No momento em que acordei, não me lembro de não ter sentido dor, pois tudo girava.
A parva da Ruana já estava acordada e faziam minutos que me encarava com raiva, mas nunca, nunca mesmo, eu devolvia o olhar, me negava a encara-lá.
- oque foi delícia? Está com medinho? - perguntou sorrindo.
- não enche a minha paciência, não quero desfigurar mais ainda a sua cara - respondi penteando o meu cabelo para finalmente sair do hospital.
- você desfigurar minha cara? Só pode estar gozando - riu estupefata, e quase engasgou - eu é que desfigurei a sua, parece uma panqueca.
- já se olhou no espelho? - perguntei estendendo o pequeno espelho que Melissa havia trago para mim.
O grito que ela soltou, foi tão estridente que fez minha cabeça doer imenso.
- oque está acontecendo aqui? - Nathaniel entrou desesperado.
- você não vê? Ela estragou minha cara! Essa Vadia de quinta, essa sem sal e sem açúcar - choramingou.
- pare já com os seus dramas - ele levantou uma sombrancelha.
Ruana pegou nas coisas dela e saiu do quarto frustrada, indo até ao carro que se encontrava estacionado do lado de fora do hospital..
- espero que você não abra a boca para nenhum dos médicos - apontou para mim.
- como assim? - cruzei os braços.
- você sabe do que estou falando! Se você contar sobre a boate, não só você morre como o seu pai também - me olhou sério - agora pegue suas coisas e vamos embora.
Peguei minhas coisas, e sem o desafiar, fiz tudo oque ele mandou.
Assim que chegamos a casa, ele me puxou directamente para o seu escritório.
- O que você estava pensando quando armou aquele todo espetáculo? Eu não havia avisado que não queria gracinhas? Mas não, você tinha que me desobedecer! Entenda a que garota, eu não sou seu amigo e não estou com disposição para aturar as suas merdas - ele me puxou pelo cabelo, me fazendo ajoelhar - não queria ter que fazer isso com você, mas eu bem avisei que haveriam consequências muito, mas muito graves e dolorosas, se queres que te diga.
Ele abriu a gaveta da mesa dele, e tirou de lá um Rifle de assalto.
- oque você vai fazer? Porfavor Nathaniel...eu....porfavor - ele destravou a arma, e apontou bem no meio da minha testa. - eu te suplico...porfavor.
Estava em lágrimas, mas nada do que eu dissesse, mudaria alguma coisa.
Ele precionou o gatilho, fechei os olhos esperando pela minha morte, mas não aconteceu nada.
- eu não consigo fazer isso com você - ele largou a arma no chão.
Comecei a soluçar descompassadamente, sentei no chão e coloquei as mãos em minha cara, chorei feito um bebé.
- Desculpa Gabrielle, eu...eu não queria fazer isso com você - ele ainda tentou.
- não me toque! fique longe de mim! - o afastei com a mão.
- descul...
- eu já disse para não me tocar - me levantei e sai correndo do escritório.
Entrei em disparada no quarto, e fui em direcção ao banheiro, e me tranquei lá.
Estava enjoada, talvez pelo facto de quase ter morrido baleada.
Vomitei todo o almoço, e quando me senti mais aliviada, escovei os dentes e lavei a cara.
- Gabrielle, você está bem? - Melissa bateu a porta.
- porfavor Melissa, me deixe em paz, eu só quero ficar sozinha - respondi.
- se você precisar de ajuda, a que estamos nós, você sabe que pode contar com a gente. - suspirou, e finalmente se afastou da porta.
Me olhei no espelho, vendo o lixo que eu havia me tornado.
- e se minha mãe estivesse aqui? Será que isso estaria acontecendo? - me perguntei. - claro que não Gabby, seu pai teria sido mais presente e não teria caido na porra de uma depressão - respondi a minha própria pergunta.
Lavei a cara mais uma vez, e depois disso, decidi enfrentar a minha realidade abrindo a porta.
- Gabrielle, me desculpa, eu...eu devia...ter ficado com você...sou tão parva - Melissa soluçou.
- já passou - sorri para ela - ninguém segura essa miúda aqui, eu sou forte que nem um touro.
- como você consegui depois de tudo?
- como assim? - arqueei a sombrancelha.
- como você consegui sorrir depois de quase morrer? - perguntou.
- como você sabe? - perguntei confusa.
- quando vocês chegaram, o chefe estava mesmo furioso, e ele nem se deu ao trabalho de fechar a porta do escritório - carmen ia explicando - então, quando estava indo até a cozinha, eu ouvi você implorando pela sua vida, e fui até ao escritório e me deparei com você sendo apontada uma arma bem no meio da fuça.
Suspirei pesadamente.
- olha meninas, vamos tentar esquecer esse incidente, coisas do tipo acontecem - desviei do assunto.
- se você não quiser falar! Por mim tudo bem - Melissa deu de ombros.
- melhor você descançar, pois amanhã temos um dia longo. - carmen sugeriu. - você sabe que pode contar com a gente para tudo que precisar, agora somos familia e familia ajuda uma a outra.
- acho uma otima ideia - acenti. - muito obrigada gente, obrigada mesmo.
***♥***
Meu corpo estava ardendo em um calor intenso, estava suada, sentia cheiro de algo queimando, talvez estivesse sonhando.
Abri os olhos, e senti que aquilo era verdadeiro.
Comecei a tossir loucamente, enquanto inalava o fumo que vinha de fora.
A porta estava fechada, e o fumo entrava pelas brechas da porta.
Fiquei desesperada, e corri para ver o que se passava.
Era mesmo real, a casa estava pegando fogo e a gente estava trancada nela.
- Melissa, Carmen, Sófia, acordem - abanei Melissa freneticamente - a casa está pegando fogo, acordem.
Elas continuaram sonolentas, e quase não respondiam.
- acordem porfavor - Abanei Melissa, que mesmo dopada, tinha sono leve. - Melissa, porfavor - entrei em desespero e comecei a chorar.
Meu peito estava ardendo, comecei a tossir descontroladamente.
- Melissa! - a chamei.
- Hummm.... - respondeu sonolenta e deu uma tossidela.
- A casa...a casa está pegando fogo - gritei e ela saltou da cama.
- como assim? - ela me abanou por ver o meu desespero.
- não sei, mas se a gente não sair daqui isso vai explodir - avisei.
- explodir como? - franziu o cenho.
- o gás porra, se o fogo chegar ao gás, a gente explode.
***
Um pouquinho de drama.
Bom, primeiro dizer que, irei pausar a historia por 3 a 4 dias, pois tenho um corte superficial no dedo e não consigo escrever, porque DOI...e DOI muito.
Se consegui terminar esse capitulo foi por sorte.
A partir de agora, os capitulos serão intensos, e bem, agora sim, posso dizer que terão hot's a sério, e quem sabe se essas coisas intensas não nos levem até ao final?
Bom era tudo, sinto muito mesmo por ter que vos deixar curiosos/as.
Bjs de luz.
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A PUTA
RomanceGabrielle Brish, morava com seu pai em um pequeno bairro perdido em los angeles, vê-se obrigada a mudar de vida bruscamente por uma maldita dívida do pai. Mas ela não sabia que a sua sorte estava prestes a mudar, ao conhecer o grandioso chefe dela...