Fiquei boquiaberta, ele estava bem a minha frente, parado, chocado, e bem surpreso ao me ver.
- oque você faz aqui? - perguntei.
- Vim para a festa de noivado do meu primo o Nathaniel - respondeu.
- ele é seu primo? - abri bem os olhos, para ver se era mesmo o thomas que estava a minha frente.
- sim! Foi oque eu acabei de dizer - deu de ombros - e você? Oque faz aqui?.
- dã, se você é mesmo o primo do Nathaniel, devia saber que ele tém uma boate, e eu trabalho nessa boate.
- isso eu sei, só não entendo oque você faz aqui, não era suposto você estar na "boate"? - faz aspas com os dedos na palavra boate.
Expliquei tudo para ele, que acentiu confuso.
- bom, então se você está aqui a trabalho, não me importo nada de ser um dos que você vai agradar, quer dizer, não me importo de ser o único - ele entrelaçou nossas mãos, e caminhou comigo até um lugar distante da festa. - bom aqui pelo menos podemos respirar ar fresco.
Ele me encostou na parede, e sussurou no meu ouvido.
- você me deixa louco Gabrielle, você me excita, você me... - ele ia falar, mais uma voz grave e grossa o interrompeu.
- oque se passa aqui? - Nathaniel ficou parado na porta nos olhando com raiva.
- priminho, a quanto tempo, como você cresceu - Thomas me deixou ainda encostada na parede com a respiração desregulada e foi ter com Nathaniel.
- oque você faz aqui Thomas? Ou melhor dizendo, "ovelha negra da familia" - faz aspas com a mão, e o olha com um certo desprezo nos olhos.
- você me convidou - ele praticamente grita.
- eu convidei você? Hilariante - Nathaniel riu debochado - eu convidei os meus tios, que conscidentalmente são seus pais, mas a você? Ho meu caro primo, sinto informar que eu não convidei você.
- Aguenta os cavalos - Thomas falou - se você quiser que eu vá embora, pronto eu vou, mas, eu levo a Gabrielle comigo. - já estava vendo a mão de Nathaniel ficar enterrada na cara de Thomas.
- você oquê? Nem fodendo você vai levar ela daqui - Nathaniel me puxou pelo braço, me fazendo desequilibrar no caminho.
E de repente Nathaniel já estava no chão com sangue no nariz, e do tanto que ele me segurava, eu quase fui com ele.
- eu vou levar ela sim, e quero ver você me impedir - Thomas gritou, e todo mundo já estava olhando para a ceninha.
- hey, calma, eu não sou propriedade de ninguém - intervi. - parem de agir feito crianças vocês os dois.
- NÃO SE META NISSO GABRIELLE! - Nathaniel gritou.
- não grita com ela seu merda - Nathaniel se recuperou do soco, e se levantou limpando a boca.
- seu merda ham? Quero ver agora - Nathaniel pegou Thomas pelo colarinho e o arremessou contra a mesa mais proxima, fazendo ela se partir ao meio.
- parem porfavor - ainda tentei gritar, mas aquelas duas cabeças duras, fingiram que nem me ouviram.
- oque está acontecendo aqui? - Ruana interviu.
Nathaniel e Thomas ainda estavam de pé, ambos sangrando e prontos para desferir mais socos um no outro, até um ficar inconsciente.
- que palhaçada é essa? Cadê a vossa auto-estima? - ela perguntou - vocês parecem dois animais, e oquê? Brigando por uma puta? Vocês desceram á um nível que nem um mendigo é capaz de chegar.
- primeiramente dizer que eu nunca tive auto-estima, e se tive, ela acabou de sair correndo - Thomas ironizou. - e segundo, qual é o nível mesmo?
- Um nível bastante subterranêo, um nível que eu achava que só as putas como ela - apontou para mim. - podiam chegar.
Estava olhando aquela cena toda calada, mas ela me xingar em frente a um público inteiro já era demais.
- sou tão puta, que até sou capaz de fazer isto - e sem esperar, dei um soco em sua barriga. - e nem tente retrucar o soco, pois como você mesma disse "você não sabe do que sou capaz".
- e você também não, eu sou cinturão preto em artes marciais, e quero ver você me ganhar nessa - ela sorriu.
- está me desafiando? - perguntei.
- claro, que vença a melhor - esticou a mão e a abanou para que eu viesse ter com ela.
- então vamos a isso, estou mortinha por te ver comer lama - semicerrei os punhos, e dei um soco tão grande no estômago dela, que a fez voar em direção a uma das mesas. - você ainda quer mais?
- esse soco foi por conta da casa - sorriu.
Ela se levantou, prestes a desferir varios socos em mim, mas como já disse, luto caraté e box, consegui prever todos os golpes dela.
- era só isso que você tinha? - perguntei.
- não, isso era só uma entrada, antes da refeição ser servida - respondeu.
- meninas - Thomas e Nathaniel nos chamaram ao mesmo tempo.
- oque é? - respondemos ao mesmo tempo também.
- é melhor pararem com isso, ainda se machucam a sério, já vimos que são excelentes lutadoras, mas chega nem? - Thomas falou.
- você acha que eu? Ruana Refico Cavalcante irei dar o gostinho dessa piranha me ver derrotada? Nem pensar, pois ainda não nasceu o homem que vai me parar - abanou o dedo indicador em sinal de negação.
- as piranhas se conhecem - sorri - pelo menos eu não digo para o meu papai pagar para que eu me case.
E dessa vez a familia dela é que gritou em sinal de negação.
- agora vem me bater, estou esperando - ela veio correndo para cima de mim, e quase me apanhou, se eu não tivesse me virado e a chutado para longe, fazendo ela bater com a cabeça na parede e cair inconsciente.
- Ruana! - a tia histérica dela gritou - você é um perigo para a sociedade.
Ela provoca, e quando recebe a lição merecida, eu é que fico com as culpas?
Me virei, prestes a sair do tal local da bendita festa, mas alguém veio correndo até mim e me derrubou até o chão.
Ela praticamente me arrastou pelos cabelo, e me virou, nesse momento meu vestido apertado rasgou, monstrando meu corpo semi nu para todo mundo.
- Sua vadia, agora você me paga - ela me deu um soco, outro e mais outro.
Estava quase inconsciente, mas minha mente gritou para que eu me erguesse, e foi isso que eu fiz, a empurrei e devolvi metade dos socos, mas alguém me segurou.
- me larga, pois o proximo soco será para você - respondi, e cuspi um pouco de sangue da minha boca.
- calma! Eu só estou tentando te ajudar - Nathaniel me respondeu.
- você devia ter tentado me ajudar quando ela estava batendo em mim, e não agora, que eu estava quase acabando com a raça dela.
- eu vou levar vocês as duas para o hospital, pois estão em péssimo estado.
Senti uma tontura, me desequilibrei e cai para o lado, tudo ficou escuro e eu deixei de ouvir vozes ou sentir cheiros, ou até mesmo deixei de ver.
***
Intenso...
Essa foi a primeira luta de muitas que elas teram.
Mas calma, da proxima não exibirei detalhes como agora, da proxima será suave.
Eu sei que nas vossas cabecinhas vinha a palavra " porque a yússira, colocou que a Gabrielle luta caraté e box?" e ai está a resposta: para situações como esta.
Bjs de luz, e espero que tenham gostado do capitulo.
Votem e cometem bastante.
Revisado.
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A PUTA
RomantikGabrielle Brish, morava com seu pai em um pequeno bairro perdido em los angeles, vê-se obrigada a mudar de vida bruscamente por uma maldita dívida do pai. Mas ela não sabia que a sua sorte estava prestes a mudar, ao conhecer o grandioso chefe dela...