para não sujar nada, mas antes de enfiar as mãos debaixo da torneira, percebi que o sabonete líquido havia acabado. Dei meia volta para procurar algum sabonete na dispensa, mas trombei no corpo de Lisa, que bloqueava a minha saída.

"Uh, eu p-preciso p-pegar sabonete." Gaguejei, tentando passar pela inválida, mas ela me segurou pelos braços. "Eu estou suja."

"Chaeng, é impressão minha ou você está me evitando?" Seus olhos buscavam o meu olhar. "Dá para olhar pra mim?"

Bufei, tentando, inutilmente, me desvencilhar, "Não, não dá. Eu estou com pressa."

Lisa empurrou meu corpo contra a parede mais próxima, me prensando no azulejo gelado, "Chaeyoung..."

Eu fechei os olhos, ignorando a sua voz rouca e baixinha perto o suficiente do meu rosto para fazer com que seu hálito tocasse meus lábios. A inválida afrouxou as mãos a volta dos meus braços, deixando-as escorregar até meus pulsos.

Suas órbitas castanhas estavam ali, imóveis, assim que eu decidi, infelizmente, abrir minhas pálpebras, "Você é estranha, Chaeng." Ela murmurou, desviando o olhar para a minha boca. "Mas eu também sou."

Engoli em seco, percebendo que nossos rostos se aproximavam, instintivamente, a cada segundo, e eu não via maneira de sair daquela situação. E eu precisava sair, antes que passasse a querer que algo acontecesse.

Em um curto espaço de tempo puxei a cintura de Lisa, colando os nossos corpos em um abraço torto. Enfiei meu rosto na curva do seu pescoço, aspirando a sua fragrância amadeirada. A inválida me apertou dentro dos seus braços e o contato da sua pele contra a minha, fez meu corpo esquentar. Lisa tinha um calor único.

Destinadas (CHAELISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora