Nathaniel.
Ainda estava irritado com aquela toda situação, e me sinto culpado pois a culpa foi minha de facto.
Duas mulheres quase se mataram, porquê? Por causa de uma discussão estúpida.
Estavam internadas, e fiz questão de as colocar no mesmo quarto, para que quando acordassem, logo fizessem as pazes.
- você tem a certeza que quando elas acordarem irão fazer as pazes? Ou irão acabar uma com a outra? - Thomas perguntou.
- Cale a boca - resmunguei.
- Não sei porquê cargas de água você me odeia, mas também não me interessa saber - ele falou colocando a saqueta de gelo na boca que estava quebrada.
- eu não odeio você, só acho você irresponsável, e eu não gosto de garotos assim, você tem seus pais, e ao em vez de os valorizar, você só os arranja problemas - respondi. - você tem que crescer, e não é para menos.
- Crescer? Você está me dizendo para crescer? - riu sarcástico. - olha quem fala de crescer!
Já estava me inervando com o sarcasmo dele, então me levantei para ir ver as meninas, pois ainda dava um soco nele e como estavamos no hospital, não iria cair muito bem.
Entrei no quarto, e as olhei deitadas, estavam tão serenas e calmas dormindo.
Nunca, mas nunca mesmo irei me meter com a Gabrielle, que só com 4 socos, conseguiu desfigurar a cara da Ruana, e a Ruana com mais de 6, não conseguiu nem fazer um aranhão.
- Mulheres - suspirei.
Essa não era a melhor altura para começar com discursos lamechas, e também não sou de fazer isso.
Gabrielle dormia que nem um anjo, mesmo com o olho roxo, com um corte superficial na sombrancelha, um aranhão no nariz(quebrado) e com um corte na parte superior do lábio, ainda continuava linda.
Toquei em sua bochecha, mas alguém abriu a porta, e eu assustado, tirei a minha mão a pressa.
- elas ainda estão dormindo? - Thomas perguntou.
- oque você está fazendo aqui? - perguntei ficando irritado de novo - eu pensei que você já tivesse dado a sola.
- quero falar com a Gabrielle quando ela acordar - respondeu.
Se ainda não bati nesse cara, é porque estamos em um hospital.
- o que você quer falar com ela? - perguntei.
Ele ficou calado e não respondeu por alguns segundos.
- suponho que isso não seja da sua conta - apontou para mim. - eu não te devo nada e muito menos explicações.
Olhei para ele, prestes a dar um soco, mas alguém me interrompeu.
- onde estou? - óptimo, agora Gabrielle acordou e estava prestes a ver a terrível burrada que eu iria fazer.
- você está em um hospital, mas assim que terminar de receber todos os medicamentos necessários, poderá voltar para casa - Thomas foi mais rápido a responder.
- E cadê á... - olhou para o lado. - ótimo, tinham que nos colocar no mesmo quarto. - revirou os olhos.
- você não está em condições de escolher nada, porque depois do espetáculo que você deu, será castigada - Falei ríspido.
- Você não precisa tratar ela com essa toda ríspidez - Thomas retrucou, sobrepondo-se a minha palavra.
- Olha aqui seu.... - queria falar, mas Gabrielle me interrompeu.
- OMG...vocês os dois parecem duas crianças, parem já com isso, ou querem que vos lembre que a culpa de a gente ter saido ao tapa foi vossa - ripostou ela.
- Tapa? Aquilo foi basicamente, taicondú, caraté e box, e tu ainda vem falar tapa? Vai me desculpar, mas lembrem-me de nunca me meter com vocês as duas - e de novo o parvo do Thomas estava lá, fazendo as piadinhas sem graça dele.
- isso ainda vai ser resolvido, pois ainda não entendi o que vos fez bater uma na outra - Respondi ainda mais seco do que antes.
- Ela me chamou de "PUTA" - Gabrielle cruzou os braços irritada.
- e não é isso que você é? - perguntei.
- fica na sua cara, não a chame assim, seu....seu merda - quem esse garoto pensa que é? Eu vou acabar com ele.
Semicerrei os punhos, e os levantei, prestes a dar um soco na cara dele.
- antes de você descarregar toda a sua raiva nele, lembre-se de que estamos em um hospital.
Revirei os olhos e baixei minha mão que estava congelada no ar.
- assim que vocês acabarem de receber todos os rémedios, iremos sair desse hospital - resmunguei, e sai do quarto furioso.
Eu precisava me encontrar e tentar fugir da minha realidade, mas apaixonado por uma das minhas putas estava se tornando dificil.
Por conta dela eu perdi 50% da minha postura de bandido safado e agora estava parecendo o namorado fiel e dos sonhos de uma garota só por ela.
Mas eu não podia me esquecer dos meus objectivos só por causa de um romance sem futuro.
Ainda mais me lembrando daquele dia que recebi a carta e todos os meus problemas começaram.
Flash back
- Chefe... - Um dos capangas veio até mim e me entregou uma carta.
- oque vem a ser isso? - perguntei confuso.
- estamos com problemas no tribunal, alguém meteu uma queixa contra o bordel e temos uma divida enorme com as autoridades, ou você paga ou você perde tudo para o senhor " Shoklon"
- jamais irei entregar o bordel do meu pai para o pior inimigo dele, jamais... - atirei o copo contra a parede e gritei furioso. - sai daqui e me descobre o merda que me denunciou para as autoridades.
Assim que ele saiu a pressa, minha primeira vontade foi de correr e bater em alguém, mas ao mesmo tempo me lembrei da minha mãe e senti desgosto por a decepcionar tanto, ela queria que eu fosse diferente do meu pai, que tivesse um emprego digno e não uma porcaria e maldição de negócio igual a esse...
***
Não revisado.
Votem e comentem, esse é o unico capitulo em que o Nathaniel narra.
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A PUTA
RomanceGabrielle Brish, morava com seu pai em um pequeno bairro perdido em los angeles, vê-se obrigada a mudar de vida bruscamente por uma maldita dívida do pai. Mas ela não sabia que a sua sorte estava prestes a mudar, ao conhecer o grandioso chefe dela...