Capítulo 22 - Butterflies

2.6K 317 384
                                    


Eu estava beijando o espelho há alguns minutos. Toda a minha confiança havia ido embora. Eu não era uma grande especialista em beijos, levando em conta que, até o dia de hoje, só havia beijado Sehun e Sana. O primeiro, como já disse, não era lá grandes coisas, a segunda, por sua vez, soube me deixar no ponto.

Não sei se isso era uma característica de inválidos, mas se fosse eu teria que me controlar para não passar dos limites com Lisa dentro desse quarto.

O barulho na porta do quarto me fez correr para fora do banheiro, ali estava Lisa, dentro de um pijama colorido e nada sexy, a ponta dos seus cabelos estavam molhadas, então supus que ela tivesse saído do banho.

"Eu coloquei a Alice para dormir..." A inválida informou, indo até a sua mochila pegar algo. Eu aproveitei o momento para correr até a porta e girar a chave, dessa vez ninguém iria nos atrapalhar. O mundo podia estar acabando lá fora, mas eu não sairia desse quarto sem beijar Lisa.

"Agora acho que nós podemos, finalmente, concluir o que começamos mais cedo." Eu sorri, me virando e encostando minhas costas contra a madeira da porta.

"E-eu..." Lisa guaguejou, ficando de pé e dando alguns passos para trás.

Eu fui em sua direção, "Você sabe que não adianta fugir." Coloquei a chave da porta entre os meus seios e a garota esbugalhou os olhos.

Lisa engoliu em seco, dando o seu último passo antes de bater contra a parede. Eu pousei um braço a cada lado do seu corpo, prensando-a contra o papel de parede antigo e encarando seus olhos.

O meu coração batia descontrolado dentro do peito, se aquilo não acontecesse rápido, certamente, eu teria um ataque cardíaco ali mesmo. Eu não sei porque ainda estava hesitando, quando eu tinha a minha presa entre os meus braços, sem possibilidade de fuga. Eu apenas gostava demais de mergulhar nas suas órbitas hipnóticas e sentir a sua respiração próxima a mim. Então eu decidi parar de morder os meus lábios e morder os da inválida.

Nossas bocas se encontraram em um toque tímido e suave, iniciando um beijo desajeitado e torto. Os lábios macios e desajeitados de Lisa pressionados nos meus me davam a sensação de uma primeira vez, como se tudo fosse algo novo, tanto para mim, quanto para ela. De fato, eu estava experimentando uma sensação diferente de qualquer outra.

Eu entrelacei os braços no seu pescoço, em uma tentativa de intensificar o contato, trazendo Lisa para um beijo mais intenso. A inválida parecia ter pegado o ritmo, me conduzindo para o beijo mais alucinante de toda a minha vida. Mordíamo-nos com os lábios enquanto nossas línguas dançavam uma balada romântica, o ar pesava nos pulmões, fazendo-me ofegar. Eu poderia morrer de falta de ar, mas não cortaria aquele momento por nada.

Nós podíamos ser diferentes em diversos aspectos, podíamos ser de raças que não foram feitas para dar certo, podíamos discordar, mas, naquele beijo, nós parecíamos nos entender muito bem. Nos entendiamos de uma forma que nem um cientista inteligente como Park Jimin entenderia.

Eu me amaldiçoei por nunca ter feito isso antes. Eu deixei passar tantas oportunidades de sentir o seu gosto misterioso e indescritível na minha boca. Agora que eu havia a provado, eu tinha certeza, era impossível eu me enjoar.

Lisa descolou os lábios dos meus, arfando. Seus olhos fitavam os meus, buscando alguma resposta, esperando por alguma ação. A garota estava visivelmente em uma situação incomum, ela não devia ser acostumada a beijar frequentemente, era desastrada o suficiente para que eu pudesse notar isso.

Eu contornei os seus lábios inchados com a ponta dos dedos, selando um beijo no canto da sua boca.

"Isso foi incrível." Eu disse, afagando os seus cabelos.

Destinadas (CHAELISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora