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11. et la magnitude

O salão estava completamente vazio. Apenas garçons circulavam pelo lugar retirando as toalhas das mesas e os vasos extravagantes de flores espalhafatosas. Sobre a minha mesa, uma garrafa de Bourbon escocês pela metade.

Em minha frente meu esposo com a gravata borboleta desatada e alguns botões da sua camisa social, cor gelo, de linho abertos. Henry não encarava nenhum ponto fixo, apenas virava qualquer resquício de bebida em seu copo.

William estava conversando com Connor sobre o que fazer e Alex não parava de digitar em seu celular. Raven levou as crianças para casa e Mark falava ao celular um pouco ao fundo.

Aimée havia ido embora há algum tempo, deixando um documento no nome de Irna Valon. William até o momento não dissera nada sobre as palavras escritas ali. Mas pela sua reação, os fatos eram verídicos.

Seus olhos cruzaram com os meus enquanto Henry estava agarrado em mim. Pude ver claramente seus olhos escorrendo para nossas mãos cruzadas.

Ela armou um sorriso, mas logo desfez.

E foi embora, com sua reputação intacta.

- Eu tenho uma irmã? A porra de uma irmã? - Henry é o primeiro a falar, todos se viram para ele.

- Óbvio que não, Henry. - Connor vem até meu esposo, segurando seu ombros para que ele o encare. - Essa mulher, seja qual for o seu nome, não é e jamais será sua irmã. Não é a primeira vez que tentam manchar a imagem da Grandest nessa cidade, você sabe disso.

- Ela parecia saber do que estava falando, Connor. - aviso.

- E ela sabia. - Alex carrega sua postura ereta até nós, mexendo um pouco no cabelo chanel loiro. - William teve um caso com uma mulher depois que Mark nasceu. Infelizmente passei por um período conturbado. Uma depressão. - diz, como se não fosse nada. - E então ele me trocou. - sorri, falsamente.

- Foi um erro, Alex! Quantas vezes preciso pedir perdão por isso?

- Para mim? - suspende uma sobrancelha. - Nenhuma. - sua pose é dura, como se estivesse julgando qualquer passo de William. - Para seus filhos, a vida toda. - gira um pouco sua aliança, suspirando profundamente. - E para essa menina, que deve ter passado o inferno.

- Não irei pedir desculpas a ela!

- Pois deveria! - Alex se exalta.

- Alex, pare com isto.

- Avisei que isso iria acontecer um dia. - ela sussurra, massageando as têmporas.

Assisti Henry despejar mais uma dose do whisky e virar de uma só vez.

- E como será agora?

- Bem, se ela for mesmo quem ela diz que é, vamos ter que reabrir o processo de eleição do novo CEO. - Connor anuncia.

- Óbvio que ela é, Connor! - é a vez de William aumentar o tom da voz. - Até sua voz é igual a de Irna.

- Sabe que podemos burlar isso, falsificar uns exames e mandar essa bastarda de volta para o inferno de onde ela saiu. - Mark se intromete na conversa.

- Não. - Alex contesta. - Não assumiu as consequências dos seus atos uma vez sequer em sua vida, - aponta para William. - se fizer isto, se mais uma vez renegar essa menina, William... eu deixo você.

Os olhos de William lacrimejam. É possível ver as lágrimas lutando para escaparem.

- Como você é burro, pai! Deixou uma empregada dar um golpe em você. Nem Henry é capaz de tamanha estupidez. - neste momento Henry levanta de sua cadeira, pegando a garrafa praticamente vazia de whisky, indo para cima de Mark.