Capítulo Nove

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Foto de Jacob Tremblay - Miguel Gartner

***

LEON

Acordei antes de Alicia e deixei um recado para ela. Saí e voltei para o meu hotel, afinal eu tenho que trocar de roupa para o segundo dia de palestras. Tomo um bom banho e coloco um terno. Pego o carro e volto até o hotel de Alicia. Depois de tudo o que aquela mulher fez naquela cama ontem, eu seria um idiota se a deixasse pegar um táxi. Quando estaciono, ligo para ela.

- Preciso da sua ajuda - ela diz assim que atende.

- O que houve?

- Nada de grave, mas ainda preciso da sua ajuda.

- Ok, estou subindo.

No quarto dela a visão que tenho faz meu pau latejar. Alicia está segurando o vestidos no peito, enquanto suas costas estão nuas, pois o zíper do vestido está completamente aberto.

- Que bom que chegou, não sei porque comprei esse vestido, eu já devia ter imaginado que não conseguiria colocá-lo sozinha. Fecha pra mim?

Ela caminha na minha direção e vira de costas para mim. Forço-me para pensar com a cabeça de cima. As imagens da noite anterior invadem minha mente. Olhar para as costas nuas dela me fez  lembrar da visão de Alicia de quatro na minha frente, enquanto eu me enterrava mais e mais dentro de sua boceta deliciosa. Levo a mão no zíper e noto algo.

- Porra Alicia, você está sem calcinha!

- Esse tecido iria marcar, e como só trouxe este não tive muito o que fazer.

Eu a viro bruscamente de frente para mim, e com esse movimento ela acabou soltando a frente do vestido que caiu no chão, deslizando pelas pernas de Alicia, que agora está completamente nua com o corpo grudado ao meu.

- Leon - ela diz ofegante, - Temos que ir, ou vamos nos atrasar.

- Eu diria que vamos nos atrasar. Você me provocou e agora vai pagar por isso - ela gargalha.

- Eu só pedi ajuda para fechar meu vestido, não estava provocando ninguém.

- Sem lingerie alguma por baixo? Se você não estava tentando provocar eu tenho medo de quando estiver.

Ela ri mais e eu pego em suas duas coxas, puxando-a para meu colo. Nessa posição sua boceta se abre encostando no meu membro coberto pelo tecido da calça, e Alicia beija minha boca em seguida. Ando com ela no colo e a coloco na cama, onde ela solta um gemido de frustração quando me afasto dela. Tiro o terno e a camisa, com ela observando cada movimento meu. 

- Fica de quatro - ordeno e ela obedece.

Retiro minha cinta e acerto sua bunda com um golpe, a fazendo arfar. Ela olha para mim e pela sua cara posso ver que gostou e quer mais. Acerto mais um golpe, ela solta um gemido. Mais um golpe e ouço suas unhas serem cravadas no colchão. Me ajoelho e enterro minha boca em sua boceta. Enquanto a chupo eu vou retirando minha calça, eu queria ter mais tempo de fazê-la gozar, mas temos uma palestra para assistir.

Então, quando ela está a beira do orgasmo eu me enterro dentro dela, estocando com força e velocidade. Seguro seu cabelo com a mão e isso a faz arquear as costas, empinando ainda mais a bunda para mim. Alicia goza e eu continuo, até que algumas estocadas depois eu também chego ao meu limite.

Deixo o corpo de Alicia pender para o lado ofegante como eu. Deitamos lado a lado no colchão. Olho para o lado, o relógio acusa que deveríamos ter saído quinze minutos atrás. Me sento e começo a vestir minha roupa, enquanto Alicia se levanta e vai atrás do vestido. Não posso deixar de notar os vergões em sua bunda e no quanto isso é fodidamente excitante.

- Retiro o que eu disse, eu fiz bem em comprar esse vestido - ela sorri sensualmente para mim.

- Eu concordo plenamente.

***

ALICIA

Só posso estar ficando louca. O que Leon tem que me deixa ser levada tão facilmente? Apenas de saber que estou no mesmo local que ele meu corpo se ascende.  Estamos chegando no Centro de Convenções Barra Life. A nossa rapidinha de hoje de manhã acabou nos atrasando. Quando entramos todos os olhares se viram em nossa direção.

- Fabrica Manshur, que bom que decidiram se juntar a nós. Juntem-se a este grupo aqui na frente, por favor.

Trocamos olhares e eu solto uma risadinha de nervoso, fazendo Leon sorrir. Nos juntamos a um grupo para fazer uma dinâmica. Todo o resto da palestra correu normalmente e de forma produtiva. Quando me dei conta já estava quase na hora de ir para o aeroporto. Estou terminando que arrumar minha mala quando ouço batidas na porta. Ao abrir, me deparo com um Leon com uma caixa de pizza enorme nas mãos.

- Pensei que quisesse comer antes de ir.

- Ótima ideia - deixo que ele entre.

- Você tem que ir hoje mesmo? - pergunta se deitando na cama.

- A passagem já está comprada. E que diferença fará uma noite?

Ele sorri maliciosamente.

- Fez muita diferença já.

Não consigo evitar soltar uma rizada. Sento ao lado dele e comemos a pizza conversando sobre qualquer coisa. Depois Leon me ajuda com a mala e me dá carona até o aeroporto. Decidimos que o final de semana foi ótimo, mas que o melhor para todos é deixar isso em segredo e fingir que nunca aconteceu.

Chego em casa morta de cansaço. Não irei desfazer malas hoje, vou deixar isso para amanhã ou quem sabe semana que vem. Queria ligar para Evelyn e contar tudo o que aconteceu, mas ela ainda deve estar brava comigo, pois nenhuma mísera mensagem me mandou durante o final de semana todo.

Quando estou pronta para deitar batem na minha porta. Acho estranho, pois meu porteiro não avisou que ninguém estava subindo. Quando abro a porta meu corpo todo paralisa. Tento fechar a porta rápido, mas ele coloca o pé na frente. Ele entra e fecha a porta atrás de si e quando estou preste a gritar, ele diz:

- Se gritar jamais vai conhecer o nosso filho.

Engulo em seco. Henrique está bem vestido como sempre e seus olhares indiscretos me fazem ficar desconfortável, principalmente depois do ocorrido na boate. Peço licença e vou no quarto colocar um short, pois estava só de calcinha e camiseta. Aproveito e mando uma mensagem para Eduardo, avisando que Henrique está aqui. Sei que se puder vir me socorrer, ele virá.

- O que você quer? - pergunto, entrando na sala.

- Conversar, como adultos. Sem joguinhos desta vez.

Uma coisa que eu aprendi sobre Henrique é que sempre haverão joguinhos. Mas descido que quero ouvir o que ele tem a dizer. Henrique se senta em um sofá e eu no outro. 

- Pode começar.

- Eu sei que você me acha um monstro sem coração, mas eu amo nosso filho. Conversei com ele por telefone na sexta, ele me disse que quer saber quem é a mãe dele. E eu escondi isso dele por tempo demais, acho que está na hora de vocês se conhecerem.

Não consigo acreditar nos meus ouvidos. Ou isso é uma brincadeira de muito mal gosto, ou esse canalha finalmente caiu em si e percebeu o que é melhor para o meu menino. Tento decifrar qual teoria minha está certa, mas ele mantém o rosto sério, como se doesse nele dar o braço a torcer para mim.

- Hoje mesmo se você quiser.

- Eu não terminei de falar - estava demorado. - Lembra do contrato? 

- Claro que lembro daquela merda que você me fez assinar.

- Ele ainda vale, Miguel é meu e você não poderá tirá-lo de mim. Você irá conhecê-lo e poderá visitá-lo também, mas não passará disso. Está me entendendo?

- Seu filho da puta...

- Segure essa língua Alicia. Se não quiser, tudo bem. Mas essa é a sua única chance de manter algum contato com o garoto.

Derrotada eu aceno positivamente com a cabeça. Mas se Henrique acha que desisti de ter meu filho de volta, ele está completamente enganado.

Corações ErradosOnde histórias criam vida. Descubra agora