Capítulo Oito

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Foto de Sean Faris - Eduardo

ALICIA

Uma mão de Leon vai para a minha cintura e a outra para a minha nuca. Ele me puxa mais para si, aprofundando ainda mais o beijo. Ele separa nossos lábios e desce beijando meu pescoço molhado da água da chuva, provocando pequenos arrepios. E nesse momento que a minha ficha cai. Estou beijando um homem casado.

- Para - me afasto.

- Algum problema? - ele parece confuso.

- V-você é casado, e isso é tão errado.

- Ok. E se eu não fosse? - ele parece pensar na melhor forma de dizer algo. - Não é possível que somente eu sinta essa atração, essa vontade de... - ele se interrompe.

Eu estou ofegante, ainda sentindo a adrenalina por meu corpo. É óbvio que ele não é o único a desejar, porém prometi a mim mesma me manter afastada.  No entanto, estar aqui nesse carro com ele tão próximo me faz questionar minha sanidade mental e ponderar prosseguir no que estávamos fazendo. Talvez esse pudesse ser o nosso segredo.

- Você não é o único, mas não podemos fazer isso.

- Alicia, somos dois adultos, sabemos das consequências. Vou respeitar se achar que é muita loucura, poque é muita loucura. Mas isso não muda o fato que eu preciso ter você.

Essas palavras me provocam arrepios. Merda Alicia! Isso é tão errado. Tão, tão errado. Meus pensamentos voam em dilemas, enquanto eu encaro minhas mãos.

- Alicia - levanto os olhos e o encaro - Uma única vez, é tudo o que peço.

Ele se aproxima mais. Ligo o foda-se, fecho os olhos e deixo ele me beijar. Bastam nossos lábios se tocarem novamente para aquele calorzinho subir pelas minhas coxas e quanto mais o beijo fica intenso mais o calor aumenta. Nos afastamos por um instante e noto as janelas do carro alugado embaçadas.

- Vamos para o seu quarto? - pergunta em um sussurro.

Aceno positivamente com a cabeça. Entramos no elevador do estacionamento e clico no botão do andar que está meu quarto. Sinto o ar quente da boca de Leon na minha nuca, me fazendo arfar. Ele passa seu braço forte em minha cintura me trazendo para mais perto de seu corpo. Sentir sua ereção em minhas costas faz meu corpo todo arrepiar. A umidade entre minhas pernas é tão grande que minha calcinha está encharcada e posso sentir meu corpo pulsar de desejo.

LEON

Alicia abre a porta do quarto e tenho vontade de jogá-la imediatamente em cima daquela cama. Mas assim eu estaria pensando somente no meu desejo, e eu definitivamente necessito vê-la se derretendo comigo dentro dela. Então, em meio a beijos e risos eu a coloco deitada na cama, pressionando meu membro em seu ventre.

Beijo seu pescoço e vou descendo até a barreira que seu vestido forma. Ela percebe que o mesmo está atrapalhando e levanta as costas do colchão para que eu o retire sem dificuldade alguma. Porra! Olhando essa mulher dessa forma faz meu pau ficar mais duro, se é que isso é possível. Os seios fartos de Alicia estão nus, enquanto ela usa um pequeno pedaço de pano que ela deve chamar de calcinha. Fico por um momento apenas encarando a mulher na minha frente.

- Isso está injusto - ela diz com voz rouca e sinto meu pau latejar ao ouvi-la. - Estou quase nua e você completamente vestido. Tire a roupa para mim - ela morde o lábio inferior.

Merda! Ela está me excitando tanto que não sei se durarei muito dentro dela. Mas faço o que ela mandou. Lentamente retiro meu terno sob medida. Os olhos curiosos de Alicia seguem cada movimento meu. Quando retiro a minha cueca box a vejo umedecer os lábios enquanto analisa meu comprimento.

- Assim está justo? - pergunto e ela solta um sorriso safado.

- Quase - com cara de safada ela me chama com o dedo indicador.

Volto a beijá-la e sem grande esforço a coloco no meio da cama. Está na hora de fazer essa mulher gritar meu nome. Beijo sua boca, pescoço até chegar em seus seios. Abocanho o direito com vontade e ela se contorce sob minhas lambidas, chupões e mordidinhas. Levo minha boca até o seio esquerdo, para dar-lhe a mesma atenção, enquanto com a mão direita eu faço movimentos circulares em seu clitóris por cima da minúscula calcinha.

Desço beijando por sua barriga até chegar em sua zona intima, retiro a calcinha dela e minha boca começa a salivar apenas de imaginar o gosto que essa mulher possa ter. Alicia abre as pernas, como se estivesse me convidando. Começo a lambê-la e chupá-la de forma voraz, até ela se contorcer na minha boca e soltar um gemido alto, gozando de forma intensa. 

Não dou tempo dela se recuperar, coloco a camisinha e me enterro com força nela. Com a mão direita eu seguro seu cabelo de forma possessiva, ela pende a cabeça para trás e geme. Com a mão esquerda eu aperto seu seio, enquanto fodo com ela. Cada estocada com mais velocidade e mais força. Continuo assim até Alicia revirar os olhos e gritar. Então, seguro na cabeceira da cama, dando estocadas ainda mais selvagens. Alicia crava as unhas nas minhas costas e continua a gemer em meu ouvido. 

Chego no meu limite junto com outro orgasmo dela. Meu coração está tão acelerado que eu acho que vou morrer. Alicia relaxa o corpo e eu deixo o meu cair ao seu lado na cama. Nunca em todos meus 38 anos tive um sexo tão bom, quanto com Alicia.

ALICIA

Estou deitada com a cabeça no peito de Leon enquanto ele acaricia minhas costas. Sua respiração está calma, como se o que estamos fazendo fosse a coisa mais natural do mundo. De repente ele solta um suspiro pesado e não posso evitar olhar para seu rosto, que tem ar pensativo.

- De zero à dez, o quanto você está arrependida?

A pergunta me pegou desprevenida. Eu não estava arrependida. Por mais que eu negasse eu queria aquilo, queria tudo o que aconteceu. Leon se mexeu para que pudesse me encarar.

- Por mais errado que seja o que fizemos, eu não consigo me arrepender - disse olhando nos meus olhos. - Sei que tenho mulher e você provavelmente tem um namorado, mas eu só quero que a gente aproveite esse final de semana longe de todos, pode ser?

- Não - respondi e notei a tristeza em seus olhos. - Eu não tenho namorado, e sim, quero aproveitar.

Leon sorriu e me beijou. E nesse momento seu celular começou a tocar em cima do criado mudo do meu quarto. Assim que ele pegou o aparelho notei que ele ficou tenso. Ele se desvencilhou de mim, sentou na cama e atendeu a chamada.

- Oi meu amor.., Desculpe, acabou minha bateria...

Era a mulher dele, um sentimento ruim tomou conta de mim. Também me sentei na cama e comecei a me vestir, colocando a calcinha. Leon me olhou enquanto ainda conversava com ela, e pude notar que ele estava constrangido, assim como eu.

- Eu também...  Boa noite meu amor. Até... -  houve um silêncio e ele desligou.

Eu estava me levantando para vestir uma roupa quando ele me puxa. Fico presa embaixo dele e ele me olha com ar divertido. Nos encaramos por um instante até ele tomar minha boca em um beijo. Logo aquele calor começou a subir-me pelas pernas. O que é esse efeito que esse homem provoca meu Deus?

- Você disse que iriamos aproveitar - diz com uma voz sedutora que me provoca arrepios. - E como seu chefe, ordeno que cumpra com sua palavra.

Ele solta um sorriso malicioso antes de voltar a me beijar de forma voraz. E lá vamos nós outra vez.

Corações ErradosOnde histórias criam vida. Descubra agora