Isso era o fim. Quando eu tomei o avião para casa de Lisa, esperando consertar os meus erros com ela, não esperei que o tomaria de volta para me esquivar dos erros que ela cometeria comigo.
Era algum tipo de vingança? Ei, eu sei que errei usando Lisa como uma experiência, mas eu também sei que salvei a vida da minha irmã por meio disso. Eu precisava. Lisa não poderia apenas não ter me deixado ficar no dia em que cheguei? Sana estava convencida a me levar de volta ao aeroporto. É claro que eu encheria o saco, mas o que mais eu poderia fazer se ela estivesse me ignorando? Não, Lisa me aceitou na sua casa, e, agora, o que a Doutora Wendy falou, fazia sentido. Lisa queria mesmo que eu tivesse ficado, queria era me torturar durante esse tempo.
Não é possível que alguém que cuida de você, te adota o shitzo mais fofo entre todos os cachorros, afaga os seus cabelos, faz comida vegetariana, controla seus surtos e age com o maior carinho possível, beija suas bochechas sempre que tem oportunidade e sente um ciúmes extremamente fofo de você, passe a agir como uma maníaca.
Eu parti o coração de Lisa e em troca ela me fez de escrava, me tratou como lixo e me usou como seu objeto sexual. Apenas resumindo. Eu coloquei tudo na balança novamente, e, dessa vez, não havia sequer um motivo do lado dos prós. Eu iria embora. Eu não tinha motivos para ficar.
Eu não sabia o que faria quando colocasse os pés em casa e eu não queria pensar nisso, a única coisa que eu sabia era: eu iria embora. E eu não voltaria mais. E eu não queria mais ver a estúpida cara de Lisa pelos próximos dez anos. E, se possível, eu gostaria de acertar um soco no seu bonito nariz antes de lhe dizer um "até nunca mais".
Eu aproveitei que o seu carro não estava na garagem e comecei a arrumar minhas malas. Após a inesquecível melhor primeira vez de todos os tempos que acabou em três litros de lágrimas derramadas, eu havia subido para o quarto Lisa Pan e me trancado lá. Lisa pareceu estar arrependida o suficiente para não me perturbar e dormir no sofá. Nesse exato momento, eu supunha, ela estava na galeria. É claro que inválida não teria a audácia de me chamar. Ela devia estar com o rabo entre as pernas.
Eu ainda deveria estar chorando, porque o meu coração ainda doía, mas simplesmente não havia restado lágrimas. Eu chorei por todas as crianças que descobriram que o Papai Noel não existe. Então eu concentrava minha atenção em não deixar a minha cabeça explodir de raiva.
Eu terminava de enfiar a última muda de roupas na mala quando a porta bateu atrás de mim. Ou eu tinha sorte e era algum ladrão ou alguma das meninas amigas da inválida-que-não-deve-ser-citada ou era a própria inválida-que-não-deve-ser-citada.
Respirei fundo antes de me virar e encarar o meu melhor pesadelo: Lalisa Manoban com... Uma rosa branca?
A garota me estendeu a flor, "Eu sei que não traz o seu hímen de volta, mas é a flor mais pura que eu encontrei."
Eu desviei o olhar para a rosa, isso teria sido extremamente fofo se eu não fosse uma ex-virgem totalmente possessa por ter sido meio abusada.
"Enfie no seu rabo." Cuspi, ríspida e me agachei para fechar o zíper da mala.
Lisa engoliu em seco, olhando as malas e mochilas por cima do meu ombro. Eu as arrastei até a porta do quarto, tentando carregá-las pelo corredor. Eu, provavelmente, teria que fazer duas viagens para levar todas até o andar térreo.
"Uh, o que você está fazendo?" Lisa perguntou, um pouco aflita.
"Indo embora, talvez?!" Eu respondi como se fosse muito óbvio. Era muito óbvio, na verdade. "E para nunca mais voltar e precisar ver essa sua cara."
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Destinadas (CHAELISA)
FanficDESTINADAS (ADAPTAÇÃO CHAELISA) Em uma época onde o mundo está tentando se recuperar das consequências deixadas pelas guerras, tenta-se encontrar formas mais rápidas de deixar o planeta um lugar bom de novo. Após grandes períodos de ódio gratuito, i...