Capítulo 55 - Be my sweet valentine

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"Quando nós iremos voltar para casa?" Lisa perguntou, calçando os seus coturnos.

"Está com pressa?"

A garota deu de ombros, "Nah, eu só queria ficar sozinha com você."

Eu desviei um olharzinho sugestivo, erguendo as sobrancelhas e Lisa soltou uma risada alta.

"Não pense bobagem." Ela completou. "É só que você sai todos os dias para resolver alguma coisa e eu fico sozinha."

"Meu Deus, que carência." Joguei o meu corpo sobre Lisa, fazendo com que a garota se desequilibrasse e caísse sobre a cama. "Nós podemos fazer algo romântico hoje, o que você acha?"

Lisa assentiu, antes de me puxar para um beijo.

Havia se passado uma semana desde o episódio com os remédios e ciúmes, e a minha inválida já estava curada. Eu a obriguei a jogar aqueles remédios na privada e eu teria uma conversa séria com a Jihyo assim que a visse novamente.

Eu pensei em algumas coisas românticas para se fazer, mas isso era difícil. Eu queria fazer algo diferente com Lisa, porque ela era diferente. Eu sabia que Lisa estava apegada aquelas ideias clichês, mas eu realmente não queria um picnic ou um jantar a luz de velas.

Eu pensei que essa talvez fosse a hora certa para pedir Lisa em namoro oficialmente. Nós ainda não havíamos feito isso, mesmo que nos considerássemos namoradas. Dessa vez eu não podia me ajoelhar com um buquê de rosas vermelhas a sua frente, ela merecia que eu fosse um pouco mais original.

Havia um lugar em especial onde eu e as meninas costumávamos fazer acampamentos, era um terreno vazio e de gramado bem cuidado. O silêncio do ambiente só era cortado pelo canto dos pássaros e eu imaginei que não existiria um cenário mais bonito para isso. Longe de tecnologia e máquinas esquisitas.

Lisa e eu trilhávamos o caminho até o campo, de mãos atadas e dedos entrelaçados, como uma casalzinho de comédia romântica. Isso era muito clichê, mas eu não me importava, pois era uma das melhores sensações do mundo.

Finalmente nós chegamos ao nosso destino.

"Eu sabia que havia um pouco de bom gosto escondido no fundo da sua alma." Lisa brincou, passando o braço por cima dos meus ombros.

Soltei uma risada pausada, "Eu tenho muito bom gosto. Você já se viu no espelho? Vamos lá, eu escolhi a garota mais bonita do mundo para mim."

Eu estendi uma toalha quadriculada sobre a grama - isso ainda não era um picnic, pois não havia comida - e me sentei, batendo no espaço ao meu lado para que a inválida fizesse o mesmo.

Lisa o fez e eu respirei fundo. Certo, o lugar estava ali. Lisa estava ali. Eu estava ali. Agora só me faltava pensar em uma maneira de pedi-la em namoro. Eu realmente era péssima nisso.

"Eu estou prestes a te pedir uma coisa, mas eu não sei como fazer isso oficialmente..." Comecei, tentando encontrar as palavras. "Bom, você pode me dar um tempo para pensar nas palavras?"

Lisa me encarou com aqueles olhos bonitos e negou com a cabeça, "Não. Eu sei que você é enrolada demais, por isso vim preparada." Ela riu, se pondo de joelhos a minha frente, eu apenas observei a cena, desconcertada. O que diabos Lisa estava falando?

A minha inválida tirou uma pequena caixinha do bolso e estendeu na minha direção, eu mordi o interior da bochecha, tentando conter um sorriso antecipado. Lisa não estava fazendo o que eu estava pensando que ela estava fazendo. A garota me devolveu um olhar divertido, antes de abrir a boca novamente.

"Talvez algumas pessoas falem que eu não tenho um coração. Talvez você pense isso também, porque, sinceramente, às vezes até eu penso." Lisa desviou o olhar, entre uma risadinha sem graça. "Hum, mas isso não importa. Mesmo que eu não tenha um coração, eu sei que a nossa ligação é mais forte do que um órgão estúpido. Eu te amo com a minha alma e eu não sei por quanto tempo nós ficaremos assim, até que surja algum outro problema, eu só sei que eu quero te ter pra mim de todas as formas possíveis."

Destinadas (CHAELISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora