Capítulo 49 - Wake up

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Normalmente eu acordava com algum barulho, com a luz do sol ou com um tapa de Lisa na minha cara. Mas, dessa vez, eu apenas havia dormido demais. Eu me espreguicei sem abrir os olhos, eu não queria aceitar que tudo não havia passado de um sonho e que minhas calcinhas estavam terrivelmente sujas.

Felizmente, a minha intimidade estava um pouco dolorida e a textura do lençol sobre o meu corpo me dava a certeza de que eu estava nua. Eu sorri e abri os olhos, encarando o teto de vidro, com os suas imagens luteranas.

Virei o rosto, dando de cara com o corpo de Lisa. A garota, diferente de mim, devia ter acordado em algum período da noite e vestido a sua lingerie. Ela estava de costas para mim, dando-me a visão dos vergões que minhas unhas haviam deixado na sua pele. Eu as contornei com a ponta dos dedos e depositei um beijo no seu ombro, a fim de acordá-la. Eu gostaria de ter uma bandeja de café da manhã vegetariano, mas isso realmente não era possível, e eu não achava que a Chaezinha estava pronta para outra rodada.

Eu estava pronta para encher Lisa de beijos até acordá-la, mas outra pessoa se encarregou do serviço de despertar a minha inválida.

Batidas frenéticas contra a porta de madeira ecoaram.

"Abra essa porta, Lisa. Eu preciso trabalhar." Era Jihyo. "Eu vou arrombar."

A inválida deu um pulo e me olhou assustada, eu devolvi o seu olhar, então nós corremos contra o tempo pescando nossas roupas. Lisa se vestiu rapidamente e penteou os cabelos com os dedos, eu ainda estava atrás das minhas calcinhas, mas desisti de encontrá-las. Pulei dentro do short e fechei o zíper antes que a garota abrisse a porta.

Jihyo bufava, impaciente, "Vou começar a trabalhar à noite também." A morena deu uma boa olhada no local. "Vocês rolaram esse chão todo fazendo sexo, eu aposto."

"Não!" Lisa tentou convencê-la, como se isso fosse um absurdo.

Eu engoli em seco e entrei no seu jogo, "Não mesmo!" Avistei minha calcinha próxima a tela que Lisa havia pintado de mim e a apanhei, disfarçadamente, enfiando no bolso. Como ela havia parado ali?

Jihyo nos estudou minuciosamente e arqueou uma das sobrancelhas, "Espera aí... Descabeladas, mal vestidas e agindo estranho... Vocês foderam."

Lisa e eu nos entreolhamos e a gargalhada de Jihyo explodiu por todo o salão. Ninguém merece. A minha inválida rolou os olhos para a sua amiga louca e trilhou o caminho até o carro, abandonando Jihyo com sua teoria maluca — porém, verdadeira.

Eu dei um sorrisinho amarelo para Jihyo e indiquei com a cabeça que iria atrás de Lisa. Ela talvez estivesse um pouco tímida pela noite de ontem, a verdade era que eu também não conseguia olhar para a sua cara sem que meu rosto queimasse. Não é estranho você ficar nu com outra pessoa? Eu particularmente achava. Mas quando essa pessoa é Lisa, você descobre que além de estranho, é extremamente prazeroso.

Eu não via a hora de poder compensar ou retribuir o que a inválida havia me dado. Quero dizer, eu precisava treinar um pouco, já que eu era uma virgem. Bom, agora eu não era mais... Eu precisava me acostumar. YAY, eu tenho dezoito anos e sei fazer sexo!

Lisa batucava os dedos contra o volante, esperando por mim. Eu dei a volta no carro e ocupei o assento ao seu lado. Nós ficamos em silêncio. O ar estava pesado.

Passamos todo o trajeto até a sua casa alimentando o vácuo que se instalava entre nós. Vez ou outra eu desviava o olhar para Lisa, apenas para me certificar de que ela estava tão, senão mais, desconfortável do que eu.

O carro freou frente a jaula do tigre e a inválida desceu, indo em direção à porta de entrada em passos rápidos e largos. Eu fiquei para trás, ainda caminhando de pernas abertas, pois a minha intimidade estava, além de dolorida, roçando no tecido jeans do short. Eu precisava vestir uma calcinha logo!

Destinadas (CHAELISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora