Capítulo 61 - He's Not A God

1.4K 178 92
                                    

Eu rolei para o lado, saindo de cima de Lisa e me enrolando no lençol.

"Você fez um implante de dedos enquanto eu estive fora?" Ela ergueu uma das sobrancelhas, me encarando desconfiada. "Eles estão funcionando direitinho agora."

Revirei os olhos, "Se eu não estivesse com tanta saudade, ficaria brava."

"Não ficaria." Lisa retorquiu. "Não por muito tempo..." A garota colou os lábios no meu pescoço, distribuindo algumas marcas por toda a extensão.

Nós havíamos feito uma maratona de sexo nas últimas horas, apenas porque eu estava muito animada. Eu já estava me sentindo segura sobre o meu corpo, e, com os últimos comentários de Lisa, sobre os meus dedos também.

Me desvencilhei do seu corpo e vesti minhas roupas íntimas, indo até a frente do espelho dar um jeito no meu cabelo. Lisa sentou-se na cama, ela vestia um grande moletom e cuecas boxer femininas.

"Você é tão linda." Ela suspirou, apoiando-se nos cotovelos.

Encarei-a pelo reflexo do espelho, "Se está pensando que vai me levar para cama novamente-"

"Eu só estava te elogiando." Me interrompeu. "Nossa, você só pensa em sexo."

Soltei uma risada e segui até a minha inválida para selar os seus lábios. Eu me teletransportava para outro plano quando estava com Lisa. O contato entre nós estabelecia uma onda de calor. Eu me sentia incendiar.

Eu gostava dos seus lábios nos meus e das suas mãos entre os meus cabelos. Eu gostava de sentir os seus batimentos acelerados e sua respiração descompassada. Eu gostava da forma como nós nos encaixávamos.

Lisa me empurrou pelos ombros, "Não parece que sou eu quem está tentando levar alguém para a cama."

"Certo." Bufei, me afastando. "Vamos para a cozinha, pois eu só consigo te trocar por comida."

Lisa fazia as panquecas, enquanto eu lia um dos seus livros de romance. Eu desviei o olhar para a garota a minha frente, ela deslizou o prato sobre a bancada até mim e sentou ao meu lado, em silêncio.

Por incrível que pareça um silêncio nunca foi tão bom. Era como se estivéssemos no vácuo. Nós estávamos seguras e em paz, e isso foi tudo o que nós desejamos por tanto tempo, que agora parecia irreal. Eu só queria que tudo continuasse para sempre assim: eu, Lisa e uma vida simples e calma. Eu estava ignorando o amanhã, eu estava congelando esse segundo. Eu queria ficar nele para sempre.

Lisa me observava intensamente, colocando os meus fios de cabelo para trás da orelha carinhosamente. A inválida depositou um beijo na maçã do meu rosto.

"Amo você." Beijou-me mais uma vez.

Eu fechei os olhos, sentindo os seus lábios contra a minha pele. Era incrível como Lisa poderia me levar a um orgasmo apenas um beijinho facial.

"Quer dizer que você pensava que eu era morena..." Resgatei o relato do seu diário, fitando-a como quem a condenava. "Bom saber."

Lisa deu de ombros, "Eu imaginei que fosse."

"Desculpe por te decepcionar."

A inválida semicerrou os olhos, como quem não acreditava que depois de tudo eu estava fazendo drama por um assunto tão bobo. Eu levantei as mãos em rendição.

"Chaeng, às vezes eu tenho vontade de chutar a sua bunda."

"Você me achava a pessoa mais insuportável da face da Terra." Suspirei. "Fala sério, eu sou um amor."

"Você era muito chata, vamos ser sinceras." Lisa rolou os olhos. "Além do fato de que ficava se fazendo de difícil o tempo inteiro."

"Cale a boca! Eu não me fazia de difícil, você que era imprevisível!"

Destinadas (CHAELISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora