Revenge

7. Segundo

Domingo...

Tenho que manter o foco em minha missão, não posso deixar que belos olhos castanhos, sorriso angelical, braços forte....me distraiam.

_Eu tenho que focar e para de pensar besteira.- Falo para mim mesma, enquanto desço as escadas para pegar minha correspondência.

Abro minha caixa de correio e lá está, minha pasta marrom, com os dizeres "confidencial" escrito em letras garrafais.

Subo novamente e me tranco no escritório, não que alguém de alguma forma possa me interromper.

Ando até a parede, onde agora uma das fotos tem um "X" vermelho cobrindo toda sua extensão e sorrio indo para o próximo em minha lista.

Eu já escolhi meu próximo alvo, porem terei que esperar um pouco para executar o serviço já que ele está fora da cidade por duas semanas a negócios.

Abro a pasta e procuro por sua fixa e agenda diária, quem sabe eu não resolva ir até ele...

▪️▪️▪️

Sexta-feira à noite...( duas semanas depois)

Essas duas últimas semanas tem sido bem perturbadoras. Ben tem me tratado diferente desde o nosso almoço e está cada vez mais difícil me manter longe dele. Nós temos almoçado juntos quase todos os dias, e ele tem me levado para casa, o que é totalmente desnecessário já que eu moro a duas quadras da delegacia, mas depois da ligação misteriosa do "A", ele parece cada vez mais paranóico e principalmente mais preocupado com minha segurança. E porque eu estou pensando nisso agora? Pelo simples fato de que eu não consigo parar de pensar nele, o que está me enlouquecendo aos poucos, mas eu tenho que deleta-lo da minha mente, porque eu preciso me concentrar no....

**Ligação on**

_ Alô? - Eu atendo meu celular que começou a tocar.

_ Oi. - Uma voz rouca, e familiar ressoa em meus ouvidos e meu coração burro acelera.

_ Oi.- respondo, mas tento não me deixar levar - Bem aconteceu alguma coisa?

_Não. Não aconteceu nada é só que eu estava pensando se você gostaria de sair para beber comigo.- Sua voz parecia nervosa e um pouco ansiosa.

_ Claro que gostaria.

_ Ótimo.- Ele pareceu relaxar. _ Passo aí em vinte minutos, tudo bem?

O carro onde estou dá um solavanco, então a realidade cai sobre mim. Eu não poderia sair com Ben, eu nem estava em casa para ele me buscar. Como é possível que eu possa ter saído do ar desse jeito?

_ Merda! O que está acontecendo comigo.- Falo mais alto do que gostaria e vejo o motorista do táxi me olhar curioso pelo retrovisor interno.

_ Samanta está tudo bem? - Ben pergunta preocupa e eu suspiro resignada.

_ Não. Acabo de me lembrar que não posso sair com você hoje. Fiquei de cuidar do cachorro da minha vizinha, e eu não posso deixá-lo sozinho. - Menti e isso doeu mais do que o previsto.

_ Oh, tudo bem então. - Ele pareceu desapontado. “E por que isso te importa?”- Meu subconsciente, que eu pensei ter me abandonado resolveu dar as caras e para variar está totalmente certo. Mas o que posso fazer? Eu me importo com ele e não sei como mudar isso.