{^Capitulo 29^}

1K 70 9
                                    

April

Depois de passar praticamente 2 horas consolando a Wendy, que chorava desesperadamente. Me encontro sozinha no quintal de casa, balançando em um balanço velho, enquanto penso em como a minha vida anda bagunçada.

Não só eu, como todos a minha volta estão destruídos.

As vezes eu sinto que sou responsável por todos os problemas que os meus amigos/familiares estão passando.

Eu realmente sou responsável, não adianta contornar a história.

(Pai): Sabe, eu nunca gostei dessa sua cara de pensativa -falou se sentando no balanço ao meu lado.

(Eu): Por que? -perguntei confusa.

(Pai): Porque quando você está assim, nada de bom acontece depois -falou se balançando.

(Eu): Provavelmente porque eu deixo de fazer o que é certo por último hora -falei dando um leve impulso para frente.

(Pai): Você não é culpada -falou do nada.

Encarei o mesmo confusa novamente.

(Pai): Você não é culpada pela coisas que a Wendy passou -falou me encarando.

Queria que isso fosse verdade.

(Eu): Infelizmente o senhor está errado, eu sou responsável por tudo o que está acontecendo!

(Eu): Se eu ficasse mais em casa, com a minha família, ela voltaria a se abrir comigo igual fazia antigamente -falei desviando o olhar do mesmo.

(Pai): E você acha que ela se abre comigo e com a sua Mãe? April a Wendy cresceu! Ela agora é uma mulher, igual a você, ela está responsável pelas consequências do que fala e faz, está responsável por si mesma.

(Pai): É difícil ela parar para conversar comigo e com a sua mãe. Ela sempre está ocupada com a faculdade, com o estágio. Ela nem respira direito.

(Pai): E uma hora ou outra ela iria sentir a dor de ser traída filha, todos nós sentimos essa dor, seja cedo ou tarde isso acontece.

(Pai): E é bom isso ter acontecido, a Wendy conseguiu se abrir conosco, e agora sabe como realmente é a vida.

(Pai): Um coração partido não é o fim do mundo, isso vai passar, essa dor vai embora, e tudo vai servir de aprendizado no final.

(Pai): Você sabe muito bem disso -falou me encarando.

Concordo com o mesmo.

Todas as desilusões amorosas, todas as dificuldades, todos os fracassos. Todos eles servem de aprendizado, todas essas coisas nos tornam humanos e maduros.

(Eu): Eu queria ser forte como o senhor, que consegue passar por cima de todas as dificuldades com um sorriso no rosto.

(Pai): Acho que você se confundiu, quem é assim é você!

(Pai): Eu não sei como você consegue lidar com toda essa bagunça, e ainda pensar que você é a culpada.

(Pai): No fundo você sabe que é a verdadeira vítima.

Vítima?

Vítima nunca foi uma palavra que eu conseguiria me identificar.

(Pai): Sabe do que você precisa?

(Eu): Do que? -perguntei.

(Pai): Um belo de um copo de achocolatado com marshmallow -falou se levantando.

Meu Destino.Onde histórias criam vida. Descubra agora