Capítulo Quatorze

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Foto de como a Alicia foi no jantar

ALICIA

Estou a 15 minutos sentada em frente ao meu armário, sem saber o que vestir. Eu não quero parecer muito arrumada, mas também não quero parecer desleixada. E Jonathan já ter me visto até de pijama não está me dando muito mais confiança. Droga!

Por fim escolho um vestido com renda verde, ele é sofisticado sem ser muito careta. Passo spray no meu cabelo para que ele fique com as ondas no lugar a noite toda e faço uma maquiagem leve. 

Cinco minutos antes do horário marcado batem na porta. Quando abro a porta me surpreendo ao ver Eduardo parado do lado de fora. Mando que ele entre. Nós não conversamos a sós desde que ele me levou ao aeroporto para ir para o Rio de Janeiro. Além de que ele parecia muito distante quando foi me ver no hospital.

- Algum problema? - pergunto ao notar que ele está nervoso.

- Só tenho um duvida e preciso que esclareça para mim.

- Claro.

- Eu estou prestes a pedir a uma mulher incrível para ser minha namorada, mas antes de fazer isso eu tenho que saber: eu tive alguma chance real com você?

Ele me pegou completamente de surpresa. Sempre pensei não ser o suficiente para Eduardo, mas talvez essa não fosse a verdade. Nós eramos o suficiente um para o outro, mas não dessa forma. Eu queria Eduardo na minha vida, mas como meu amigo.

- Não dessa forma. Eu sinto muito.

Ele me encarou intensamente.

- Não, não sinta. Acho que eu sinto o mesmo, mas minha consciência precisava dessa resposta.

Ele se aproximou e me abraçou. Acho que em todo o tempo que tivemos nosso relacionamento aquele foi o toque mais sincero que tivemos. Nesse instante o interfone tocou e meu porteiro avisou que Jonathan estava esperando na portaria. Eduardo e eu descemos juntos no elevador.

- Você tem um encontro? - Eduardo pergunta.

- Tenho - sinto minha bochecha corar um pouco. - E quando vai apresentar a namorada?

- Logo, se ela aceitar é óbvio.

- Cá entre nós: são ínfimas as chances de você levar um não, princialmente se ela realmente te conhecer - os olhos castanhos de Eduardo se iluminaram.

- Até Ali - ele sai do elevador e vai embora.

Também saio do elevador e vejo Jonathan, que está de costas, distraído com algo. Ele parece estar muito bem arrumado, com uma camisa social preta e calça esporte fino. Ele se vira para me encarar e um sorriso lindo surge em seus lábios.

- Uau, você está linda - sorrio de volta.

- Essa coisa velha? Estava jogado no armário.

- Que bom que o tirou de lá - ele pisca para mim. - Vamos?

Concordo e ele me estende o braço, como um cavalheiro. Jonathan me conduz até seu carro e abre a porta para mim. Entro no Cruze e quando entra ele pergunta se gosto de comida chinesa, não é uma das minha preferidas, mas eu gosto. 

- Eu estava morrendo de medo que você dissesse que não.

- Por quê?

- Eu reservei uma mesa especial para nós e seria uma pena cancelar a reserva.

- Ai que fofo - ele fez um barulho como se estivesse engasgado. - O que foi?

- Sempre achei que mulheres como você não gostassem de coisas fofas.

Corações ErradosOnde histórias criam vida. Descubra agora