Capítulo 56 - Don't Say Goodbye

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"Nós viemos buscar a Lisa." A voz de Taeyang ecoou pelo cômodo, fazendo-me piscar algumas vezes antes de voltar a encará-lo. Eu estava ouvindo bem? Buscar a Lisa? Para onde eles queriam levar a minha namorada?

Meus pais estavam de braços cruzados, encarando o chão, como se fossem passivos à situação. Afinal, quem iria contrariar as autoridades do Instituto Park? Ninguém era louco para fazê-lo. Bom, talvez eu fosse.

"O que você disse?" Eu perguntei, incrédula. "Não, você não vai levar a Lisa a lugar algum."

"Acalme-se, Chaeyoung." Jimin repousou a mão no ombro de Taeyang, forçando-o a sentar-se novamente. "Nós podemos ter uma conversa civilizada."

Eu assenti, enfiando meu corpo na frente de Lisa e segurando na sua mão com força, para ter certeza de que a garota continuava ali. Ela estava gelada e calada.

"Estávamos esperando alguém chegar," Doutor Park respirou pesadamente, impaciente, "mas acho que ela não virá."

Então a porta atrás de nós se abriu com força e a figura de Wendy surgiu, "O que está aconteceeendo?" Ela perguntou arrastado, em um tom de voz alterado.

Jmin fechou os olhos e cobriu o rosto com a mão. Ele estava indisposto a continuar, então passou a fala ao Doutor Taeyang, que estava se segurando para não abrir a boca até o momento. Eu nunca tive uma impressão dele, mas agora, particularmente, eu não gostava desse homem. Ele não dar a mínima para nada.

"Doutora Wendy, por favor." Taeyang a repreendeu. "Eu posso explicar tudo, se vocês permitirem."

Wendy me deu um olhar de 'que porra é essa' e seguiu até a poltrona mais próxima, "Comece logo."

Ele limpou a garganta, chamando atenção de todos. Ele respirou fundo, tomando um ar de seriedade. Wendy rolou os olhos, ela parecia não se dar muito bem com seus colegas de trabalho.

"Nós estamos passando por problemas com as máquinas e isso já não é novidade para ninguém." O homem iniciou a palestra. "Eu trabalho na sede do Instituto Park da Tailandia, a cidade dos inválidos, e eu estou acostumado a lidar com essa raça. Eu acredito que ter implantado um método de emparedamento para os incapazes foi o que desencadeou essa pane."

"O método de emparedamento dos inválidos começou a pouco tempo, Taeyang. Não há possibilidades... Você sabe que o problema é técnico." Cheryl o interrompeu.

"Bom, tudo bem. Mas você não pode negar que não havia problema algum quando os inválidos viviam em cárcere."

"Há décadas atrás, quando nós tínhamos cidades privadas." Mel relembrou.

Taeyang bufou, "Nós precisamos de uma certeza, e é por isso que eu farei testes. Eu vim até aqui, como autoridade, convocar Lalisa para um teste de nível avançado."

Wendy soltou uma risada, "Você não pode! Eu já estou tratando dela-"

"Oh, por favor." Taeyang cortou a sua sentença. "Você tem vinte e cinco anos, Wendy. Você acabou de se formar na faculdade."

Ela encolheu os ombros, colocando-se no seu lugar. Wendy era uma ótima profissional e uma pessoa maravilhosa, mas ela ainda era uma novata nesse meio. Sua opinião não valeria nada para contestar Taeyang ou Jmin

"Me desculpe, Douto, mas eu não estou na casa dos vinte, sou altamente qualificada e acho essa ideia um absurdo." Cheryl se intrometeu, mais uma vez.

"Você cuida da parte técnica, Cheryl. Quando conseguir consertar as máquinas, então me procure para opinar." O homem esboçou um sorriso debochado e voltou a se dirigir a mim. "Como eu estava dizendo..."

Destinadas (CHAELISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora