Dedicado a NaihaMatola
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Carmen e Sófia finalmente acordaram, e estavam tentando fazer de tudo para amansar o fogo.
- Como. sairemos. daqui? - Melissa perguntou, entre tossidelas.
- A gente não pode ficar nesse quarto, temos que tentar procurar algo que nos ajude a abrir a porta - Carmen sugeriu.
- Aiii... - sófia gritou.
- o que foi? - perguntei desesperada.
- toquei na maçaneta, e ela está super quente. - revirei os olhos.
- pegue em um pano e tente abri-lá - sugeri.
Ela acentiu e fez isso.
- é melhor molharmo-nos antes de sair-mos do quarto - Carmen correu até o banheiro.
Fizemos o mesmo, e depois corremos até ao escritorio do Nathaniel, que por sorte estava aberto.
Ele estava mesmo furioso, até ao ponto de esquecer de trancar a porta!
- tive uma ideia - uma lâmpada finalmente se acendeu em cima da minha cabeça. - e se a gente pegasse na arma do Nathaniel e tentasse quebrar a fechadura com ela?
- alguém chegou para nos ajudar - Sófia olhou pela janela. - e parece que o Nathaniel está desesperado para entrar.
- é melhor tentar-mos fazer oque a Gabby disse, do que esperar-mos por ajuda, porque quem sabe se quando eles conseguirem entrar na casa ela já tenha explodido. - Melissa falou procurando a arma pelas gavetas. - Achei.
Ela segurou a arma, e nos guiou até a saida, mas não seria mesmo fácil sair, pois o caminho estava mesmo muito incendiado, e uma parte do teto acabará de desabar.
- corre Melissa, abre a porta - Gritei.
- eu nunca na minha vida peguei em uma arma - ela estava em pânico.
- a nossa vida depende disso - Sófia estava histérica. - pelo menos tenta nem!
Melissa apontou a arma para a fechadura, e depois precionou o gatilho e "bummm" a porta abriu.
Saimos correndo da casa a tempo de ela explodir a trás de nós.
Me atirrei de cara no chão, e fiquei esticada, ofegante e tremendo por ainda estar viva.
- Gabrielle - Nathaniel gritou - você está bem?
- A gente também está bem, não precisa se preocupar - Carmen foi irónica.
- Os meus lindos vestidos! Tudo está queimado - Sófia choramingou. - eu gostava tanto deles, ai como eu queria ter pegado fogo com eles.
A gente a olhou de cara feia, e ela logo se calou.
- oque aconteceu? - ele perguntou - porque a casa pegou fogo?
Era oque eu gostaria de saber.
- parece que esqueceram o gás ligado - Uma das policiais( que foi subornada) explicava enquanto pegava em uma prancheta.
- esqueceram? Você não está fazendo seu trabalho direito - gritei. - todo mundo aqui, sabe que a casa teria explodido mesmo antes de pegar fogo, alguém queria nos matar idiota, isso não foi um acidente, foi algo planejado.
- visto por esse lado ela até tem razão - a policial murmurou e foi ter com os seus colegas de trabalho.
Essa história cheirava a esturo, e eu iria descobrir quem tentou nos queimar vivas, nem que eu tenha que morrer para isso.
- a gente vai dar depoimento? - Sófia perguntou.
- você tá maluca? Se chega aos ouvidos de um tribunal que não aceita suborno, tudo tá ferrado - Nathaniel gritou - e vocês, espero que ninguém abra a boca.
Acentimos, e ficamos sentadas no chão, vendo a casa cair aos poucos.
- vamos - Nathaniel chamou.
- para onde? - perguntei tomada pela curiosidade.
- por enquanto até eu não arranjar uma casa que vocês possam ficar, ficaram na minha - ele respondeu.
Ruana que até então fingia estar distraída, ao ouvir isso, virou bruscamente e gritou.
- OQUÊ? NEM PENSAR, ELAS NÃO FICARAM EM SUA CASA, FORA DE COGITAÇÃO - estava aos berros com Nathaniel.
- como você mesma disse, a casa é minha, e eu faço o que bem entender. - falou calmo.
Assim em diante, a van apareceu e nos levou até a luxuosa casa do Nathaniel.
Eu teria que dividir o quarto com a Melissa, e Carmen com a Sófia.
- O senhor Nathaniel vos quer lá em baixo agora! - uma senhora, de mais ou menos 40 anos, vestida de governanta, veio e avisou.
Acentimos, e mesmo esfarapadas que estavamos, descemos as escadas em silêncio.
Carmen e Sófia já estavam sentadas nos sofás da sala, e nós fizemos o mesmo.
- Essa é minha casa, e eu quero ordem, amanhã alguém irá trazer novas roupas para vocês, e em uma semana vocês poderam voltar a ter vossa vida normal.
A van virá vos buscar as 6 como sempre, e passará a trazer-vos as 3 da madrugada. Não quero gracinhas, e tudo que eu disser será lei - acentimos - agora podem ir dormir.Nos levantamos e estavamos caminhando em direção a escada.
- Gabrielle, preciso falar com você - ele se pronunciou.
- pois não senhor? - ironizei.
- para de me chamar assim - falou frustrado.
- é todo o respeito que tenho para contigo, não poderia estar mais agradecida por ter me dado um emprego maravilhoso, e um teto para viver - sorri sarcástica.
- você não sabe o tamanho da minha angústia quando pensei que você tivesse morrido - me olhou sério - você não imagina.
- imagina o tamanho da angústia do meu pai, quando você me tirou dele - retruquei - você não imagina.
- Gabrielle! - ele tentou me tocar.
- como você mesmo disse, eu sou sua subordinada e você meu chefe - me afastei do toque dele - boa noite senhor, tenha um ótimo descanso, porque eu preciso, e tenho a certeza que terei.
Subi as escadas lentamente, e fui até ao quarto.
- A senhora Meredith, a governanta, veio deixar essas roupas para usar-mos por hoje - acenti.
Ela entrou no banheiro e tomou um banho rápido, e eu fui fazer o mesmo.
Assim que entrei na água quente e todo o sujo que estava em meu corpo saiu, percebi que tinha machucados, não muito visiveis, mas doiam imenso.
Tomei um banho rápido e sai, vestindo o moletom rosa claro, e dormi.
Não dormi perfeitamente, pois tinha pesadelos constantes, e minha mãe sempre dizia que quando a gente tém pesadelos, deve virar a almofada para deixar de te-los.
***
Senti pena de vocês, e decidi postar mesmo com o dedo doendo.
Oque acharam? Agora quero só ver a cara da Ruana.
Por vezes odeio o Nathaniel, e por outras amo, acho que ele dá motivos para tal sentimento.
Edit: Durante a revisão desse capítulo, pude perceber que durante todo esse tempo que passou, quase dois anos, minha mentalidade tá diferente, e em momento nenhum eu descreveria uma cena tão nada haver como essa, no mínimo eu diria que n detalhei bem o suficiente, talvez eu vá escrever o livro de novo, ou talvez eu deixe como uma lembrança do meu passado, como fruto daquilo que eu era antes.
Votem e comentem.
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A PUTA
عاطفيةGabrielle Brish, morava com seu pai em um pequeno bairro perdido em los angeles, vê-se obrigada a mudar de vida bruscamente por uma maldita dívida do pai. Mas ela não sabia que a sua sorte estava prestes a mudar, ao conhecer o grandioso chefe dela...