Capítulo 13 - Um sabor perigoso

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Nossos beijos foram se intensificando até que eu já não aguentava mais não passar minhas mãos pelo seu corpo. Precisava de cada centímetro dela em contato comigo. Eu sentia algo crescer em mim e não entendia muito bem o que aquilo tudo significava.

Ficamos longos minutos em um beijo íntimo e que tomava proporções cada vez maiores. Minhas mãos passeavam por suas coxas e as dela se apertavam em volta dos meus cabelos de uma forma tão urgente que pareciam estar presas ali.

Para minha surpresa, e completa decepção, Christen quebrou nosso beijo com um selinho longo e desceu de meu colo, sentando-se ao meu lado. Pegou seu copo e bebeu metade do líquido como se fosse água.

Continuei olhando para ela, hipnotizada. Eu queria mais. Queria ir até onde todos os nossos limites nos permitissem. Eu queria mais de Christen Press.

Ela suspirou e se abanou com as mãos antes de tentar colocar seus cabelos em um coque no topo da cabeça. Seus olhos encontraram os meus e eu não conseguia desviar. Bebeu o restante do drink, tentando ao máximo quebrar nosso contato visual, mas eu o sustentava.

"Eu realmente não quero que sejamos presas." Disse ela, curvando-se sobre mim para alcançar a mesa lateral e apoiar o item de vidro que estava em suas mãos. Abri espaço para que ela chegasse ao seu destino, mas apenas o suficiente para que ela ainda sentisse meu rosto colar na lateral do seu.

"Não é o que está nos meus planos dessa noite." Sussurrei, enquanto acompanhava seu corpo fazer o caminho de volta para a posição original. Tudo nela me acendia, cada milímetro dela parecia ter sido feito para reduzir meu juízo a nada.

"Toby... não me provoca dessa forma!" Sua voz era rouca e me olhava diretamente nos olhos. Passei a língua em meus lábios e ela não parecia desviar deles. "Não vai terminar sua bebida? Ela vai acabar ficando quente"

"Acho que gosto mais do gosto da sua." Avancei em seus lábios sem pensar em nada racionalmente e ela não negou o contato, deixou com que eu ditasse o ritmo do beijo e segurou meus ombros com força enquanto deixava escapar alguns sons agudos.

"Toby. Eu. Acho. Que. Deveríamos..."

"Eu também acho!" Levantei, puxando-a pelas mãos de forma delicada, entrelacei seus dedos nos meus e fomos em direção à parte de dentro do resort. Atravessamos o saguão do hotel e viramos para chegar até os elevadores. Andávamos de forma natural, mas sem hesitar em nossa direção.

Eu a olhava e ela parecia flertar de forma tímida, seu sorriso era largo e seu rosto se virava em direção ao solo com facilidade. Sorri para ela, apertando o botão do elevador para que ele nos levasse até o nosso andar. Nossas mãos estavam unidas e fazíamos carícias na parte de cima uma da outro com o polegar.

Pouca vezes pegamos o elevador com pessoas e dessa vez agradeci por ele estar vazio. Não queria ter que fingir uma conversa só para ser gentil com as outras pessoas. Eu não queria ser educada, eu só queria ser dela. Tomei seus lábios para mim novamente, eu não conseguia me manter afastada por muito tempo.

Não me lembro de ter feito uma viagem tão rápida na caixa de metal desde o primeiro dia. Saímos da caixa e eu estava imersa na beleza de Press e perdida em tantos pensamentos. Era como se eu estivesse flutuando e ao mesmo tempo completamente dentro de mim.

Quando atravessamos o corredor, Christen soltou o coque e os cachos caíram por suas costas me fazendo perder o fôlego. Eu não me cansava de olhar para aquela mulher.

Abri a porta do meu quarto com o cartão e puxei a garota em minha direção. Tive tempo apenas de fechá-la com um pequeno chute antes de sentir seu corpo colidir com o meu.

Uma margarita e uma lua azulOnde histórias criam vida. Descubra agora