Capítulo 53 - So In Love

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Como assim? Kim Jisoo uma inválida? Eu convivi com Jisoo durante toda minha vida, e, apesar de um pouco bruta, Jisoo nunca havia sido alguém com tendências a ser má. Jisoo sempre fora amável e cuidadosa, ela sempre foi o meu ombro para chorar. Além disso, a sua família não havia sido atingida pela guerra. Como podia Jisoo ter essa radiotividade pelo cérebro? Foi o questionário que eu joguei sobre minha amiga, assim que ela me informou a sua etiqueta.

"Eu fiz a porcaria do teste pela segunda vez e não deu nada." Jisoo suspirou. "Então há essa doutora nova, a Mel, ela é inglesa e está no lugar da Doutora Wendy."

"Ela não está aqui." Eu informei.

"Que seja." Jisoo deu de ombros. "A Doutora Mel quis tentar o teste mais uma vez e nós fizemos, sem resultados. Ela pensou em me enquadrar como uma dispensada, e então eu apenas poderia ficar com qualquer pessoa dispensada também, o que me faria feliz, porque o garoto com quem eu estou saindo, é dispensado." A garota suspirou, buscando as lembranças na sua mente. "Só que a doutora encontrou alguns vestígios no meu cérebro de radiotividade e nós fizemos mais exames, então chegamos à conclusão de que eu sou uma inválida."

Eu soltei uma risada fraca, "Essa mulher está errada. Como pode? Sua família não tem antecedentes inválidos."

"Eu posso ter sido infectada de outra forma, ter entrado em contato com algum resquício dessa bomba em algum período, ou mesmo mamãe ter feito isso e ter me contaminado durante a gravidez." Jisoo encarou o ar. "Meus pais irão fazer testes para esclarecer essa última hipótese. Mas, realmente, não importa."

"Como você fica?" Questionei, ainda meio perdida.

"Se eu tiver a sorte de Lisa, serei emparedada com uma válida tão legal quanto você!" Ela riu. "Fala sério, eu vivi minha vida toda como alguém comum. Isso realmente não muda nada."

"Apenas te deixa mais sexy..." Dahyun constatou.

"Você está certa!" Jisoo esboçou um sorriso safado. "Talvez eu faça sexo como Edward, huh?"

Nós caímos em uma gargalhada divertida. Quer dizer que eu convivi a minha vida inteira com uma inválida e não sabia? Eu certamente tinha o dom de me dar bem com essas pessoas. Brincadeiras à parte, isso apenas confirmava o fato de que as pessoas são boas e más, e não válidos e inválidos. Jisoo era uma boa pessoa, assim como Lisa, Sana, Tzuyu... Enquanto isso, outras eram más, sendo capazes ou incapazes. No final, esses rótulos não serviam de nada.

E já que nós estávamos nessa conversa, eu aproveitei para me inteirar de tudo.

"E você, Jennie? Ainda sozinha?"

Jennie fez uma careta, "É, você sabe, o Instituto Park está uma confusão. Não me atrevo a por os pés lá tão cedo."

"O que houve?" Lisa se inclinou, interessada.

"Jisoo não foi a única que teve problemas, muita gente tem desistido da convivência com os seus pares ideais, outra boa quantidade sendo emparedada à pessoas que já foram emparedadas à outro alguém." Jennie suspirou. "Eu acredito que as máquinas estejam com defeito."

"Wendy deveria voltar." Constatei. "Bom, nunca houve problemas quando ela estava ali."

As meninas concordaram e logo puxaram outro assunto. Talvez eu ligasse para Wendy mais tarde, eu estava realmente curiosa sobre essas coisas, ainda bem que eu havia sido emparedada antes dessas máquinas estragarem. Já pensou se o meu resultado com o Sehun tivesse dado compatível?

Eu nem gostava de imaginar isso. Lisa foi a melhor surpresa que apareceu na minha vida, e nesse ponto eu devia um agradecimento ao Doutor Jimin.

Dahyun decidiu que estava tarde e que ela ainda tinha cookies para assar, então arrastou Jisoo e Jennie junto. Eu já estava contando os segundos para ficar a sós com Lisa, porque ela me daria sim um beijo de boa noite.

Destinadas (CHAELISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora