Capítulo 25.

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Olá, meus amores.

Era meia noite quando Louis atendeu o celular com uma expressão cansada e sonolenta, ele bocejou antes de falar em uma voz muito rouca.

Alô, quem é? — Louis perguntou, piscando devagar, sentia que ia voltar á dormir á qualquer momento, ele não reconhecia aquele número, então devia ser um engano?

Oi, meu filho — Uma voz doce e feminina falou pelo o telefone, ele a reconheceu, o homem franziu a testa, suspirando, como é que era? Sua mãe?

— Mãe? — Louis perguntou, o que a sua mãe queria? Questionou preocupado e curioso — Está tudo bem? Há algo que eu possa fazer por vocês?

— Louis, meu querido, eu só quero saber uma coisa: você tem Síndrome de Lobo Recessivo? — Ela disse em uma voz baixa e calma, como se essa fosse uma boa conversa para se ter naquela hora da noite, os pensamentos de Louis estavam lentos.

— Hum, o quê? — Louis perguntou descrente, essa Síndrome era uma doença que suprimia o lobo e fazia os genes se confundirem — Mãe, não sei se a senhora percebeu, mas é meia noite, eu devia estar dormindo, sabia? Amanhã eu tenho muitas coisas para fazer. Por que raios a senhora me liga para perguntar isso?

— Filho, você sabe que essa síndrome precisa de tratamento — Ela disse em uma voz muito calma, tentando convencê-lo ou manipulá-lo mesmo — Você é um ômega reversivo...

— Ah, cale a boca! — Louis exclamou, estava começando á ficar irritado, tinha sido acordado para isso, suas costas na cabeceira da cama, ele perguntou furioso — Vocês nunca deram atenção pra mim quando descobriram que eu era beta, vai querer dar uma de boa mãe agora? Por que não faz como todo mundo fez? Pega e vira as costas pra mim, até porque eu não preciso mais de vocês, eu posso ser forte e me virar muito bem sozinho.

— Eu sou a sua mãe! — A mulher gritou, essa frase antes faria Louis pensar, mas agora só o fazia sentir raiva, era sério que ela usaria essa frase como chantagem só para manipulá-lo á sua vontade? — Você devia aceitar quando as pessoas tentam se aproximar de você. Eu realmente estou arrependida de tudo o que eu falei e fiz, me perdoe, meu filho...

— Eu não vou aceitar nada mais vindo de vocês! — Louis falou irritado, ele disse em uma voz mais friamente mais calmo — Eu estou decepcionado com todos vocês, e a única coisa que eu quero é distância, entenda isso de uma vez, por favor, e pare de me ligar.

— Louis, você é um ômega, precisa de apoio pra lidar com... — Ela começou à dizer, tentando encontrar bons argumentos —... Com a sua doença, e nós podemos lhe dar apoio, entende? Nós deixe te ajudar, meu filho.

— Quer dizer que quando eu era um beta de merda eu tinha que me ferrar sozinho? — Louis perguntou, tentando manter a sua paciência, uma veia em sua têmpora estava pulsando como se ele fosse morrer de raiva, ele achava que iria realmente, isso era sério? — Ok, obrigado por tudo, eu entendi.

— Louis, não é nada disso — Ela tentou novamente — Nós só queremos que você tenha uma vida boa!

Louis deu risada nervosa e sem graça, mas logo as lágrimas tristes escorreram pelas as suas bochechas, qual era o sentido nisso? Além de magoá-lo? O que eles esperavam que Louis fosse correr de volta para o amor condicional deles sem pensar duas vezes? Louis soluçou fracamente, sentindo o seu coração apertar. Por que? Por que ele não podia ter um pouco de paz?

— Vida boa, hein? O que você e o papai estão pensando em fazer? — Louis debochou, sua risada soava venenosa, ele tentava controlar o meu de lágrimas e soluços pois era difícil debochar chorando, ele queria ser frio como Zayn ou engraçado para fazer piadas como Niall — Talvez entregar o filho desprezado em casamento para algum cara rico? Eu sei que vocês estão afundando em um mar de dívidas, e eu não posso ajudar vocês, aliás eu não posso e nem quero!

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