"Lisa, você está pronta?" Eu gritei, esperando que a inválida descesse logo com as malas, antes que nós nos atrasássemos.
Duas semanas se passaram desde que Lisa me desculpou por eu estar sendo uma completa idiota. Os quatorze dias que se seguiram foram divertidos, nós íamos a praia quase sempre, e, algumas vezes, é claro, tínhamos que aturar o Seungri, com aquele sorrisinho de quem havia feito clareamento dental, contudo, o tempo era bem aproveitado.
Eu voltei no consultório do Doutor Park todos os sábados e não poderia descrever as entrevistas como mas animadoras. Jimin estava contente com o rumo que as coisas estavam tomando, Lisa parecia cada vez mais interessante diante dos seus olhos e ele apostava no nosso relacionamento, mesmo que não tivesse ultrapassado a montanha de travesseiros.
Eu mentiria se dissesse que, no fundo, também não apostava algumas fichas em nós. A ideia de algo impossível me agradava, ao mesmo tempo que me desanimava. Eu apenas aproveitava cada momento com a minha inválida como se fosse único.
Hoje era pré-véspera de natal e minha mãe havia convidado Lisa para festejar conosco. Normalmente a minha garota costumava passar essas datas com a sua família, mesmo que, segundo ela, não fosse muito agradável. Por isso eu faria esse ser o melhor natal de toda a sua vida.
"Acho que isso é tudo." Lisa desceu as escadas com uma mochila nas costas. A sua cara de sono estava estupidamente bonita.
Eu fiquei na ponta dos pés para bicar o seu rosto e nós seguimos até o táxi, que nos aguardava do lado de fora.
"Você entregou o Leo para quem?" Eu perguntei, entrando dentro do carro.
"A Natty se ofereceu para cuidar dele."
Eu apenas assenti com a cabeça. Nós decidimos não levar Leo dessa vez, em uma próxima oportunidade faríamos isso, pois Alice estava ansiosa para conhecê-lo. Por falar em ansiedade, Lisa não estava muito atrás, ela pareceu bastante nervosa durante todo o voô para conhecer a minha família. Mas eu a tranquilizei, eu sabia que todos a tratariam bem.
O céu estava cinzento e a neve caía gradativamente, cobrindo os ombros da inválida, que tremia enquanto esperava algum táxi disponível.
"Talvez nós devêssemos ir caminhando." Eu prôpus.
"Nesse frio? Não." A inválida negou, mas, após alguns minutos batendo o pé em sinal de impaciencia, aceitou a minha proposta. "Ah, vamos logo."
Eu segurei a sua mão, que em meio a todo o frio, continuava incrivelmente quente. O rosto de Lisa, por outro lado, estava vermelho e gelado.
Nós caminhamos por alguns minutos, até que encontramos um táxi em um ponto e agradecemos pelos milagres de natal estarem começando a acontecer. Os olhos da minha garota fitavam a cidade através do vidro e a cada dez segundos ela perguntava se já estávamos chegando.
O carro amarelo estacionou frente a minha residência, que estava muito bem decorada para o natal. Eu peguei a mão da inválida novamente, para seguirmos até a entrada, ela tremia, mas eu não sabia se era por conta do clima ou de nervosismo.
Eu apertei a campainha e Lisa começou a se embalar, ok, ela estava nervosa.
"Ei, eles vão gostar de você." Dei um soco de leve no seu braço. "Não tem como não gostar."
A inválida riu, "Mas, Chaeng, e se-"
A porta foi aberta pelo meu pai, muito animado em nos receber.
"Filha!" Ele me puxou para um abraço e logo notou Lisa. "Oh, essa é a Lisa? Que bom que você veio. Eu me chamo Mason." Papai estendeu a mão, cumprimentando a garota ao meu lado.
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Destinadas (CHAELISA)
FanfictionDESTINADAS (ADAPTAÇÃO CHAELISA) Em uma época onde o mundo está tentando se recuperar das consequências deixadas pelas guerras, tenta-se encontrar formas mais rápidas de deixar o planeta um lugar bom de novo. Após grandes períodos de ódio gratuito, i...